Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nosso site.
Ao utilizar nosso site e suas ferramentas, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Borba Consultoria e Projetos - Política de Privacidade

Esta política estabelece como ocorre o tratamento dos dados pessoais dos visitantes dos sites dos projetos gerenciados pela Borba Consultoria e Projetos.

As informações coletadas de usuários ao preencher formulários inclusos neste site serão utilizadas apenas para fins de comunicação de nossas ações.

O presente site utiliza a tecnologia de cookies, através dos quais não é possível identificar diretamente o usuário. Entretanto, a partir deles é possível saber informações mais generalizadas, como geolocalização, navegador utilizado e se o acesso é por desktop ou mobile, além de identificar outras informações sobre hábitos de navegação.

O usuário tem direito a obter, em relação aos dados tratados pelo nosso site, a qualquer momento, a confirmação do armazenamento desses dados.

O consentimento do usuário titular dos dados será fornecido através do próprio site e seus formulários preenchidos.

De acordo com os termos estabelecidos nesta política, a Borba Consultoria e Projetos não divulgará dados pessoais.

Com o objetivo de garantir maior proteção das informações pessoais que estão no banco de dados, a Borba Consultoria e Projetos implementa medidas contra ameaças físicas e técnicas, a fim de proteger todas as informações pessoais para evitar uso e divulgação não autorizados.

fechar
Login: Senha: Esqueceu a senha
Senha: Confirmar Senha:
Email:

Coluna

A Reforma Tributária Vista das Janelas da Paulista

12/05/2023

A unanimidade quanto à necessidade de haver uma reforma tributária antagoniza com a divergência de como fazê-la. Fosse apenas uma tese de mestrado, acredito que não haveria grandes dúvidas: imposto único, alíquota nacional, arrecadação em um único boleto e distribuição automática dos recursos entre os três poderes envolvidos: município, estado e união.

Adeus PIS/COFINS, IPI, ICMS, ISS e outros impostos e taxas menos votados que atingem direta ou indiretamente o consumo, a renda e a produção. Os cidadãos e as empresas ganhariam imediatamente em tempo e dinheiro com o desmonte de custos e atividades necessárias para simplesmente cumprir o ato de arrecadar impostos. Ajudaria sobremaneira a reduzir o chamado "Custo Brasil" e sobrariam milhões de horas dos brasileiros e dos sistemas das empresas para produzir e cuidar de coisas mais importantes. Essas horas hoje são consumidas em estudar e cumprir 27 legislações estaduais, 5.568 legislações municipais, além de milhares de leis, normas e portarias da União, para somente poder recolher os tributos com a maior segurança jurídica possível.

Porém, contudo, entretanto e todavia, somos um país desigual por natureza e injusto por tradição, e, para dificultar, os atores envolvidos nesta contenda parecem mais preocupados em defender os interesses dos municípios, estados e da união do que propriamente os interesses das pessoas e das empresas. É o que acontece quando se fala em incentivos fiscais e regimes especiais.

Dentre os vários erros de visão, um deles me parece dos mais perigosos: aquele que desconhece que uma tese academicamente próxima da perfeição, concebida para um país com ótima distribuição de renda, se aplicada num país desigual e injusto, pode gerar uma catástrofe econômica e social na região menos favorecida.

Das janelas da Paulista, talvez não se enxergue que os incentivos fiscais e regimes especiais não são oferecidos para ampliar os lucros e resultados das empresas no Nordeste, e sim para atenuar os efeitos da desigualdade regional e social e possibilitar que haja resultados positivos nos balanços das empresas e, portanto, viabilizando o investimento e dando sustentabilidade aos empregos gerados.

Num cenário comparativo, o que é melhor?

1 - Produzir e vender em São Paulo com Renda Domiciliar Per capita de R$ 2.148,00 ou produzir e vender em Alagoas com Renda Per Capita de R$ 935,00?
2- Produzir e vender no Rio Grande do Sul com Renda Domiciliar Per Capita de R$ 2.087,00 ou produzir e vender no Maranhão com Renda Per Capita de R$ 810,00? Dados: IBGE base 2022.

Numa análise econômica e financeira pragmática, o investidor optaria por aportar seus recursos num negócio comercial no dinâmico Sudeste, que concentra 49% da arrecadação de ICMS nacional, ou no Nordeste, que representa apenas 16% da arrecadação do ICMS nacional?
Então, onde o empresário encontraria menor custo de distribuição: em São Paulo, com 46 milhões de habitantes concentrados em 248 mil km quadrados, ou no Nordeste, com 57 milhões de habitantes espalhados por 1,5 milhão de km quadrados?

Agora, vamos imaginar o fim dos incentivos fiscais e regimes especiais no Nordeste, nas mesmas condições tributárias, ou seja, sem redução de imposto de renda e ICMS. O que ocorrerá com os investimentos industriais existentes na região?

Não é difícil prever: a progressiva desindustrialização da região e, consequentemente, a redução da atividade econômica, desemprego, queda na renda gerada e distribuída na região, e, por fim, empobrecimento regional.

Quando se pensou nos incentivos fiscais do Nordeste, tinha-se em mente justamente atrair indústrias para a região ou dar maior competitividade às indústrias já instaladas. Um dos fatores positivos desta estratégia foi a redução do êxodo de trabalhadores nordestinos em busca de emprego no Sul/Sudeste.

Portanto, os incentivos fiscais do Nordeste visam compensar desigualdades estruturais regionais e sociais, incentivando a atividade produtiva local para que atenda o consumo regional, gerando emprego e renda no local do consumo. Produtos produzidos no Sul/Sudeste e vendidos no Nordeste podem até arrecadar impostos na região, pelo critério do destino, e mesmo simplificar o sistema tributário, através do IVA, porém, atrelado ao fim dos incentivos fiscais, ensejará uma volta ao passado com a concentração de produção no Sul do país e a volta da precarização do emprego formal no Nordeste.

Tenho lido opiniões de analistas e especialistas sobre a necessidade do fim dos incentivos fiscais no bojo da reforma tributária. Temo que muitos, fora o litoral, não tenham o menor conhecimento da realidade da região. Provavelmente, só conhecem o agreste e o sertão pela televisão. No máximo, leram Vidas Secas (Graciliano Ramos), Morte e Vida Severina (João Cabral de Melo Neto) ou alguma obra de Ariano Suassuna, para ficar só nestes três grandes mestres.

Também duvido que conheçam o exitoso Programa de Desenvolvimento de Pernambuco – PRODEPE, notadamente o capítulo da Interiorização do Desenvolvimento, que provocou uma revolução no destino dos investimentos e, desde que implantado, proporcionou mais empregos industriais no interior de Pernambuco do que na Região Metropolitana do Recife.

Neste cenário, se não tomarmos cuidado com este assunto, a reforma tributária pode virar um grande Cavalo de Tróia para o Nordeste. Seria a vitória dos acadêmicos que olham o Nordeste pelas janelas da Avenida Paulista em detrimento de 57 milhões de nordestinos.

Incentivo Fiscal não é benefício, é compensação pela desigualdade regional e social. Quando tivermos um país mais justo e equilibrado, os incentivos fiscais não serão mais necessários.

A visão da economia na transição

11/03/2023

A mudança de governo no Brasil em 2023 não representou apenas mais uma alternância no poder, salutar na democracia.

Representou uma mudança estrutural de uma democracia com economia liberal baseada no livre mercado para um comunismo clássico marxista com forte controle estatal da economia.

O atual governo brasileiro, declaradamente baseado no bolivarianismo, definido pelo seu criador Hugo Chaves como o “socialismo do século XXI”, e que, no entanto, foi interpretado pelo historiador Richard Pipes autor do livro “O Comunismo” e outros 20 livros sobre a história da Rússia e da União soviética, na verdade, como “um regime de ideal comunista”.

O fato é que em pleno século XXI ainda estamos no Brasil presos ao antigo debate acadêmico envolvendo capitalismo e liberalismo econômico x socialismo e intervencionismo estatal. Hoje, no entanto, não faz mais sentido. Todas as nações que praticavam o comunismo na até a década de 90 foram sepultadas na falência por auto destruição da antiga União Soviética.

Nos dias atuais, vemos que as 10 maiores nações do ponto de vista do Índice de Desenvolvimento Humano - IDH são democracias capitalistas baseadas no livre mercado, e, ainda, das 20 nações mais ricas do planeta as 20 organizam seu sistema econômico nos moldes capitalistas, sendo a China a única praticante de um capitalismo selvagem e 19 praticam a democracia é apenas a China ainda massacra seu povo numa ditadura comunista.

Foi a democracia capitalista que permitiu e proporcionou a criação e livre distribuição de riqueza, vencendo e convencendo o mundo inteiro. Por outro lado, foi o sistema comunista que distribuiu miséria, sofrimento e opressão onde foi implantado.

Esta realidade foi percebida e eternizada pelo filósofo carnavalesco brasileiro Joãozinho 30: “Quem gosta de miséria é intelectual, pobre gosta é de luxo”.

Apenas para registro, tecnicamente, o comunismo ainda é praticado em 05 nações no mundo e em nenhuma existe corrente de migrantes querendo entrar, só sair: China, Vietnã, Laos, Coreia do Norte e Cuba. As nações aliadas deste grupo são: Venezuela, Nicarágua e demais países do eixo comunista bolivariano da América Latina.

Assim sendo, temos a exata noção da repercussão negativa que causou no mercado a alternância de poder no Brasil e a linha adotada até aqui pelo governo empossado.

Intervenção do Estado na economia. Em contraposição à livre economia que garantiu o desejado padrão de vida das nações do 1° mundo e vinha sendo praticado no Brasil com êxito reconhecido internacionalmente. Neste particular, a comparação entre as duas Coreias é inevitável.

Controle das pessoas e das empresas pelo governo central. Em contraposição às liberdades e direitos individuais presentes nas nações livres, a exemplo dos EUA. Neste ponto assustam as declarações do presidente da República e do seu ministro da Justiça, ex-integrante do Partido Comunista do Brasil, que indicam a busca dos caminhos venezuelanos do chavismo.
A defesa do monopólio estatal. Vide Correios, Portos e Aeroportos, etc. Em contrapartida, a livre economia garante a livre concorrência e o acesso a bens e serviços mais justos e de melhor qualidade nas desejadas economias de 1° mundo. Ninguém sai de Miami para fazer compras em Havana.

A expropriação e constrangimento patrimonial aliado a tutela e intervenção do Estado sobre a vida e os bens do indivíduo. Vide as recentes invasões de terra e destruição do patrimônio alheio no agronegócio, e, mesmo nas pequenas propriedades. As recentes declarações do presidente da República e de seu ministro da Justiça, e ainda, de demais integrantes do governo em apoio a prática reiterada de crimes contra o patrimônio só aumentam a insegurança jurídica num segmento que tem sido o motor da economia brasileira.

Este cenário agride o direito à propriedade privada e a acumulação de riqueza fruto do trabalho. O liberalismo defende o indivíduo e suas potencialidades, sua capacidade de empreender e transformar sua própria história, de sua família e da sociedade que o cerca. A livre iniciativa é a base do desenvolvimento dos indivíduos e das sociedades nas economias avançadas.

A base do pensamento comunista bolivariano é inimiga do trinômio família-patrimônio-liberdade.

As ações necessárias para implantação desse poder político e econômico opressor ocorrem de forma monotonamente previsível. Os princípios ideológicos bolivarianos comunistas estão presentes em todas as ações deste governo.

Importante para entendimento desta parte da análise é ler o decálogo de Lênin, Gramsci, Karl Marx, o foro de São Paulo, e, por fim, os programas dos partidos de esquerda que compõem o governo. Não ler esses documentos é como brasileiro assistindo jogo do futebol americano: não entende nada.

• Aparelhamento da máquina pública com fins políticos partidários eleitorais (toma lá dá cá);


• Ameaças e cerceamento das liberdades individuais, de proteção à pessoa e ao patrimônio privado;


• Controle e censura da mídia tradicional e redes sociais. Base do bolivarianismo comunista;


• Abandono da rigidez necessária no equilíbrio fiscal;


• Abandono das metas prudenciais da inflação. Vide Argentina, Venezuela, Nicarágua etc.


• Abandono da política de controle responsável da taxa de juros;


• Abandono da lei das Estatais;


• Politização das remunerações no serviço público para cooptação de apoio necessário às mudanças, comprometendo o equilíbrio fiscal;


• Aumento da carga tributária de forma generalizada como instrumento de financiamento da gestão irresponsável e transferência de poder: mais força para o poder estatal e mais dependência do setor privado. Comunista é amigo de imposto.


•Todos os pontos básicos da economia e da vida social estão sendo revistos pelo governo que chega e que tem ocasionado uma virada do mercado na percepção do futuro do Brasil.

A reação do mercado já pode ser sentida com a inversão de expectativas, que norteiam investimentos geradores de empregos, renda e impostos.

Utilizando 12 índices acompanhados pelo Boletim Focus do Banco Central verificamos que no comparativo de 21 de outubro de 2022, ou seja, último Boletim Focus antes das eleições com o Boletim Focus de 24 de fevereiro de 2023, 08 índices apresentaram desempenho pior agora em relação àquela data. Notadamente, os relacionados a custo de vida, crescimento econômico, cambio e finanças públicas.

Já no comparativo da previsão para o final do ano de 2023, confrontando a visão de 21 de outubro de 2022 com a visão de agora, base 24 de fevereiro de 2023, 07 índices pioraram na visão do mercado.

Por fim, na comparação entre as mesmas datas, o ano de 2024 se apresenta com 09 índices piores, na visão do mercado em 2023 do que parecia em 2022.

A Gestão da Moeda

Emblemática na desconstrução do modelo liberal, para transição para um modelo controlador intervencionista, é a guerra empreendida pelo governo atual para derrubar o presidente do Banco Central brasileiro, que aliás, desempenha um trabalho impecável e reconhecido no mundo inteiro. O objetivo, claramente, é reverter a independência do Banco Central. Esta é a senha para destruir o controle da moeda e da inflação em prol de uma completa liberdade de gastar.

Neste caminho, a Argentina vive uma inflação na casa dos 100% e uma economia destruída. Isto em menos de 04 anos de um governo em linha com o bolivarianismo e aliado do atual governo brasileiro.

A doutrina liberal propõe o controle da inflação como ponto básico da estabilidade econômica. Faz sentido. Se a economia gira em torno do poder de compra do dinheiro, a corrosão deste poder de compra, empobrecerá principalmente a massa de trabalhadores, notadamente, àqueles cujos salários são reajustados apenas anualmente.

Os exemplos são inúmeros ao longo da história. A grande inflação da Alemanha do início do século XX, a inflação brasileira na década de 90 e a inflação argentina de agora, são exemplos que a corrosão do valor de compra da moeda leva a retração econômica, desemprego, fome e miséria. Rapidamente. Nada de bom acontece à economia e ao povo em um período inflacionário.

Então, por que um governo recém-chegado priorizaria o ataque à gestão do Banco Central brasileiro e questionaria aquilo que está dando certo e que é reconhecido pelo mundo todo como um caso de sucesso na condução da Política Monetária Nacional?
A dupla Paulo Guedes e Roberto Campos Neto, tem recebido o reconhecimento internacional pelas suas gestões. Os órgãos que os premiaram são compostos de entidades, países, empresas de comunicação e/ou profissionais também de esquerda. Os números falam por si.

A resposta a este despautério é o que está provocando um início de debandada de empresas do Brasil, a saída de investidores, a falência dos negócios e o consequente desemprego de trabalhadores brasileiros: a implantação de um regime comunista bolivariano. Uma das grandes vantagens para implantação do comunismo bolivariano é que acreditem que ele não está sendo implantado. Os empresários cubanos, venezuelanos, argentinos e nicaraguenses também não acreditavam que fosse possível.

Aos que entendem o que está acontecendo e lutam para manter o Brasil democrático e capitalista só existe um lugar para estar nos próximos 04 anos: na trincheira!

MÁRCIO BORBA ESCLARECE - NÚMEROS DE PAULO CÂMARA SÃO MANTEIGA EM VENTA DE GATO

28/12/2022

A manchete é por nossa conta. Até porque o economista Márcio Borba, presidente da Sociedade Pernambucana de Planejamento empresarial – SPPE usa linguagem acessível ao público, porém mais elaborada. Entretanto é esse o sentido da sua versão técnica para a conversa fiada do Secretário da Fazenda do governo Paulo Câmara, que se esforça para tentar passar a versão de uma suposta eficiência de gestão financeira que de fato não existe.

Para conseguir tal feito, o Secretário não precisa mentir. Basta embaralhar as cartas da linguagem técnica e causar confusão na cabeça das pessoas que, ao contrário dele, não têm décadas de familiaridade com as regras e o linguajar dos auditores fiscais.

FALA MÁRCIO BORBA

Entrevistado com exclusividade pela equipe do Jornal O PODER, o economista Márcio Borba apontou as contradições e vulnerabilidades da versão oficial.

1. DINHEIRO PARA PAGAR E NÃO GASTAR

" Sobre o tão propalado equilíbrio fiscal: segundo dados revelados pelo governo atual, serão deixados em caixa cerca de R$ 3 bilhões. No entanto, entendo que não é um dinheiro para gastar é para pagar. Ou seja, na totalidade ou parcialmente, o dinheiro já está compromissado. As possíveis operações de crédito, estimadas pelo governo atual em R$ 3,4 bilhões, não são ainda ativos financeiros contabilizáveis. São apenas perspectivas. Perspectivas não pagam conta", assinala.

2. QUASE NADA PARA PERNAMBUCO

"Os investimentos previstos de R$ 5 bilhões, caso já tenham sido integralmente aplicados, e, portanto, produzindo seus efeitos, em números absolutos pode parecer muito, no entanto, como investimento estruturador de um estado da dimensão de Pernambuco é quase nada. Para comparação, só a conclusão da Refinaria Abreu e Lima está orçada em R$ 5,6 bilhões.

Quanto ao endividamento, 21,47%, em sendo este o número exato, por justiça, é um índice bom, e, junto a obtenção da CAPAG B, permitirá a Pernambuco voltar a captar recursos de terceiros, dentre outros benefícios. O superavit no último bimestre é um bom presságio.

3. ALERTA MACRO

Em relação à macroeconomia,
porém, o cenário é devastador, segundo Márcio Borba. Esse quadro nefasto não está na fotografia atual das contas públicas, e sim, na macroeconomia do estado que a nova gestão da governadora Raquel Lira herdará:
- 2° pior índice de desemprego do Brasil (13,6% - Fonte IBGE – PNAD Contínua);
- 11° PIB nacional, com viés de queda. Recentemente Pernambuco também foi ultrapassado pelo Pará (fonte: IBGE – SCR);
- 20° PIB Per Capita do país (2020);
- Pior estado do Brasil para fazer negócio (Banco Mundial – 2021).

4. HERANÇA CAÓTICA

Portanto, segundo Márcio Borba, o caos que a governadora Raquel Lira irá assumir, extrapola a fotografia das contas apresentadas pela secretaria da Fazenda. "Está em maior profundidade e dramaticidade na economia pernambucana como um todo.

E como nos ensina a teoria do Caos “os processos são sensíveis às condições iniciais”. Que, como vimos, são ruins.

5. NECESSIDADE DE REVERSÃO

"Reverter esta situação caótica da economia pernambucana exigira um esforço imenso e coletivo que levará anos. É preciso mudar o foco do olhar para o desenvolvimento econômico. O governo Eduardo Campos – João Lyra nos ensinou o caminho que seu sucessor não praticou.

É hora do governo Raquel Lyra – Priscila Krause reencontrá-lo. Pernambuco vive hoje de glórias do passado e cabe a esta geração retomar nosso futuro, para melhor", assinala

5. LDO É DIFICULDADE

"Um problema adicional que todo novo governo enfrenta é administrar o orçamento definido pelo governo anterior. Isso faz parte do jogo democrático, mas não deixa de ser mais uma barreira para a nova governadora contornar. Falando em linguagem simples, Raquel Lyra vai enfrentar despesas e projeções de receita que ela não participou da definição com um caixa cheio de dinheiro já compromissado, que na prática ela não pode dispor para suas prioridades" explica Márcio Borba.

6. VAMOS NO POPULAR

Conclusao da equipe de O PODER" A conversa bonita da equipe do atual governo significa que Paulo Câmara apenas e tão somente cumpre a lei que exige que toda despesa do governo tenha uma provisão para pagamento. O dinheiro em caixa está comprometido. Já tem destino. Logo, tem uma existência apenas virtual, não está disponível para ser utilizado. Se não pode ser utilizado, não passa de um jogo de palavras, no caso, palavras e números. Logo, uma embromação.

7. POLÊMICA ARTIFICIAL

Depreende-se das palavras do economista Márcio Borba que nem deveria existir polêmica. Está sendo criada uma narrativa sem fundamento para esconder a realidade. Há supostamente um dinheiro em caixa que não está disponível para o novo governo. O que o novo governo vai enfrentar é um Estado com a economia arrasada e enormes desafios, sem dinheiro para as novas prioridades.
Ponto final.

Uma visão macroeconômica do Brasil em 2022

13/12/2022

Contra números e fatos não há argumento ou narrativa que sobreviva. Pelos menos entre nós agentes econômicos que militamos na economia real.

Uma das maiores preocupações, do ponto de vista macroeconômico, é que, após o período pandêmico, e ainda sob os efeitos da guerra da Ucrânia, o governo federal terminasse com alto grau de endividamento, em função dos gastos com o enfrentamento da pandemia, o que poderia prolongar por anos os efeitos negativos da crise pandêmica sobre a economia.

Ocorre que, contrariamente aos temores, a Dívida Bruta do Governo Geral – DBGG, deverá terminar o ano de 2022 representando 74% do Produto Interno Bruto (PIB).

Com taxa de endividamento menor do que em 2018, apesar de todas as dificuldades de uma pandemia inédita na história da humanidade, que vergou economias gigantescas como as dos EUA, UE e China, o Brasil sai, em meio a todo sofrimento econômico e humanitário, economicamente inteiro desta epopeia.

Olhando para os nossos congêneres, países emergentes, encontramos projeções de crescimento de dívida entre 10,6 pontos e 8,5 pontos percentuais. (comparação com as taxas observadas antes da pandemia.)
Para alcançar este importante feito na DBGG brasileira, o governo federal também empreendeu um programa de apoio aos entes federados, através das transferências por repartição de receita que atingiram a 4,8% do PIB em 2022, aproximadamente R$ 480 bilhões. Maior patamar da série histórica iniciada em 1997. Assim sendo, estados e municípios puderam equilibrar suas contas, contribuindo com o resultado global.

Outra preocupação era com o superávit primário. Neste ponto, a projeção indica um saldo positivo de R$ 23,4 bilhões. Aliás, o primeiro desde 2013. (Fonte: Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias – 5º Bimestre de 2022).

No diagnóstico das contas nacionais, o resultado positivo das estatais, que deverá fechar 2022 na ordem de R$ 250 bilhões, também colabora para que os investidores nacionais e internacionais entendam que o Brasil continua a ser um porto seguro para os investimentos.

O equilíbrio econômico-financeiro nacional contribui decisivamente na pontuação do nosso rating de crédito. O Brasil entrega em 2022 um índice de despesa primária em proporção do PIB de 18,7%. Menor índice até que o próprio índice de 2019, ano anterior a pandemia, que fechou em 19,5%.

O crescimento econômico foi defendido de forma muito dura neste período e visava a manutenção dos investimentos produtivos e dos empregos. O foco sempre foi manter a economia brasileira a mais ativa possível e em condições para a retomada.

A análise dos últimos 10 anos do crescimento do PIB, mostra que, mesmo enfrentando a maior tragédia de saúde da humanidade e com duras repercussões na economia, o Brasil iniciará 2023 vindo de dois anos seguidos com forte crescimento.

• 2020 – Início da pandemia do COVID-9;
• 2022 – Projeção Boletim FOCUS 12.12.2022.

O índice de desemprego acompanhou a boa fase da economia neste final de 2022 e cravou 8,7% (3° trimestre de 2022). Este índice é o menor desde o 2° trimestre de 2015.

Por fim, o cenário positivo das contas públicas, PIB e desemprego somados ao reconhecimento do Brasil pelo Banco Mundial como o segundo país do mundo com a mais alta maturidade em governo digital, dentre 198 países analisados, confere a economia brasileira o posto de uma das mais saudáveis e atrativas economias pós-pandemia.

Esses excelentes resultados que a economia brasileira apresenta é muito fruto da competência do ministro Paulo Guedes, um craque reconhecido mundialmente e da condução firme e responsável da coisa pública implementada pelo governo Bolsonaro.

Ocorre que, neste momento, o mercado enxerga nuvens negras no caminho da economia brasileira, que podem atrapalhar o futuro promissor desenhado pelos resultados alcançados até aqui.

Em resumo, dois fatores surgem como grandes preocupações:

• a troca de comando da economia, com incontestável perda de qualidade do gestor e as consequências negativas que este downgrade pode acarretar para a condução da economia;
• a nova orientação política, desta feita, populista e socialista bolivariana, que traz a todos, lembranças do histórico de desastres econômicos e políticos perpetrados por esta linha ideológica na América do Sul, sempre permeada de corrupção e crises políticas;

Não sem razão, portanto, o mercado expressa sua preocupação. Agora, sentida na instabilidade dos números do câmbio e da bolsa, e, amanhã, podendo refletir nos baixos números dos investimentos, e, consequentemente, baixa atividade econômica e desemprego.

Ao fim e ao cabo, as preocupações do mercado, leia-se num significado amplo, não só investidores, mas também empresários e trabalhadores, não são, obviamente, com os bons números das contas públicas neste final de 2022, e sim, com a condução da economia brasileira pelos próximos anos.

A inflação no Brasil e no mundo

12/11/2022

Acompanhe os últimos números da inflação nas Américas e no Mundo

O maior problema de uma economia é a inflação. A corrosão do poder aquisitivo da moeda afeta tanto a economia popular como grandes projetos de investimentos. Controlá-la é o objetivo básico de todos os Bancos Centrais pelo mundo.

Neste período pós-pandemia, onde as economias ainda estão tendo que lidar com a guerra da Ucrânia, o controle da inflação se tornou imperativo. O que antes parecia inimaginável, hoje é recorrente e testemunhamos as mais poderosas economias do planeta vergadas pelas altíssimas taxas de inflação.

E a perspectiva não é boa. Sem o gás e o petróleo russo, as economias do euro serão mais afetadas ainda com a chegada do próximo inverno, período de 21 de dezembro de 2022 a 21 de março de 2023.

A escassez dessas fontes de energia preocupa a população no que diz respeito ao aquecimento e preocupam as empresas e aos governos pelos danos que podem causar na produção, e, consequentemente, escassez de bens e serviços que realimentam a inflação.

Sem energia, sem produção. Sem produção, sem oferta e sem oferta cria-se demanda reprimida e pressão nos preços dos bens e serviços.

Neste contexto inflacionário sofrem hoje todas as nações. Desde as grandes potências, passando pela zona do euro e pelo G20, sem falar nas nações mais pobres ou periféricas.

Mas, enquanto o mundo sofre, nós aqui no Brasil estamos na contramão do mundo, pois, nossa taxa de inflação esta descendente e passamos agora há pouco por três meses de deflação.
No cenário americano, verificamos o melhor desempenho da economia brasileira em relação às maiores economias das Américas, inclusive, às dos México, EUA e Canadá.

Já noutro cenário, em relação as maiores economias do mundo, o Brasil figura em relação ao controle da inflação, em melhor situação do que a Zona do Euro, Reino Unido, e, individualmente, Alemanha, Itália, Holanda, dentre outros países.

Por fim, entendemos que este excelente desempenho se deveu, principalmente, a competente gestão da economia pelo governo brasileiro, que se antecipou e tomou as medidas corretas.

Sem surpresa, a revista inglesa GlobalMarkets, que há três décadas circula durante os encontros anuais promovidos por organismos multilaterais, como o Fundo Monetário Internacional – FMI e o Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID, concedeu o título de ministro da economia do ano de 2019 ao nosso ministro Paulo Guedes.

Nos anos seguintes, 2020/2021/2022, a ótima gestão da economia brasileira findou por posicionar o Brasil como uma das melhores apostas para investimentos no pós-pandemia.

O conjunto de inflação em baixa, PIB com sólido crescimento, desemprego em queda, bom desempenho do comércio exterior e ótima safra, nos dá a convicção de que o Brasil está preparado para ser protagonista na economia mundial nos anos vindouros.
Ao fim e ao cabo, poderíamos estar comemorando os bons resultados deste final de 2022 e projetando um 2023 melhor ainda, se não fosse o resultado das eleições deste ano que trouxeram um certo sentimento preocupante de “déjà vu”, com viés de déficit primário, recordes de prejuízos nas estatais, má utilização dos recursos públicos e utilização dos bancos públicos para financiamento de investimentos em países vizinhos de forma irresponsável e sem critérios.

É possível torcer para que desta vez seja diferente? Então, vamos torcer, para o bem do Brasil.

Um olhar sobre a economia nordestina - 2023

04/10/2022

Orçamento do Banco do Nordeste traz bilhões para apoiar desenvolvimento econômico e social

O orçamento do Banco do Nordeste – BNB para 2023 está programado. Serão R$ 34,6 bilhões dedicados a apoiar o desenvolvimento econômico e social da região Nordeste, e, no norte de Minas Gerais e do Espírito Santo.

A apresentação da programação financeira foi feita no último dia 26 de setembro próximo passado, em conjunto com o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) e a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste – SUDENE.

As metas da aplicação dos recursos do Fundo Constitucional do Nordeste – FNE, com um olhar sobre a região Nordeste, foram divididas por estado. Nesta divisão, coube à Bahia a maior participação, com previsão de R$ 8,2 bilhões. Na sequência, veio o estado do Ceará com R$ 5,2 bilhões e Pernambuco com R$ 4,7 bilhões. No primeiro terço da distribuição dos recursos, encontramos claramente o retrato da dinâmica e da realidade das três principais economias da região.

A divisão é coerente com o momento de cada Estado. A dinâmica da economia baiana apresenta uma demanda suficiente para absorver quase metade dos recursos a serem direcionados ao “trio de ferro” da economia nordestina. O Ceará, descolando um pouco da economia pernambucana, terá 10,93% a mais de recursos programados em relação aos recursos previstos para Pernambuco, o que representa 2.76 pontos percentuais, conforme demonstra o quadro acima.

No terço médio das economias nordestinas, temos o Maranhão com R$ 3,5 bilhões de recursos programados, o estado do Piauí com R$ 2,9 bilhões e o estado do Rio Grande do Norte com R$ 2,11 bilhões.

Economias intermediarias que terão, em conjunto, R$ 8,51 bilhões para investimentos e capital de giro em 2023, com forte impacto positivo nessas economias.

Já no terço final das economias nordestinas, teremos a programação de R$ 5,2 bilhões e verificamos um equilíbrio nas programações de disponibilidade de recursos. A liderança neste terço final é do estado de Alagoas com R$ 1,8 bilhões, seguido de perto pelos estados da Paraíba e Sergipe, ambos com previsão de R$ 1,7 bilhões cada.

Assim, teremos o cenário na região Nordeste em 2023 de R$ 31,81 bilhões de aporte de capital para investimentos e capital de giro proporcionados pelo BNB com origem nos recursos do FNE.

Na divisão acima, também verificamos que o “trio de ferro” da economia nordestina, será responsável por 56,90% dos recursos destinados a região e representando R$ 18,1 bilhões. O terço médio será responsável por 26,75% dos recursos programados, representando R$ 8,51 bilhões, e, por fim, o terço final será responsável por 16,35% representando R$ 5,2 bilhões.

No cenário geral da programação financeira do FNE para 2023, teremos ainda os recursos destinados ao Norte de Minas Gerais, que importará em R$ 1,97 bilhões, e ao Norte do Espírito Santo, com R$ 579 milhões.

Assim sendo, o Quadro Geral das aplicações do FNE, via BNB, para 2023 ficará da seguinte forma a seguir.

Esta programação financeira do BNB/FNE, aliada às várias outras informações e análises da economia brasileira, que temos comentado aqui nas Colunas passadas, reafirmam a cada dia a confiança na nossa economia.
Mantendo esta condução e linha de trabalho, o Brasil que ocupa o 10° lugar no ranking das economias mundiais, (Austin Rating – Poder 360 – 1° trimestre/2022) poderá, em breve, galgar novas posições e alcançar novos e inéditos patamares na economia mundial.

Real forte e investimentos na bolsa em alta

22/08/2022

Como vem se comportando o câmbio e bolsa de valores no Brasil

Veremos neste artigo dois dos principais sinais da força e credibilidade de uma economia, que são: o câmbio e a bolsa.

Neste caso, o Brasil está dando mais uma demonstração ao mundo que preparou bem a saída da crise da pandemia agravada com a guerra da Ucrânia.

Neste primeiro semestre, o real se valorizou em 7,55% em relação ao euro, moeda continental europeia utilizada por 19 países, dentre os quais, potências econômicas como França, Alemanha, Itália e Espanha.

Adquirir uma moeda de um determinado país é um sinal de confiança em seu futuro.

Fatores como estabilidade econômica, viés macroeconômico positivo, juros reais vantajosos para o investidor, turismo, dentre outros, podem explicar a valorização do real.

No mesmo período, em relação a libra esterlina, moeda do Reino Unido, a valorização do real foi de 9,67%. Uma das moedas mais fortes do mundo, a libra também cedeu na comparação com o real.

Quanto a comparação com as moedas sul-americanas o nosso real apresentou valorização de 13,75% frente ao peso chileno e 17,43% frente ao peso argentino.

Em relação a moeda mais forte do mundo, o dólar, mercado que todos os investidores recorrem em momentos de incerteza, o que provoca sua imediata valorização, frente a qual muitas moedas estão derretendo, o real resistiu e manteve-se praticamente estável com pequena redução da ordem de 1,24% neste primeiro semestre.

Portanto, a inequívoca valorização da nossa moeda é mais um passo rumo à confirmação da importância absoluta e estratégica da economia brasileira no mundo, notadamente, na América Latina.

Outro fator de destaque da economia brasileira é o forte retorno do investidor na B3.

Oportuno explicar que a formatação da B3 surgiu em 2017 com a fusão da BM&F BOVESPA com a CETIP – Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos. Por sua vez a BM&F BOVESPA já era a fusão da Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA) e a Bolsa de Mercadoria e Futuros de São Paulo.

Assim, a B3 é a única Bolsa brasileira em operação.

Portanto, ela é o termômetro do investimento em bolsa de valores. Como sabemos, o investidor em bolsa tem um perfil diferenciado e costuma estudar o mercado antes de investir e procura se informar e se manter atualizado com as informações de mercado.

Neste aspecto é estimulante ver que em apenas 15 dias neste mês de agosto vimos entrar na B3 R$ 11 bilhões de reais em investimentos. Já vínhamos de dois meses positivos, junho e julho, com entrada de R$2,3 bilhões de reais em investimentos.

Foi como se o mercado estivesse apostando com cautela e esperando para ver melhor o cenário que se avizinhava para o segundo semestre.

Assim sendo, somando-se aos dados mostrados nos nossos dois artigos anteriores, e, agora os dados do câmbio e do mercado de ações, é inequívoco que a economia brasileira está em franca recuperação pós pandemia, e, ainda, em plena guerra da Ucrânia.

Claro que há muito a de se fazer ainda. O mundo anda complicado. A concentração bancária criminosa no Brasil, ainda trava muito nossa economia. Porém, como diria o Conselheiro Acácio, personagem de Eça de Queiroz em O Primo Basílio, conhecido também por dizer obviedades, é melhor estar no caminho certo do que estar no caminho errado.

Ao fim e ao cabo, a boa fase da economia brasileira está sendo reconhecida muito mais no exterior do que pelo olhar de alguns setores politizados aqui dentro do país. Bem, mas o que esperar de um ano de eleições presidenciais? O bom é que já já este período passa e poderemos voltar a valorizar o que é nosso, sem patrulhamento ideológico.

Boas notícias do Brasil II

03/08/2022

Últimos índices destacam o Brasil em 9º lugar dentre economias mundiais

A economia brasileira está à frente das demais economias do planeta, no que diz respeito à recuperação pós pandemia. Enquanto acompanhamos a zona do euro mergulhar em altas taxas de inflação, desvalorização cambial do euro, redução da atividade econômica, e, os EUA entrando numa recessão técnica inimaginável, observamos o nosso Brasil apresentando índices macroeconômicos mais confortáveis e desempenho da economia surpreendente.

Neste artigo, sequência do anterior, vamos continuar surfando nos números da economia brasileira e constatando o que acontece de verdade na economia brasileira e o que o mercado diz aqui dentro e lá fora deste Brasil que surge no cenário mundial em 2022 como a nona economia do mundo, e crescendo.
Preço do álcool hidratado cai 23 Estados na semana, média Nacional recua 25,46%. Fonte: Agência Nacional de Petróleo – ANP data: 1 ago 2022- 12h52
Os preços médios do etanol hidratado reduziram em 23 Estados na semana passada, subindo apenas em 03 estados: Alagoas, Maranhão e Mato Grosso, além do Distrito Federal.

Em São Paulo, principal Estado produtor, consumidor e com mais postos avaliados, a cotação média caiu 2,72%, de R$ 4,050 para R$ 3,940 o litro.
Minas Gerais foi a unidade da Federação com maior recuo porcentual de preços na semana, de 6,37%, de R$ 4,470 para R$ 4,230 o litro.

O preço mínimo registrado na semana para o etanol em um posto foi de R$ 3,45 o litro, em São Paulo. Já o preço máximo na semana foi registrado em Alagoas e no Rio Grande do Sul, a R$ 6,99 o litro. O menor preço médio estadual foi observado em São Paulo, de R$ 3,94 o litro, enquanto o maior preço médio estadual foi verificado no Amapá, de R$ 5,95.

Na comparação mensal, o preço médio do biocombustível no País caiu 13,61%. O Estado com maior baixa porcentual no período foi Bahia, com 17,15% de desvalorização mensal do etanol.

Portanto, experimentamos não só a queda da gasolina e diesel, mas também do “nosso” combustível verde e amarelo.

O 2° trimestre de 2022 foi o melhor para pequenas indústrias em 11 anos. Fonte: Confederação Nacional da Industria – CNI. Data 01.08.2022.
Entre abril e junho de 2022, o índice de desempenho para indústria de pequeno porte ficou em 47,4 pontos. No 1° trimestre o índice ficou em 45,5 pontos e no 2° trimestre de 2021 foi de 46,5 pontos.

Ao constatar que 76% do total de empregos gerados em 2022 veio do pequeno negócio, este dado de desempenho acima nos traz, além de uma ótima notícia, uma visão de um futuro promissor.

Desemprego recua no segundo trimestre, menor taxa para o período desde 2015 / Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (29/07).
Vamos nos deter mais sobre este assunto, afinal, é o índice de desempenho da economia mais importante e o mais acompanhado, por ser aquele que afeta diretamente o ser humano.

No segundo trimestre, a taxa de desemprego recuou para 9,3%. Este foi o menor nível para um segundo trimestre desde 2015, quando tinha chegado a 8,4%.

Em comparação ao primeiro trimestre deste ano, a taxa de desemprego caiu 1,8 ponto percentual. (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua - Pnad).

Conforme o IBGE, o total de desempregados caiu 15,6% em relação aos três meses anteriores — chegando a 10,1 milhões de brasileiros. Isso representa 1,9 milhão de pessoas a menos em busca por emprego no país.
Segundo a coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, Adriana Beringuy, o recuo da taxa de desemprego entre abril e junho acompanha o movimento já visto em outros anos.

Apesar disso, neste ano, a coordenadora informa que a queda mais considerável foi causada pelo aumento significativo da população ocupada em comparação ao primeiro trimestre.

O número estimado de brasileiros ocupados é de 98,3 milhões. Este é o maior nível desde o começo da série histórica da pesquisa, em 2012. Em comparação ao trimestre anterior, houve um aumento de 3,1%.

O IBGE revela que são 3,0 milhões de brasileiros a mais no mercado de trabalho — sendo 1,1 milhão na informalidade. Em relação ao mesmo período de 2021, foi observada uma alta de 8,9 milhões de trabalhadores.
Diante deste aumento, o nível de ocupação — percentual de ocupados na população em idade de trabalhar — foi previsto em 56,8%. Em relação ao trimestre anterior, o patamar avançou 1,6 ponto percentual.

Número de trabalhadores informais
O número de trabalhadores informais foi estimado em 39,3 milhões. Este também foi o maior número da série histórica do indicador, que começou em 2015. Em relação aos três meses anteriores, foi visto um aumento de 2,8%. Isto representa mais de 1,1 milhão de brasileiros no período.

Neste grupo, integram os trabalhadores sem carteira assinada, empregadores e conta sem CNPJ, além de trabalhadores familiares auxiliares.

Conforme Beringuy, houve a retomada no segundo trimestre, do aumento do número de trabalhadores por conta própria sem CNPJ.

Além disso, a coordenadora destaca que seguiram aumentando outras categorias principais da informalidade — que são os empregados sem carteira assinada no segmento privado e os trabalhadores domésticos sem carteira.

Apoio ao empreendedorismo. Fonte: banco do Brasil
O Banco do Brasil liberou, até a última sexta-feira, 29, mais de R$ 5 bilhões de reais por meio do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe).

Destes R$ 5 bilhões, o Banco destinou mais de R$ 2 bilhões às empresas dirigidas por mulheres. Esta iniciativa de apoio ao empreendedorismo feminino, está em linha com a campanha Agosto Lilás, pelo fim da violência doméstica. Com este aporte, foram beneficiadas quase 20 mil mulheres.

O banco tem apoiado iniciativas destinadas ao público feminino. A campanha Agosto Lilás, pelo fim da violência doméstica, que começou nesta segunda-feira, 1º, é promovida em parceria com a Associação dos Magistrados do Brasil (AMB) e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Capital Privado é responsável por alta na relação investimento X PIB em 2022. Fonte: Cemec-Fipe – CNN Brasil Business.

No 1° trimestre de 2022 os investimentos corresponderam a 17,91% do PIB no período. O valor é maior que os 17,55% apurados no mesmo período do ano passado.
Os dados apontam que a recuperação dos números na relação do investimento X PIB está ligada aos investimentos do setor privado. Este é um dado importante e saudável. Ou seja, o investimento no Brasil está crescendo de forma sustentável e bancado pelo capital privado.

Vale recordar que o índice em 2017 chegou no fundo do poço da serie história e cravou apenas 14,63% a relação investimento X PIB.
Balança comercial brasileira registra superavit de R$ 5,44 bilhões em julho.
Fonte: Ministério da Economia – CNN Brasil

De janeiro a julho o saldo da balança comercial atingiu R$ 39,6 bilhões de reais.

A corrente de comercio que serve como parâmetro para a atividade econômica, avançou em 30,8% em julho deste ano em comparação a julho de 2021. No total a soma de exportações e importações alcançou US$ 54,47 bilhões.
Resumo Boletim FOCUS 29.07.2022
IPCA projetado para 2022 ficou em 7,15%, queda na previsão de uma semana atrás que era de 7,30%.
Crescimento do PIB para 2022 alcançou 1,97%. Aumento ante os 1,93% da semana anterior.

O câmbio permanece inalterado em relação à semana anterior e com previsão para o final do ano na proporção de US$ 1,00 / R$ 5,20.
Selic também permaneceu inalterada e previsão continua em 13,75% ao final do ano.

O saldo da balança projetado para final de 2022 está em US$ 67,20 bilhões de dólares. Em 2021 o saldo encerrou em US$ 61 bilhões de dólares.

O total do investimento direto no país ficou estimado em US$ 56,25 bilhões de dólares. Importante ressaltar que o Brasil ocupou a 6° posição em 2021 no ranking da Organização das Nações Unidas – ONU de atração de investimentos diretos.

Ao fim e ao cabo, o Brasil vem saindo desses anos de crise mundial, com honra ao mérito. Não são opiniões pessoais ou narrativas elaboradas. São dados dos órgãos oficiais, do mercado, através do Boletim FOCUS, e, da própria imprensa nacional.

Deixando a política eleitoral de lado, o Brasil está no pódio das economias mais fortes do planeta, aliás, em 9° lugar, e todos nós que contribuímos com esta conquista estamos de parabéns, afinal este é o Brasil que queremos: desenvolvimento econômico com sensibilidade e justiça social. Forte abraço a todos e fiquem com Deus!

Boas notícias para o Brasil

15/07/2022

Instituições financeiras representativas do mercado, apontam sinais de recuperação na economia

Não sei quem espalhou que má notícia e críticas repercutem mais que boas notícias, reconhecimento e elogios, porém, como pensamos diferente, faremos neste artigo um apanhado da realidade brasileira, à luz da verdade.

Expectativa para inflação de 2022, apresenta recuo e agora o Boletim Focus prevê taxa ao final do ano de 7,67% a.a.

Esta previsão constou do Boletim Focus do Banco Central do Brasil – BACEN de 11 de julho último. O Focus também previu uma inflação para 2023 no patamar de 5,09% a.a. Já explicamos aqui que o Boletim Focus é uma pesquisa feita pelo BACEN entre 140 instituições financeiras representativas do mercado, portanto, completamente isenta, apolítica e eminentemente técnica.

Comemoremos! Enquanto o mundo se encontra envolto em taxas de inflação crescentes e inéditas, nós aqui, fizemos o dever de casa preventivamente, claramente com uma taxa de inflação descendente.

A Indústria acumula alta de 1,8% e completa 04 meses seguidos de avanço.

Após expansão de 0,7% em fevereiro, 0,6% em março e 0,2% em abril, nossa indústria apresentou novo crescimento de 0,3% em maio. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.

Emblemático segmento econômico que contribui solidamente com a geração de empregos com carteira assinada, elevada arrecadação de impostos e consistente volume de investimentos, a indústria é um termômetro real da economia.

Assim sendo, se a indústria apresenta uma tendência de crescimento no quadrimestre, podemos acreditar que estamos no caminho certo.

Alta dos alimentos começam a ceder.

Com dados apurados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor IPCA, verificamos que o segmento “in Natura” começa a apresentar redução no preço de seus principais produtos, base junho de 2022, a saber:


Cenoura (-23,36%); açaí (-10,22%0; couve-flor (-10,13%); repolho (-8,75%); cebola (-7,06%) e o inhame (-6,69%), dentre outros.

O segmento “in Natura” é importante para análise dos preços dos alimentos, porque foi ele que mais puxou a alta dos alimentos no início do ano.

Aliado a este cenário, a garantia de disponibilidade de fertilizantes, em função da chegada de 27 navios do produto da Rússia, num acordo costurado pelo presidente Bolsonaro, quando de sua viagem àquele país em fevereiro próximo passado, garantiu que não teremos crise alimentar, o que poderia trazer enormes reduções na produção e consequentemente inflação nos preços dos alimentos. Enfim, também pulamos esta fogueira.

Segmento mais afetado pelo lockdown da pandemia, bares e restaurantes projetam alta de 5% em 2022.

"O segmento mostra otimismo com aumento da demanda de consumo, impulsionado pela queda do desemprego", registrou a CNN Brasil em 10.07.2022.

A estimativa é da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes – ABRASEL. Outro fator destacado foi a queda nas viagens dos brasileiros para o exterior, que contribuiu para o aumento da demanda interna.

Ainda foi destacado pelo presidente da ABRASEL, Paulo Solmucci, como fator de crescimento do setor, o auxílio Brasil.

Micro e pequenas empresas já podem aderir ao PRONAMPE, desde 30 de junho próximo passado.

O Programa Nacional de Apoio à Microempresas e Empresas de Pequeno Porte – PRONAMPE, voltou. Focado no suporte financeiro, o Programa foi criado em março de 2020 para auxiliar as empresas no período da pandemia, e, pelo sucesso alcançado, tornou-se permanente em junho de 2021.

Neste ano o Programa recebe verba que poderá atingir até R$ 25 bilhões.
Apoio social para enfrentamento das consequências das crises da pandemia e da guerra da Rússia.

O governo federal tem atuado em várias frentes de apoio à população e às empresas. No enfrentamento dos preços dos combustíveis aprovou a lei complementar 192/22 que reduziu o PIS e COFINS sobre combustíveis e prevê a incidência por uma única vez do ICMS.
Também aprovou a Lei Complementar 194/22 que limitou em até 18% a alíquota de ICMS sobre energia, combustíveis, comunicações e transporte coletivo.

Com isso, teremos redução de preços generalizados sobre estes importantes itens que afetam diretamente toda a economia nacional.

Adicionalmente, aprovou a PEC KAMIKASE, que resultou nos seguintes benefícios diretos à população:

• Aumento do Auxílio Brasil de R$ 400,00 para R$ 600,00;

• Conceção de uma ajuda aos caminhoneiros no valor de R$ 1.000,00.

• Conceção aos taxistas de uma ajuda de R$ 200,00 mensais até dezembro de 2022;

• Repasse ao vale gás aumentando o valor para R$ 120,00 a cada dois meses.

• Repasse de R$ 2,5 bilhões para garantir a gratuidade no transporte público urbano para idosos;

• Subsídio de R$ 3,8 bilhões para o etanol.

Voltamos a integrar o ranking das 10 maiores economias do mundo

No último trimestre de 2021, ocupamos a 13° posição. No ranking publicado pela Austin Rating, referente ao 1° trimestre de 2022, voltamos a integrar o seleto grupo das 10 maiores economias do mundo. Passando Rússia, Coreia do Sul e Austrália.

Ao fim e ao cabo, o Brasil está reagindo de todas as formas possíveis, e, havendo resultado nas ações em curso e continuando a melhora dos índices macroeconômicos, como sinaliza a visão do mercado, não só lideraremos a retomada do crescimento na América latina, como seremos uma das economias mais importantes do mundo.


O Momento Econômico do Brasil Pós Pandemia

02/07/2022

Passada a fase mais aguda da pandemia, e, ainda em meio à guerra da Ucrânia, o Brasil e o mundo se voltam para os ajustes necessários em suas economias

Visitaremos neste artigo os aspectos relativos ao desemprego, investimentos estrangeiros, inflação, taxa básica de juros, comércio exterior e PIB.

Tocando em um dos assuntos mais sensíveis da economia, o desemprego no Brasil tem apresentado melhoria contínua e já apresenta índices melhores do que da época pré-pandêmica. Ações contínuas como a do seguro desemprego junto a caixa econômica federal continuam a colaborar nesta fase para os cidadãos sem emprego.

De acordo com dados da ocupação divulgados em 30 de junho próximo passado, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), através da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) a taxa de desocupação ficou em 9,8% no trimestre móvel encerrado em maio.

A melhora foi de 1,4% (p.p) em relação ao trimestre de 12/2021 a 02/2022 quando a taxa foi de 11,2%, e de 4,9% (p.p) na comparação com o mesmo período de 2021, quando o desemprego estava em 14,7%.

Simplesmente, 9,8% é a menor taxa de desocupação, para um trimestre encerrado em maio, desde 2015, quando o indicador registrou 8,3%.
Os números são expressivos e revelam uma vitória enorme contra a tragédia do desemprego provocada pela pandemia.

Em números, o Brasil tem hoje 10,6 milhões de pessoas desocupadas. São 1,4 milhão de pessoas a menos em comparação ao trimestre imediatamente anterior, o que representa um recuo de 11,5%.

Na comparação anual, a queda foi de 30,2%, com 4,6 milhões de pessoas a menos desocupadas.
O total de pessoas ocupadas atingiu o recorde da série iniciada em 2012, com 97,5 milhões de pessoas. Uma alta de 2,4%, ou mais 2,3 milhões de pessoas, na comparação trimestral, e, de 10,6%, ou 9,4 milhões de pessoas, na comparação anual.

São milhões de brasileiros que hoje estão em atividade e longe da agonia e desespero do desemprego.
Por fim, o Brasil tem sido o país que mais vem reduzindo o desemprego entre os países do G20.

Apesar do aumento na ocupação, o rendimento real habitual ficou estável frente ao trimestre anterior no valor de R$ 2.613,00. A massa de rendimento real habitual chegou a R$ 249,8 bilhões, uma alta de 3,2% no trimestre e de 3,0% no ano.

Outro dado importante é que na comparação com o trimestre anterior, o rendimento apresentou estabilidade em todos os grupamentos de atividades.
Foi um crescimento expressivo e não isolado da população ocupada”, diz Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas por amostra de domicílios do IBGE. Ela destaca que os aumentos da ocupação vêm ocorrendo em diversas formas de inserção do trabalhador, tanto entre os informais quanto entre os com carteira de trabalho.

Movimento faz parte de um processo de recuperação das perdas de 2020, com gradativa recuperação ao longo de 2021. “No início de 2022, houve uma certa estabilidade da população ocupada, que retoma agora sua expansão em diversas atividades econômicas”.

IPCA 2021 / 2022

SUPERAVIT PRIMÁRIO

O Brasil apresentou superávit primário de R$ 86,1 bilhões no 1º quadrimestre de 2022.

O resultado é superior em R$ 40,3 bilhões ao valor previsto para o primeiro quadrimestre. (Decreto nº 11.019/2022) onde constava uma previsão de superavit da ordem de R$ 45,8 bilhões.
Este importante dado representa a solidez das contas do governo, que arrecada mais do que gasta e superando e muito a própria meta.

Este dado leva confiança ao mercado, notadamente aos investidores, que percebem que o governo conseguirá honrar seus compromissos.

INVESTIMENTOS DIRETOS DE ESTRANGEIROS

Os dados do Relatório Mundial de Investimentos da Agência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad) apontam que o Brasil recebeu no ano passado US$ 50,3 bilhões em investimentos estrangeiros. Este valor nos levou a ser o 6° melhor país no mundo em capitação de investimentos de estrangeiros.

A previsão do BACEN é que este ano de 2022 o Brasil atraia US$ 55 bilhões.
Estas são marcas importantes e representam a confiança do mundo capitalista na economia brasileira.

COMÉRCIO EXTERIOR

As exportações brasileiras somaram, em maio de 2022, US$ 29,6 bilhões, e as importações, US$ 24,7 bilhões, gerando um saldo positivo de US$ 4,9 bilhões e corrente de comércio de US$ 54,4 bilhões.

No acumulado do ano (janeiro a maio), as exportações totalizam US$ 131,1 bilhões e as importações, US$ 106,0 bilhões, um saldo positivo de US$ 25,1 bilhões e corrente de comércio de US$ 237,0 bilhões.

Fator importante na análise da vitalidade da economia, o aumento da corrente de comércio e a geração de expressivo saldo positivo para os primeiros 05 meses do ano, comprovam que a retomada da economia brasileira se dá também a partir da inserção de nossa economia no comércio mundial.

INFLAÇÃO

Maior obstáculo ao crescimento econômico sustentável e inimigo número 1 das famílias, a taxa de inflação tem sido enfrentada pelo governo brasileiro através da redução dos impostos, visando baratear os preços, redução do imposto de importação, com o objetivo de incentivar a importação de produtos e equilibrar a oferta interna, elevação da taxa de juros básica, dentre outras medidas.

Neste esforço, o país tem negociado com a Rússia a aquisição de fertilizantes que são necessários para manter e até aumentar a produção do agronegócio, assegurando assim, a segurança alimentar não só dos brasileiros, bem como, do mundo.

• MÊS 2022 | Janeiro 0,54 | Fevereiro 1,01 | Março 1,63 | Abril 1,06 | Maio 0,4

Com mais produção do agronegócio, o governo trabalha para evitar aumentos maiores de preços. Ocorre que nosso agronegócio alimenta aproximadamente 1,2 bilhão de pessoas no mundo, e, portanto, a pressão da demanda externa termina pressionando os preços aqui dentro, pois a fonte de produção é a mesma.

Esta inflação, no entanto, não é uma inflação só de demanda, é também uma inflação de oferta, ou seja, as matérias primas, insumos, materiais de embalagem e fretes estão mais caros, e, por vezes, escassos, em função da desorganização internacional das cadeias produtivas, culpa não só da pandemia, mas também, agora, da guerra da Ucrânia.

Assim sendo, este cenário mundial de inflação alta, pode ter uma vida mais longa do que o desejado.

Ocorre que, por aqui, as medidas estão surtindo os efeitos possíveis e a taxa de inflação que percorreu uma curva ascendente entre janeiro e março, agora desenha uma curva descendente entre março e maio, e, segundo o último boletim FOCUS – BACEN deve terminar 2022 em 8,89% a.a.

SELIC

Trabalhando o remédio amargo para domar a inflação, o governo tem mantido a SELIC em patamar elevado e deve, segundo o Boletim FOCUS – BACEN, terminar o ano em 13,25% a.a.

• MÊS X ANO 12/2021 9,25 | 02/2022 10,75 | 03/2022 11,75 | 05/2022 12,75 | 06/2022 13,25

SELIC preocupa, no entanto, nenhum cidadão brasileiro contrata, geralmente, seu empréstimo em SELIC, que é uma taxa referencial interbancária. Na verdade, nossos juros estão estratosféricos em função da concentração bancária, assunto que já tratamos em nossos artigos diversas vezes.

Assim, os juros do cheque especial, cartão de crédito, desconto de títulos, contas garantidas, financiamento de veículos etc. pouco ou nada tem relação direta com a SELIC.

Todavia, uma economia saudável precisa ter uma baixa taxa referencial de juros e uma taxa de inflação sob controle.

PRODUTO INTERNO BRUTO – PIB - BRASIL

Após o PIB da pandemia de 2020, que nos trouxe de volta o PIB negativo, experimentado antes em 2015 e 2016, voltamos a crescer forte em 2021, e, segundo previsão IPEA, voltaremos a crescer de forma mais moderada em 2022.

• ANO X INFLAÇÃO 2016 / -3,31 | 2017 / 1,06 | 2018 / 1,12 | 2019 / 1,14 | 2020 / -4,1 | *2021 / 4,6 | 2022 / 1,8

Este crescimento moderado, dentre outros fatores, é reflexo ainda da desorganização das cadeias produtivas mundiais em função da pandemia, mas também, agora com a agravante da guerra da Ucrânia que também provocou a elevação dos preços dos combustíveis ao redor do mundo.

Ao fim e ao cabo, vemos que os principais índices de nossa economia, aqui analisados, estão num bom caminho ou em vias de entrar num bom caminho. Para um país de economia ainda periférica, enfrentamos com méritos as dificuldades que se apresentaram e ainda se apresentam no contexto mundial.

Outro fator de desestabilização de qualquer economia é o fator eleição.

Neste particular, acredito, que o grau de enfrentamento ideológico e midiático que se apresenta nesta eleição, talvez, atrapalhe mais, no momento, uma melhor performance de nossa economia, do que propriamente as enormes dificuldades do cenário econômico mundial.

O bom é que faltam menos de 100 dias para o dia da eleição e os ventos estão soprando a favor de nossa economia, como vemos acima, e, assim sendo, terminaremos o ano pensando mais num futuro melhor do que num passado duríssimo.



Preços dos Combustíveis no Brasil

17/06/2022

Como é feita a composição do preço da gasolina para o consumidor final?

Centro das atenções no Brasil e no mundo, o custo dos combustíveis está sendo muito discutido. Conheceremos neste artigo a verdadeira divisão desses custos e quem fica com quanto.

A verdade, numa simples análise dos números a seguir, é que dos entes que açambarcam nosso dinheiro na divisão do fruto da exploração, o governo federal tem seguidamente retirado sua cota parte “zerando” suas posições de impostos.

Os outros dois custos relevantes, quais sejam: realização PETROBRÁS e ICMS, representam 63,16% do preço total ao consumidor da gasolina, estratosférico 74,90% no diesel B e 61,90% do gás GLP.

Ao redigir este artigo, a Câmara Federal havia acabado de aprovar o texto final do projeto de lei que determinou o teto de 17% de ICMS para combustíveis, energia, transportes coletivos, gás natural veicular e comunicações e estava enviando para sanção do presidente da República Jair Bolsonaro.

Com esta iniciativa temos a perspectiva de redução do preço ao consumidor, em face da limitação contida na lei que aliviará o consumidor no quesito ICMS.

Assim, restaria apenas o quesito “Realização Petrobrás”, este o último vilão para que tenhamos combustíveis em patamares menos onerosos no Brasil.

É momento oportuno para rever nosso artigo sobre a PETROBRÀS de 02 de novembro de 2021 onde defendemos que a empresa vive no melhor dos dois mundos: ora é estatal para preservação do monopólio e ora é privada para auferir lucros indecentes até para o sistema capitalista, se adequando melhor na definição de capitalismo selvagem.

De forma rasa, e com foco no caso concreto, poderíamos dizer que a diferença entre os dois é que o capitalismo é o sistema de maximização do lucro e o capitalismo selvagem é o sistema de maximização do lucro custe o que custar.

Apesar do monopólio, do ponto vista legal, não existir mais desde 1997, quando a lei 2004/1953 foi revogada, e, posteriormente, com a lei 9.478/2002, dentre outros marcos jurídicos, mesmo assim, de fato, o monopólio da PETROBRÁS sobre a produção e refino se perpetuou.

Com dados de 2021, contabilizamos 17 refinarias, das quais, 13 são da estatal e respondem por 98% da produção dos combustíveis.

Essa produção doméstica entrega por volta de 80% do consumo interno. Os outros 20% vêm de importadoras privadas que complementam o mercado.

Ao final do ano passado, acendeu uma luz no final do túnel e a PETROBRÁS concluiu a venda da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), localizada em São Francisco do Conde na Bahia, para o fundo de investimento árabe Mubadala Capital.

O fato é que, desonerando impostos, o governo federal avança na tentativa de reduzir o custo do transporte no Brasil.

No entanto, enquanto não redesenhar o papel da PETROBRÁS e definir se ela é estatal com direito a reter 98% do refino de petróleo no país, e, neste caso, deveria ser encarregada de defender a economia popular ou se a empresa é privada, e, neste caso, o governo deveria privilegiar e incentivar a livre concorrência, via CADE, Congresso Nacional e Políticas próprias, para garantir preços justos ao consumidor brasileiro sem ter que levar em conta interesses de investidores privados, não haverá harmonia no setor e perpetuamos esta eterna queda de braço entre investidores protegidos por leis, até, internacionais, e 215 milhões de brasileiros.

Por fim, é importante resgatar que esta situação de interesses antagônicos, se materializou em 2010, quando o governo federal resolveu vender a investidores estrangeiros na bolsa de valores ações da empresa, permitindo a entrada de investidores, inclusive, vários fundos soberanos da Ásia e Oriente Médio, que passaram a ter direitos dentre da PETROBRÁS, como sócios investidores.

São justamente estes gigantes do metal capital internacional que hoje pressionam a empresa e rivalizam com o governo federal, por práticas capitalistas selvagens em detrimento da economia nacional.

Ao fim e ao cabo, o governo federal, hoje, tem uma tarefa hercúlea, que é o de resolver o imbróglio societário que o próprio governo federal, há época em 2010, meteu o Brasil. Seja reestatizando a PETROBRAS, e, para isso terá que recomprar as ações vendidas ou privatizando de vez a empresa e abrindo integralmente o mercado a todo e qualquer investidor que queira participar deste mais do que lucrativo mercado do petróleo, notadamente, no Brasil.

Amazônia: a mais rica e cobiçada região brasileira

01/06/2022

A região mais importante e vigiada do planeta é motivo de disputa e cobiça mundial

A região que abriga a floresta mais importante e vigiada do planeta, tem 60% de sua área no Brasil e é motivo de disputa e cobiça mundial.

Os números são monumentais. A Amazônia é o maior bioma do Brasil: num território de 4,196.943 milhões de km2 (IBGE,2004), crescem 2.500 espécies de árvores (ou um-terço de toda a madeira tropical do mundo) e 30 mil espécies de plantas (das 100 mil da América do Sul).

A bacia amazônica é a maior bacia hidrográfica do mundo: cobre cerca de 6 milhões de km2 e tem 1.100 afluentes. Seu principal rio, o Amazonas, corta a região para desaguar no Oceano Atlântico, lançando ao mar cerca de 175 milhões de litros d’água a cada segundo.

Quando se fala de Amazônia os números e as narrativas são monumentais e estratosféricos. Então, vamos procurar trabalhar, o máximo possível, com números oficiais e de fontes seguras.

Uma região que transpira riqueza de todas as formas, contribui com relevância em inúmeros segmentos econômicos e científicos brasileiros através dos bens e serviços que os ecossistemas florestais fornecem.

Conheça as riquezas amazônicas
Matérias-primas - madeira, combustíveis e fibras; material genético; controle biológico; alimentos; produtos farmacêuticos; recreação, ecoturismo e lazer; fonte de recursos educacionais; fonte de cultura indígena e amazônica; estudos para o controle de erosão, enchentes, sedimentação e poluição; estudos para armazenamento de água em bacias hidrográficas, reservatórios e aquíferos; estudos para controle de distúrbios climáticos como tempestades, enchentes e secas; proteção de habitats utilizados na reprodução e migração de espécies; tratamento de resíduos e filtragem de produtos tóxicos; regulação dos níveis de gases atmosféricos poluentes; regulação de gases que afetam o clima e ciclagem de minerais.

Estima-se que o setor de base florestal, que atua basicamente em seis cadeiras produtivas, seja responsável por 4% do PIB brasileiro e pela geração de 6 milhões de empregos.

Minerais encontrados na Amazônia: ferro, manganês, cobre, alumínio, zinco, níquel, cromo, titânio, nióbio, fosfato, ouro, prata, platina, paládio.
Retrato do Bioma Amazônico:
Área: 4.196.943 Km² = 40% do território nacional.

Estados: Acre, Amapá, Amazonas, Pará e Roraima, e parte do território do Maranhão, Mato Grosso, Rondônia e Tocantins.

Ecossistemas: Florestas densas de terra firme, florestas estacionais, florestas de igapó, campos alagados, várzeas, savanas, refúgios montanhosos e formações pioneiras.

Fauna: Estimados em 20% de toda a fauna do planeta, encontramos, 427 mamíferos, 1294 aves, 378 répteis, 400 anfíbios, e 3000 peixes e mais de 100 mil invertebrados (G1 2017).

Pesquisas chegaram a indicar que existem na Amazônia cerca de 45 mil espécies de plantas e animais vertebrados de toda espécie.

Vegetação
• A vegetação divide-se em três categorias: matas de terra firme, matas de várzea e matas de igapó.

• As matas de terra firme, situadas em regiões com maior altitude, não sofrem com inundações. Por isso, são o lar de árvores de grande porte, como a castanheira-do-pará e a palmeira.

• As matas de igapó são as mais baixas e por isso sofrem com frequentes inundações. Em consequência, a vegetação é baixa do tipo arbustos, cipós e musgos. É lar da vitória-régia, um dos símbolos da Amazônia.

• As matas de várzea são as que ostentam tanto terras mais elevadas, cujas características se assemelham as matas firmes quanto terras mais baixas cujas características se assemelham as matas de igapó.
Solo
• O solo da floresta amazônica é em geral arenoso. Tem como características fina camada de nutrientes que se forma a partir da decomposição de folhas, frutos e animais mortos.

• Camada está rica em húmus, matéria orgânica muito importante para algumas espécies de plantas da região. Estima-se que apenas 14% de todo o território pode ser considerado fértil para a agricultura.

Relevo

As áreas de planícies – planície amazônica – são constantemente inundadas pela água dos rios e a região de planaltos – planalto das Guianas – representam as terras mais altas. É nesse planalto que se encontra o Pico da Neblina, ponto mais alto do Brasil, com cerca de 3.015 metros.

Água

A floresta amazônica possui a maior bacia hidrográfica do planeta. Seu principal rio é o Amazonas, que possui mais de mil afluentes, sendo o mais largo do mundo e esteio do desenvolvimento da floresta.

De forma geral, os rios são classificados em três tipos:

1. Rios de águas barrentas: Como o Madeira e o próprio Amazonas;

2. Rio de águas claras: Como o Xingu, Tapajós e Trombetas;

3. Rio de águas pretas: Tendo no Rio Negro seu mais conhecido representante.

Clima

É o chamado clima equatorial úmido, onde chove bastante e a temperatura é elevada, normalmente, variando entre 22ºC e 28ºC, características de áreas próximas à linha do Equador.

Patrimônio Mineral, Princípios Ativos e Madeira

O Brasil é um dos maiores detentores de reservas de minérios do mundo e a Amazônia é uma das sedes brasileiras dessas riquezas.

A Amazônia Lidera na questão dos princípios ativos que suprem às bilionárias indústrias farmacêutica e de cosmético.

Também contribuem fortemente com as exportações de madeira para o mundo. Neste segmento, EUA, França, China, Holanda e Bélgica lideram o ranking dos 20 países que adquirem madeira no Brasil.

Mas o ponto crítico é que, o roubo dessas riquezas brasileiras, estima-se, excede o mercado formal.

Àqueles que acusam o Brasil de ser omisso em relação a extração ilegal de madeiras, são os maiores compradores das madeiras ilegais.

Denúncia da Polícia Federal, através do superintendente da Polícia Federal no Amazonas, delegado Alexandre Saraiva, dá conta que 90% da madeira exportada pelo Brasil é ilegal e na ponta compradora estão 19 países, quais sejam: EUA, Alemanha, Espanha, Inglaterra, Portugal, França, Holanda, Bélgica, China, Tailândia, Estônia, Lituânia, Itália, República Dominicana, Haiti, Porto Rico, Taiwan, Índia e México. (Fonte: agência Amazônia Real- 3 anos atrás)

O que é mais fácil, cada país desses 19 cuidarem de suas fronteiras para não haver entrada de madeira ilegal ou o Brasil cuidar de 4,1 milhões de Km2 da Amazonia para que não retirem madeira ilegal? Ou seja, quem nos acusa é justamente quem facilita o crime.

A Biopirataria, termo usado pela 1° vez em 1993 pela hoje ETC-Group, ou como prefere a Organização Mundial de Propriedade Intelectual – OMPI, a biogrilagem, se caracteriza pela exploração ilegal de recursos naturais, animais, sementes e plantas, bem como, a apropriação e monopolização de saberes tradicionais dos povos nativos.
Na prática, conhecimentos de séculos dos povos nativos, no nosso caso, o povo da Amazônia brasileira, são pirateados e terminam patenteados por multinacionais e instituições científicas que passam a ser detentoras da propriedade daqueles princípios e processos.

“Em várias regiões da Amazônia pesquisadores estrangeiros desembarcam com visto de turista e entram na floresta muitas vezes infiltrando-se nas comunidades tradicionais ou nas áreas indígenas. Ali, estudam as espécies vegetais ou animais, seus usos e suas aplicações. A seguir, com o auxílio dos povos da floresta, coletam exemplares, e, de posse dessas informações, voltam a seus países onde o conhecimento de nossas populações nativas é utilizado pelas indústrias de remédios ou de cosméticos” (Biopirataria – Exploração Ilegal de Recursos no Brasil).

Para Vandana Shiva, autora do livro “Biopirataria” (Editora Vozes), a biopirataria pode ser entendida como a “pilhagem da natureza e do conhecimento”. Segundo ela, o movimento de apropriação e semelhante ao saque de recursos naturais realizados no Brasil na época do descobrimento..
Assim sendo, vemos o Brasil frequentemente ser acusado do crime de não cuidar bem da Amazônia, quando na verdade, são eles, os acusadores, sempre ONG internacionais ligadas obscuramente aos capitais ilegais internacionais, que verdadeiramente cometem os crimes de biopirataria e contrabando.

Nos faz lembrar do decálogo de Lenin: “acuse-os do que você faz, chame-os do que você é”.

Ao fim e ao cabo, esta riqueza incomensurável que é a Amazônia brasileira está sendo, paulatinamente, roubada de nós e os assaltantes se defendem nos acusando, e, pior, encontra caixa de ressonância em alguns segmentos nacionais cooptados que constroem narrativas que dão respaldo aos criminosos, e, por vezes, nos fazem procurar em nós mesmos a culpa que não cabe às vítimas.

Fontes: www.educacao.uol.com.br
ISPN – INSTITUTO SOCIEDADE POPULAÇÃO E NATUREZA
PORTAL AMAZÔNIA
INTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATISTICA - IBGE




A pandemia, a guerra na Ucrânia e a inflação pelo mundo hoje

13/05/2022

Inimaginável, tornou-se realidade: grandes economias sofrendo com altas taxas de inflação

Um dos grandes adversários da economia, a inflação, preocupa cada vez mais o mundo hoje. Antes o que era inimaginável, tornou-se realidade: grandes economias sofrendo com altas taxas de inflação.
A Zona do euro, que abriga 05 das 15 maiores economias do mundo, a saber: Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Espanha, apresentou inflação de 7,4% a.a. agora em março passado. É a maior taxa desde que o euro foi adotado como moeda comum em 1999.

A Zona do euro, é composta por 19 países: Bélgica, Alemanha, Estônia, Irlanda, Grécia, Espanha, França, Itália, Chipre, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Holanda, Áustria, Portugal, Eslovênia, Eslováquia e Finlândia.
Neste conjunto de países a inflação oscilou entre as maiores: Lituânia 15,6%, Estônia 14,8% e República Tcheca 11,9% e as menores Malta 4,5%, França 5,1% e Portugal 5,5%.

A maior economia da zona do euro, a Alemanha atingiu uma taxa de inflação de 7,4% a.a. em abril. É a maior taxa desde 1981, portanto, a maior em 41 anos.
Outro gigante mundial, os EUA, também sofre com a inflação. A taxa atingiu agora em março próximo passado, a incrível marca de 8,5% a.a. Estamos falando da maior economia do mundo. Esta taxa é a maior desde dezembro de 1981.

Na China, a segunda maior economia do planeta, a taxa de inflação medida pelo índice de preços ao produtor (PPI), atingiu em março próximo passado a marca de 8,3% a.a.

Em relação ao índice do consumidor saltou para 2,1%, base abril 2022. Importante ressaltar que se trata de uma economia controlada por um governo central, que exerce um controle político ditatorial, portanto, os índices podem ser diferentes da realidade.
Quanto ao Brasil, atingimos a taxa de 12,13% a.a., e se constitui a maior taxa, medida pelo critério dos últimos 12 meses, desde outubro de 2003, que atingiu a marca de 13,98%.
A alta da inflação ao redor do mundo, tem várias causas, a maioria comum a todos os países: pandemia, guerra da Rússia x Ucrânia, monetização da economia por parte dos governos para apoio às populações e empresas, desequilíbrio oferta x demanda em função da desarticulação da logística mundial, incluindo neste tópico a alta do custo dos fretes, dentre outros fatores.

Apesar da crise mundial, o Brasil, na condição de país em desenvolvimento, porém, ainda uma economia periférica, comparada aos gigantes mundiais e a zona do euro, tem se mostrado com ótima capacidade de reação.

Se não, vejamos:

A partir do aumento do PIB em 2021 na ordem de 4,6% e a continua queda no nível do desemprego nacional, aliados aos frequentes recordes do agronegócio brasileiro e a ótima performance da balança comercial, o país vem conseguindo, a duras penas, uma travessia a menos dolorosa possível.
Por falar em balança comercial, o Brasil acumulou até abril deste ano U$ 19,947 bilhões de superavit, fruto de U$ 101,185 bilhões em exportações e U$ 81,238 bilhões em importações, totalizando U$ 182,424 bilhões de corrente de comércio exterior, 25% superior ao mesmo quadrimestre de 2021.

Voltando a inflação, se comparado ao vizinho e companheiro do Mercosul Argentina, com inflação acima de 50%, sem falar na destruída Venezuela com 686% e observando o cenário mundial, demonstrado acima, veremos que, apesar de uma inflação de dois dígitos, a economia brasileira está sob controle e caminha para uma forte redução, confirmada pelo boletim Focus – BANCEN de 29 de abril de 2022, que destacou a previsão de uma inflação ao final de 2022, num patamar comportado de 7,95%.

Está previsão do FOCUS -BACEN, somada aos últimos atos do governo federal reduzindo impostos, notadamente, naqueles itens que estão pressionando a inflação, facilitando às importações com objetivo de redução de preços internos, obtendo 27 navios de fertilizantes russos, o que garantirá nova safra recorde em 2022/2023, administrando a alta da SELIC que contribuirá para uma contenção da taxa de inflação, dentre outras ações, nos leva a confiar que ao final do ano, não havendo novos sobressaltos na economia mundial, poderemos comemorar 2022 como ano de passagem da crise para a volta ao crescimento econômico no Brasil e melhoria definitiva no nível de emprego.

Ao fim e ao cabo, apesar de todas as dificuldades que esses últimos 02 anos trouxeram para a economia mundial, e, ainda trilhando este 2022 em plena guerra Rússia x Ucrânia, o Brasil conseguiu subir uma posição no ranking de países que mais atraíram investimentos externos, ocupando agora a 7° posição, segundo levantamento da Conferência das Nações Unidas Sobre Comércio e Desenvolvimento – UNCTAD.
Nossa performance, nos levou de U$ 28 bilhões em 2020 em investimentos diretos estrangeiros para U$ 58 bilhões em 2021, representando um aumento de 133%. Esta confiança do mundo no Brasil, precisa urgentemente contaminar a todos nós.


Governo federal amplia redução no IPI para 35%

29/04/2022

Corte atual é de 25%, mas governo entendeu que era preciso elevar o desconto, para tentar estimular a economia. Medida representa menos R$ 15,2 bilhões em receitas com impostos só em 2022.

O governo federal ampliou para 35% a redução no Imposto de Produtos Industrializados (IPI) para uma lista de artigos. O corte anterior era de 25%. O decreto com a medida foi publicado no "Diário Oficial da União" desta sexta-feira (29).

O ministro da Economia, Paulo Guedes, já havia anunciado que o governo tomaria a decisão.

O novo corte beneficia um série de produtos industrializados, entre eles:

• Calçados
• Tecidos
• Artigos de metalurgia
• Aparelhos de TV e de som
• Carros
• Armas
• Móveis
• Brinquedos
• Máquinas


Segundo o governo, a medida visa ajudar na recuperação econômica do país. De acordo com as contas da equipe econômica, o corte representa uma diminuição da receita do governo com impostos de:

• R$ 15, 2 bilhões em 2022
• R$ 27,3 bilhões em 2023
• R$ 29,3 bilhões em 2024

"A presente medida objetiva estimular a economia, afetada pela pandemia provocada pelo coronavírus, com a finalidade de assegurar os níveis de atividade econômica e o emprego dos trabalhadores", escreveu a Secretaria de Governo em nota.

O IPI incide sobre os produtos industrializados, e o valor costuma ser repassado ao consumidor no preço final das mercadorias. O imposto possui várias alíquotas, que variam, em sua maior parte, de zero a 30%, mas que podem chegar a 300% no caso de produtos nocivos à saúde.

Pela lei, o governo federal pode alterar o IPI por decreto, sem que a alteração precise passar pelo Congresso. Também não é necessário apontar uma fonte de receita para compensar a diminuição na arrecadação. O novo corte entra em vigor a partir de 1º de maio.
Em 25 de fevereiro deste ano, o governo havia publicado um primeiro decreto, reduzindo o IPI em até 25%.


Conheça os números do Mercado de Combustíveis no Brasil

29/04/2022

A concentração na oferta sempre causa desajustes e distorções em qualquer segmento econômico.

Quando se estabelece em um setor crucial como o de distribuição de combustíveis, neste caso, gasolina e diesel, se torna um peso gigantesco e quase insuportável para toda a sociedade.

Estamos falando de um mercado de 62,1 bilhões de litros de óleo diesel, máxima histórica registrada em 2021, na esteira do bom desempenho da agropecuária, da mineração, da construção civil e do comércio eletrônico.

Também falamos de 39,3 bilhões de litros de gasolina em 2021. Alta de 9,7% em relação a 2020.

São mercados imensos que comportam dezenas de concorrentes, porém, sofremos neste segmento, distribuição de combustível, do mesmo mal que acomete outros setores da economia nacional: concentração da oferta.

E a má notícia é que o setor de distribuição de combustíveis fechou o ano de 2021 com maior grau de concentração do que tinha em 2020.

De acordo com dados da Agência Nacional de Petróleo - ANP, a participação de mercado das três líderes, Vibra (ex-BR Distribuidora), Raíze e Ipiranga, somadas, alcançou 69,81% nas vendas de diesel, o que representa alta de 1,4 ponto percentual em relação a 2020 e 62,13% na gasolina, com crescimento em relação a 2020 de 2,2 pontos percentuais.

Participação da Vibra, Raízen e Ipiranga nas vendas de diesel e gasolina no mercado brasileiro

Obs. Dados da participação somada das 03 distribuidoras: Vibra, Raízen e Ipiranga.

Foi uma reversão da tendência de desconcentração observada nos últimos anos na distribuição de diesel e gasolina.

Uma saída para esta concentração é a importação, porém, a viabilidade da importação depende muito da política de preços praticada pela Petrobrás.

Quando os preços da Petrobras ficam abaixo da paridade internacional, as importações perdem atratividade.

Oportuno lembrar que a própria Petrobrás foi monopolista do mercado de refino até 2021. Este monopólio só foi quebrado no fim de 2021, com a conclusão da venda da refinaria RLAM (BA) para o Mubadala. Portanto, hoje temos 11 refinarias com a Petrobras e 01 com a Mubadala.

• A Raízen (incluídos os números da Petróleo Sabbá) aumentou em 1,68 p.p. a fatia no mercado de diesel e em 1 p.p. no mercado da gasolina.

• A Vibra viu sua participação aumentar 1,2 p.p. na gasolina e 0,2 p.p. no diesel.

• Já a Ipiranga perdeu mercado: 0,5 p.p. no diesel. Na gasolina, a participação se manteve relativamente estável.

Quanto aos preços, a gasolina subiu cerca de 46% em 2021. Segundo dados da ANP (Agência Nacional de Petróleo), o combustível custava, em média inicial, R$ 4,6 na bomba dos postos de combustíveis. Em dezembro, preço médio era de R$ 6,67, flutuação entre R$5,2 a R$7,9.
O diesel também teve alta semelhante. Passou de R$ 3,6, para R$ 5,3, Alta de 47%. Flutuação entre R$ 4,00 e R$ 6,9.
Outros combustíveis

O etanol teve queda de 13% nas vendas entre 2021/2020, perfazendo 2021 na marca de 16,7 bilhões de litros vendidos, bem abaixo do recorde de 22 bilhões de litros de 2019.

Em 2021 o etanol teve alta de preço de 59%. Saiu de um preço médio de R$ 3,2 em janeiro e passou para R$ 5,1 em dezembro.

As vendas de querosene de aviação (QAV) continuaram abaixo da época pré-pandemia, porém 22,8% acima do desempenho do ano 2020, totalizando 4,3 bilhões de litros em 2021, informam os dados levantados pela ANP.

Ao fim e ao cabo, verificamos que o mercado de combustíveis no Brasil, dada a dinâmica da sua economia e a extensão do seu território, é gigante e não se concebe mais vivermos sob o julgo de monopólios e concentrações na oferta, que exploram e subjugam as empresas e a economia popular.


Ministério da Economia anuncia medidas para facilitar acesso de empreendedores ao crédito

25/04/2022

Com o Crédito Brasil Empreendedor, governo bancará garantias para destravar a liquidez dos bancos

O governo federal anuncia nesta segunda-feira (25/4) o Programa Crédito Brasil Empreendedor, composto por um conjunto de medidas para facilitar o acesso ao crédito a empreendedores de diversos portes. Iniciativa da Secretaria de Produtividade e Competitividade (Sepec) do Ministério da Economia, o programa tem como um dos destaques a Medida Provisória do Crédito, que deverá alavancar R$ 23 bilhões em financiamentos.

A MP do Crédito altera a legislação que disciplina diversos programas de financiamento público e acesso ao crédito em vigor: Fundo Garantidor da Habitação Popular (FGHab), Fundos Garantidores de Risco de Crédito para Micro, Pequenas e Médias Empresas e Programa Emergencial de Acesso a Crédito (Peac). Do total a ser alavancado em financiamentos pela MP, R$ 21 bilhões referem-se ao Programa Emergencial de Acesso a Crédito – Fundo Garantidor para Investimentos (Peac-FGI); e R$ 2 bilhões ao FGHab.
Segundo a secretária especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia, Daniella Marques, "são recursos que estavam parados nos bancos. O Tesouro não terá desembolso". "Com as medidas, o crédito foi ampliado e atinge um leque maior de empreendedores. Estamos democratizando o acesso das MPEs ao crédito em condições antes disponíveis apenas para empresas maiores”, completa.

Em relação ao Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), a Câmara dos Deputados aprovou em 12 de abril último o substitutivo ao Projeto de Lei nº 3.188/21, aprovado no Senado Federal, que altera as regras do programa. Pela proposta, os recursos do Pronampe poderão ser reutilizados para novos empréstimos até dezembro de 2024.

O substitutivo dispensa todos os agentes financeiros do programa da exigência de certidões de regularidade fiscal, Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e outras que restringem o acesso ao PEAC-FGI e ao PEC. Fica mantida apenas a obrigatoriedade de regularidade previdenciária da empresa tomadora.

Emenda ao PL nº 3.188/21, aprovada na Câmara dos Deputados, também reedita o Programa de Estímulo ao Crédito (PEC), destinado à realização de operações de crédito a pessoas físicas ou jurídicas, com receita bruta anual de até R$ 300 milhões. Estima-se que, com essa reedição, até 31 de dezembro de 2022 sejam contratados R$ 14 bilhões amparados pelo programa.

Aprovado por ampla maioria (447 votos a 9), o projeto permitirá novas operações de crédito com recursos emergenciais para empréstimos a micro e pequenas empresas, mas, com as emendas realizadas pela Câmara, ele deverá retornar ao Senado antes de seguir para a sanção presidencial.

Também no sentido de facilitação de acesso ao crédito, a Presidência da República editou o Decreto nº 11.022, de 31 de março de 2022, zerando o valor do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) até o fim de 2023 para o Peac, o PEC e o Pronampe – voltados ao atendimento do público de pequenos negócios.

Bancos

O Pronampe – medida de auxílio criada pelo governo federal em 2020 e que passou à condição de programa permanente – atende hoje às microempresas e pequenas empresas com faturamento de até R$ 4,8 milhões.

A expectativa é que, com o Crédito Brasil Empreendedor, o Pronampe movimente em torno de R$ 50 bilhões em créditos junto aos bancos.

A maior parte do dinheiro a ser movimentado por todas essas medidas do Programa Crédito Brasil Empreendedor será dos bancos. Hoje, a principal dificuldade dos empreendedores para terem acesso ao crédito é a falta de garantias. O governo federal bancará essas garantias como forma de destravar a liquidez dos bancos para que mais empreendedores tenham acesso ao crédito. Somadas, as medidas anunciadas ofertam recursos que estavam parados.
Fundos Garantidores

O Fundo Garantidor de Habitação Popular é um fundo privado constituído pela Lei nº 11.977/2009 e tem como finalidade garantir o pagamento da dívida devida pelo mutuário final aos agentes financeiros do financiamento habitacional no âmbito do Sistema Financeiro da Habitação. Entre as alterações na Lei do Fundo Garantidor de Habitação Popular, há a inclusão, às suas finalidades, da garantia direta, ou indireta, de parte do risco em operações de financiamento habitacional no âmbito do Sistema Financeiro da Habitação contratadas a partir de 2022. Além disso, as operações contratadas no âmbito do Programa Casa Verde e Amarela poderão contar com a cobertura do Fundo Garantidor de Habitação Popular.

Já os Fundos Garantidores de Risco de Crédito para Micro, Pequenas e Médias Empresas são de natureza privada e têm como objetivo garantir, direta ou indiretamente, o risco em operações de crédito para microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte, empresas de pequeno e médio porte e autônomos, instituídos pela Lei nº 12.087/2009.
A partir da edição dessa MP, o Programa Emergencial de Acesso a Crédito, instituído pela Lei nº 14.042/2020, também passa contemplar as garantias de empréstimos obtidos por microempreendedores individuais, além dos efetuados por pequenas e médias empresas, associações, fundações de direito privado e cooperativas – excetuadas as cooperativas de crédito – como forma de auxílio às empresas em razão da crise econômica decorrente da pandemia da Covid-19. A MP ainda estende a vigência do programa até 31 de dezembro de 2023.

O peso das micro e pequenas empresas

As micro e pequenas empresas (MPE) representam cerca de 99% do total das empresas brasileiras e são responsáveis por 62% dos empregos e por 27% do Produto Interno Bruto (PIB). Em 2020, o governo adotou um pacote de medidas de estímulo à economia para mitigar os efeitos do novo coronavírus, em um montante superior a R$ 1,169 trilhão.

Às MPEs e aos microempreendedores individuais (MEI) foram concedidos diferimento de impostos como o Simples Nacional, contribuições da seguridade social e pagamento de débitos; possibilidade de redução de jornada de trabalho e suspensão de contratos; auxílio emergencial aos MEI; e linhas de crédito específicas para o segmento.

Somados, o Programa Emergencial de Suporte a Empregos (Pese), Pronampe e Peac (nas modalidades FGI e Maquininhas) ampararam, até 31 de dezembro de 2021, a concessão de créditos no valor de aproximadamente R$ 166 bilhões, em mais de 1,2 milhão de contratos.

Uma breve análise da carga tributária no Brasil nos últimos seis anos

15/04/2022

Como se comportou a carga tributária brasileira comparada a outros países?

Dentre os principais fatores que travam o crescimento econômico do Brasil e uma melhor geração de empregos no país, a carga tributária já ultrapassou a capacidade de pagamento do contribuinte e só tem gerado falência, desemprego e dívidas tributárias impagáveis.

Se por um lado a arrecadação de impostos equilibra as contas públicas e capitaliza os governos para executarem suas obras e cumprirem seus deveres, por outro representa uma subtração de recursos das mãos da iniciativa privada e famílias, que certamente teriam melhor destinação e contribuiriam de melhor forma para a economia como um todo.

Numa economia que necessita crescer e gerar empregos de forma forte e consistente para fazer face a demanda de 215 milhões de pessoas, termos uma arrecadação de impostos que importa em 32,56% do PIB, média dos últimos 06 anos, além de representar um percentual absurdo é fator negativo que compromete o próprio desenvolvimento econômico e social do país.

Este percentual de 32,56% do PIB em arrecadação de impostos sobre o PIB, chega a dar saudade do “quinto dos infernos”, expressão cunhada na época do império para representar os 20% que a coroa portuguesa levava de tributos do Brasil colônia.

No quadro abaixo verificamos a situação da arrecadação de impostos no Brasil.

Em estudo desenvolvido pela Cupom Válido, com base em dados da OCDE Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico o Brasil foi classificado na segunda posição do ranking de países que mais tributam as empresas (34%) atrás apenas de Malta (35%).

O percentual brasileiro é 70% maior que a média mundial.

O estudo mostrou ainda que entre os 111 países pesquisados, a taxa média de tributação das empresas é de 20% e somente 18 países cobram das empresas alíquota acima de 30%.
As taxas brasileiras, portanto, são maiores do que as cobradas em países desenvolvidos, como Reino Unido (19%), Estados Unidos (25%), Canadá (27%) e Japão (30%).

No período entre 2000 e 2021, o estudo mostra que a maioria dos países diminuiu a alíquota de tributos sobre as empresas, movimento que contribuiu para a redução de 8,3 pontos percentuais no valor médio da cobrança, de 28,3% para 20%.
Fonte: QUADRO ELABORADO PELO CUPOMVALIDO/OCDE

Assim sendo, está claro que tributar as empresas e as famílias trazem mais problemas que solução.
Quando a tributação é compatível com a capacidade de pagamento do contribuinte e reverte em benefícios para todos, pelo menos oferece um equilíbrio entre custo e benefício.

Além de tudo, a alta tributação, induz a concentração de renda, pois, os contribuintes mais abastados conseguem recorrer a planejamento tributário, incentivos fiscais, regimes especiais, desonerações, dentre outras ferramentas que minimizam suas cargas tributarias, ferramentas nem sempre acessíveis aos demais contribuintes.

Estamos próximos de podermos dizer: ou o Brasil acaba com a alta tributação ou a alta tributação acaba com o Brasil.

Câmara aprova prorrogação do Pronampe

12/04/2022

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (12) o projeto de lei que prorroga até o fim de 2024 o uso de recursos emergenciais do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). A matéria retornará ao
Senado devido às mudanças.

O texto aprovado adia para 2025 a devolução ao Tesouro Nacional de valores não utilizados do fundo relativos a empréstimos por meio do Pronampe.

O programa foi criado em maio de 2020 para auxiliar financeiramente os pequenos negócios e, ao mesmo tempo, manter empregos durante a pandemia de covid-19.

A proposta também torna permanente o uso de recursos do Fundo de Garantia de Operações (FGO) em operações não honradas. Segundo o relator, deputado Marco Bertaiolli (PSD-SP), foram mais de R$ 60,7 bilhões de créditos ofertados a mais de 826 mil empresas.
“Ambos os dispositivos se revelam de grande relevância para a continuidade das operações do Pronampe, que continuam a ser necessárias, uma vez que persistem as dificuldades enfrentadas sobretudo por microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte, bem como por profissionais liberais. Trata-se, afinal de um segmento que é particularmente afetado durante períodos de retração da atividade econômica como o que ainda presenciamos”, afirmou Bertaiolli.

O texto do relator dispensou as empresas do cumprimento da cláusula de manutenção de quantitativo de empregos prevista nas contratações até 31 de dezembro de 2021. Essa regra voltará a valer para os empréstimos tomados a partir de 2022.
Estímulo ao Crédito

A proposta inclui também modificações no Programa de Estímulo ao Crédito (PEC), para incluir o acesso a empresas de médio porte com até R$ 300 milhões de receita bruta anual. Atualmente, esse programa é destinado somente a microempreendedores individuais (MEI), a micro e pequenas empresas, a produtores rurais e a cooperativas e associações de pesca e de marisqueiros.

Até o momento, a receita limite é de R$ 4,8 milhões. As contratações de operações desse programa, cujo prazo de funcionamento tinha acabado em 2021, serão reabertas até dezembro de 2022.

O PIB na Economia Mundial em 2020 - 2021

08/04/2022

Confira o crescimento e queda do Produto Interno Bruto das maiores economias do mundo

A oscilação do Produto Interno Bruto das nações entre 2020 e 2021, oferece uma noção do tamanho do desafio que a economia mundial enfrenta em função da pandemia.

Cenário inédito na história, a economia mundial, com foco no G20 que é o grupo dos 19 países + União Europeia – UE, sob a ótica do Produto Interno Bruto – PIB, experimentou em 2020 (2020/2019) uma queda de -4,28% para logo em seguida pontuar um crescimento de 5,61% (2021/2020). (média aritmética do PIB de 19 países integrantes do G20 e a média aritmética global da EU, composta de 28 países).

Esta oscilação desarticulou as cadeias produtivas e de logística mundiais e levou o caos aos preços provocando desabastecimento e descontrole inflacionário em todo o mundo (ver nossa coluna da semana passada).

A reorganização dessas cadeias não é tarefa fácil e exigirá ainda muito tempo para voltar à normalidade.

A boa notícia é que tanto o PIB como as taxas de inflação no mundo já estão desenhando uma tendência de recuperação e estabilidade em 2022, com raras exceções.

Uma das principais vítimas desta oscilação e suas consequências têm sido o nível de emprego. Com impactos diferentes em função da estrutura da economia de cada país, exigiu políticas sociais diferenciadas, efetivas, e, principalmente, atreladas à renda.

Um dos aspectos positivos das políticas públicas atreladas à renda é seu alto grau de direcionamento ao consumo, o que gera aumento na atividade econômica, realimentando o ciclo virtuoso da economia.

O ciclo virtuoso na economia se estabelece na melhor sinergia envolvendo:
investimento - geração de emprego, renda e consumo - geração de resultados que realimenta o investimento.

Adicionalmente, este círculo virtuoso também é responsável pela geração de tributos que financia a atividade de governo, notadamente, saúde, educação e segurança.
A reversão da taxa negativa de -4,28 % em 2020 para a taxa positiva de 5,61% em 2021, e, a boa perspectiva para 2022, oferece um cenário propício aos empreendedores e investidores continuarem a fomentar negócios e aumentar cada vez mais a atividade economia global.

O caso do Brasil é um retrato do que aconteceu no mundo. De uma retração em 2020 de -3,9% passou em 2021 para um crescimento de 4,6%. Do ponto de vista comparativo, se recuperou com folga em relação à época pré-pandemia.

Ocorre que, agora, o crescimento de 2022 será um crescimento real, ou seja, não em cima da recuperação da retratação de 2020, mas em cima do PIB real de 2019, antes da pandemia.

Adicionalmente, 2022 ainda será um ano afetado pelos efeitos da crise de desabastecimento e logística, e, agora, também com os efeitos, ainda imensuráveis, da guerra entre Rússia e Ucrânia. Caso o conflito se encerre em breve, os efeitos negativos poderão ser recuperados ao longo do ano, caso contrário, corremos o risco, dependendo do agravamento da crise provocada pela guerra, de termos mais um ano perdido do ponto de vista de crescimento econômico.


Condic aprova R$ 163 milhões em investimentos para Pernambuco; 846 vagas serão geradas

05/04/2022

Reunião representou um aumento de 380% nos investimentos em comparação com o primeiro trimestre de 2021

R$ 163 milhões foram aprovados em investimentos para Pernambuco durante a 118ª reunião do Conselho Estadual de Políticas Industrial, Comercial e Serviços (Condic). O Conselho também anunciou a criação de 846 vagas de empregos futuras no Estado.

O anúncio do Governo do Estado foi expressivo e contou com um volume de investimentos maior em comparação com o primeiro trimestre de 2021. Quanto aos investimentos, os aportes ultrapassam 380% de aumento, visto que no mesmo período do ano passado foram anunciados R$ 42 milhões, contra os R$ 163 milhões atuais. Já no aspecto dos empregos, o crescimento é de 260% em 2022 com a geração dos 846 postos, já que em 2021 foram anunciadas 325 vagas.

Dos 846 empregos gerados, 170 (20%) são na Região Metropolitana do Recife (RMR) e outros 676 (80%) no interior do estado. A 118ª reunião contemplou empreendimentos em 13 municípios, sendo 7 no interior, Serra Talhada, Sertânia, Caruaru, Lagoa Grande, Petrolina, Canhotinho e Limoeiro; e 6 na Região Metropolitana do Recife, sendo Recife, Jaboatão dos Guararapes, São Lourenço da Mata, Itapissuma, Paulista e Cabo de Santo Agostinho.

Entre os destaques aprovados, estão a Masterboi, que implantará uma unidade no município de Canhotinho, com aporte de R$ 137 milhões e a geração de 546 novos empregos; seguido pela Metalúrgica MOR S/A, ampliando a sua atuação em São Lourenço da Mata, injetando R$ 6,9 milhões e 31 novos postos; e a Neo Simera Matérias Médicos e Epis, em Jaboatão dos Guararapes, investindo R$ 5,3 milhões na ampliação das atividades.

O principal projeto aprovado na reunião foi a implantação da já anunciada fábrica da Masterboi, que está em fase de testes para iniciar sua operação, em junho, em Canhotinho. Não foi divulgado como será feito o processo seletivo das vagas. A empresa investirá R$ 137 milhões na implantação de um frigorífico industrial e um abatedouro. Quando estiver em plena atividade, o frigorífico terá uma capacidade de abater 550 gados por dia e processar 250 toneladas diárias de carne, entre bois, suínos, caprinos e ovinos.

Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Geraldo Júlio, os bons números deste Condic representam uma recuperação da atividade econômica. “Estamos sentindo uma mudança de mercado. As pessoas entenderam que agora é preciso arriscar, e é um papel nosso do setor público saber aproveitar esse momento. As decisões vão precisar acontecer e não dá mais para ter um comportamento passivo”, disse.

De acordo com o diretor-presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Adepe), Roberto de Abreu e Lima, os resultados demonstram que o ano deverá ser positivo quanto aos anúncios. “A expectativa é de um ano positivo, com mais geração de emprego, abertura de empresas e até mesmo um crescimento do PIB. Estamos com investimentos para anunciar em breve, que serão significativos”, declarou.

O Condic também aprovou incentivos para projetos de importação na Região Metropolitana do Recife e Zona da Mata Sul, em Vitória de Santo Antão. As importações anuais previstas chegam a R$ 290 milhões e o recolhimento anual de ICMS previsto chegará a R$ 26 milhões. Entre as empresas com projetos de importação aprovados estão o Ache Laboratórios Farmacêuticos

A reunião aprovou ainda 10 Centrais de Distribuição com incentivos do Governo do Estado. Com isso, serão gerados R$ 163 milhões entre compras e transferências anuais previstas e R$ 14 milhões de recolhimento de ICMS por ano.

Para o presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado de Pernambuco (Sindaçúcar/PE) e vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco, Renato Cunha, o positivo é que novas empresas cheguem ao Estado ou ampliem a produção para que novos postos de trabalho sejam gerados. “A economia mostra sinais de vitalidade voltando a irrigar Pernambuco com recursos e com a geração de empregos, dando uma capacidade maior de crescimento para o nosso Estado”, contou.

A Inflação na Economia Mundial em 2020 - 2021

02/04/2022

A alta da inflação foi a tônica no mundo em 2020 e 2021. É mais uma das consequências nefastas da pandemia.

Com foco no G-20, grupo de 19 nações mais a União Europeia, analisamos as consequências objetivas da pandemia na economia mundial, no quesito inflação.

Os efeitos foram universais, porém, afetaram com maior ou menor intensidade os países em função das características de cada economia. Por exemplo, das 10 maiores taxas de inflação em 2021, 07 são de países emergentes e só 03 de países do G7.

Por outro lado, 05 das 07 economias do
G7 tiveram taxa de inflação que há mais de 20 anos não conheciam. Os EUA experimentaram em 2021 a maior taxa de inflação desde 1982.

Esta alta generalizada da inflação não teve, obviamente, origem numa pressão de demanda, visto que os seguidos períodos de lockdown, restrição na circulação de pessoas e redução da atividade produtiva provocou queda na atividade economia ao redor do mundo e impactou negativamente no consumo.

A origem está, principalmente, dentre outros fatores, na quebra das cadeias produtivas e de logística que ocasionaram um descompasso entre demanda e oferta, provocando aumento de preço em fretes, produtos e serviços de forma generalizada em todo o planeta.

Abaixo o raio X da inflação
Obs. Dados apurados base janeiro de 2022, passível de ajustes dependendo da forma de consolidação adotada pelos países.
Obs. 2. Os dados da União Europeia envolvem os 28 países integrantes do bloco.
Obs. 3. A média aritmética abrange as taxas dos 19 países do G20 e a taxa da União Europeia

Por fim, podemos destacar, fora do escopo da nossa análise, o caso extremo da Venezuela que se constituiu na maior inflação do mundo com 686,4% em 2021.
Ao fim e ao cabo, o mundo além de sofrer do ponto de vista humanitário, também sofreu no aspecto econômico por causa desta pandemia. A boa notícia é que as economias, de modo geral, estão se recuperando, e, 2022 tende a ser um ano de consolidação desta recuperação.

Indústrias instaladas em Pernambuco podem receber apoio para soluções do seu negócio

01/04/2022

Através do programa Desenvolve.AI, empresas podem se inscrever para receberem consultorias em busca de melhorarem suas produtividades

Indústrias instaladas em Pernambuco que necessitam desenvolver ações de tecnologia para melhorar seu negócio terão a oportunidade de receberem consultoria. É que o Governo de Pernambuco, por meio da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Adepe), lançou, ontem, a 2ª edição do Programa Desenvolve.AI. Através do programa, as indústrias podem se inscrever para solucionar gargalos que ajudarão a empresa a crescer. A Adepe investirá R$ 1,2 milhão para o desenvolvimento do projeto, que já está com inscrições abertas para as empresas através do site https://www.desenvolve.ai/.

Nesta segunda fase, 40 empresas serão apoiadas, sendo 30 de pequeno e médio porte e 10 de grande porte. Com inscrições já abertas, a 2ª edição do programa já tem início e deve durar até meados do próximo ano. Os projetos são para melhorar a produtividade da empresa, a qualidade do produto, do seu processo, entre outras soluções.

“O Desenvolve.AI visa apoiar as indústrias instaladas em Pernambuco, sejam genuinamente pernambucanas, nacionais ou multinacionais, que sempre estão precisando fazer investimentos em inovação. No caso de Pernambuco, as indústrias que têm incentivos fiscais do Prodepe [Programa de Desenvolvimento de Pernambuco] precisam investir um percentual do seu faturamento em inovação. E elas tinham uma certa dificuldade de encontrar ou dialogar com os institutos de ciência e tecnologia, universidades e startups, para poderem desenvolver essas soluções. E o Desenvolve.AI veio para fazer esse meio de campo”, explicou o presidente da Adepe, Roberto de Abreu e Lima.

Como funciona o programa
Depois da inscrição, uma comissão avalia previamente para saber se a proposta da indústria de adesão ao programa é inovadora. Pela ordem cronológica ou pela necessidade, a Adepe irá alocando as indústrias no programa, até as 40 vagas serem preenchidas.
“Em seguida, uma equipe do Porto Digital vai até a empresa para diagnosticar esses problemas e verificar quais caminhos de solução. A partir disso, as startups são chamadas para receberem esse diagnóstico e poderem detalhar o que pode ser feito. As empresas já têm alguma ideia dos problemas que têm, mas a equipe vai dar um diagnóstico mais preciso desses problemas. Toda essa consultoria é gratuita, e quando a indústria for desenvolver a solução ela utiliza os recursos do seu faturamento que devem ser destinados à inovação”, acrescentou Abreu e Lima.
A 1ª edição do Desenvolve.AI encerrou seu primeiro ciclo atendendo 10 grandes indústrias presentes em Pernambuco, totalizando R$ 9,6 milhões em investimentos. Entre as empresas atendidas, estão a Gerdau, Roca, Denso, Indorama, Akzonobel e Heineken. Os recursos foram aplicados na contratação das startups e na aplicação das soluções propostas.
“É um projeto de política pública que o Porto Digital se une com a Adepe para ajudar as empresas pernambucanas do setor industrial, que receberam incentivos e estão dentro da possibilidade do Desenvolve.AI”, disse o presidente do Porto Digital, Pierre Lucena.

Presidente do Banco Central reitera fim do ciclo com Selic a 12,75%

28/03/2022

Roberto Campos Neto ainda falou sobre a alta dos juros nos EUA e suas implicações no Brasil e sobre as razões do baixo crescimento do país

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, reiterou neste domingo a intenção de encerrar o ciclo de aperto monetário com a taxa Selic em 12,75% ao ano, em maio, e disse que, em algum momento, é "interessante parar e observar os efeitos" do ajuste.

Em entrevista ao programa “Canal Livre”, da emissora BandNews, Campos disse que o banco central brasileiro saiu na frente, levando a taxa de juros ao campo restritivo e que esse tem sido um dos fatores que têm motivado o fluxo de entrada de recursos no país.

Em entrevista ao programa “Canal Livre”, da emissora BandNews, Campos disse que o banco central brasileiro saiu na frente, levando a taxa de juros ao campo restritivo e que esse tem sido um dos fatores que têm motivado o fluxo de entrada de recursos no país.

Ele voltou a dizer que o pico da inflação deve se dar em abril. Segundo o presidente do BC, por outro lado, há muita incerteza no cenário por causa a guerra, e por isso a janela está aberta para fazer ajustes adicionais se necessário. "Mas o entendimento hoje é o de que 12,75% seria uma taxa capaz de fazer o trabalho de levar a inflação para a meta no horizonte relevante", disse.

De acordo com Campos, o mercado entendeu que o aperto da Selic tem condições de levar a inflação à meta no horizonte relevante. "Depois da última reunião do Copom, as taxas longas até caíram", observou.
Ele afirmou ainda que o efeito da política monetária leva de 12 a 18 meses para ser sentido.

O presidente do BC disse também ser importante entender o papel da energia na crise atual. Campos lembrou que os economistas achavam que, com a normalização das atividades após a pandemia, as pessoas voltariam a consumir mais serviços e menos bens, mas isso não aconteceu.

Como produzir bens demanda energia, os preços continuaram sob pressão. Isso aconteceu, lembrou, num momento em que o mundo tentava fazer uma transição para fontes de energia limpa, o que contribuiu para tornar a inflação da energia mais persistente. Em cima desse cenário, agora veio o choque dos preços do petróleo relacionado à guerra na Ucrânia.
Na visão de Campos, essa situação extrema tornou os preços de energia tão altos que podem fazer com que o consumo desacelere.

Juros nos EUA

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou que, se os Estados Unidos precisarem aumentar as taxas de juros de forma mais rápida e intensa do que se espera, pode haver saída de recursos de mercados emergentes.
Este não é, porém, o cenário mais provável, ponderou. De acordo com Campos, o mercado hoje trabalha com uma taxa de juros terminal de 2,7% a 2,8% ao ano nos Estados Unidos. "Se for para 3,5%, 4%, dependendo da forma como for feito, começa a ter um problema que pode gerar saída de recursos dos emergentes", disse, em entrevista ao programa “Canal Livre”, da emissora BandNews.

O presidente do BC disse que, neste momento, o Brasil tem um diferencial de juros muito favorável, mas uma ação inesperada do Federal Reserve (banco central americano) "sempre causa turbulência no mundo emergente". Por outro lado, Campos disse que, desta vez, o aperto monetário nos Estados Unidos se dá com ingredientes um pouco diferentes - inclusive, a discussão sobre o papel e a força da moeda americana no contexto da guerra na Ucrânia. "Mas a gente veria uma movimentação de mercado”, afirmou.

Ele também disse que o câmbio no Brasil tem se apreciado e é, neste ano, uma das melhores moedas do mundo frente ao dólar. Isso, segundo ele, tem ajudado a atenuar a inflação.

Para o presidente do BC, é difícil prever o comportamento do câmbio. Hoje, há forças contribuindo para a entrada de recursos. Entre eles, citou números fiscais "bem melhores" no curto prazo, o fato de o país ter iniciado o ciclo de aumento de juros antes que outros emergentes, a alta das commodities e a percepção de estrangeiros de que as empresas brasileiras sabem navegar num ambiente de inflação.

No entanto, Campos lembrou que alguns desses fatores são persistentes, mas outros trazem um impacto apenas temporário para a moeda brasileira.

Baixo crescimento no Brasil

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou que a "pergunta de US$ 1 milhão" é o que o Brasil precisa para ter um crescimento estrutural maior do que a expectativa atual, que gira em torno de 1,5%. "Se você acreditasse que o Brasil ia crescer 4%, 5% à frente, não estaria nem falando de teto de gastos", disse, em entrevista ao programa “Canal Livre”, da emissora BandNews.

Isso porque, segundo Campos, taxas mais elevadas garantiriam "outra realidade" de arrecadação e de investimento para o país.

As declarações foram feitas por Campos ao ser questionado sobre a perspectiva fiscal do país no longo prazo. No curto, o presidente do BC disse que a situação das contas públicas está melhor, por uma série de fatores - um crescimento da economia acima do esperado e a alta das commodities entre eles.

"Se passo a acreditar que a inflação no mundo vai ser mais alta por um tempo mais prolongado e que meu crescimento estrutural é mais baixo, basicamente estou falando que minha equação fiscal no futuro vai piorar", afirmou.

De acordo com o presidente do BC, parte do prêmio que existe hoje na curva de juros futuros decorre da incerteza sobre a capacidade do Brasil de ter um crescimento estrutural mais alto.

Ele acrescentou que parte das reformas necessárias ao país foi feita nos últimos anos, mas os muitos anos de atividade fraca contaminam as expectativas e a confiança e há também questões de eficiência pesando nessa equação.

O presidente do BC evitou comentar as discussões sobre a criação de subsídio para atenuar a alta do petróleo, afirmando que essa é uma atribuição do Ministério da Economia.

Campos admitiu que os núcleos da inflação no Brasil estão subindo bastante - "o que significa que a inflação está ficando mais enraizada". Por isso, segundo ele, o trabalho do BC tem de ser proativo.

Ele ressaltou que o mercado já espera uma redução da taxa Selic à frente e que a expectativa de inflação em 2023 e 2024 já está próxima da meta. "Em 2023, as expectativas já estão muito abaixo de outros países emergentes que têm histórico de inflação bem mais baixo que o Brasil", disse, acrescentando que isso mostra "que o que está sendo feito está sendo suficiente para controlar as expectativas".

Desde que o BC começou a aumentar os juros para combater a inflação, ressaltou Campos, a curva longa (taxas com prazo mais longos) tem caído. Esse é um sinal de que o mercado acredita que a Selic vai subir, mas depois vai cair. "Essa credibilidade que é importante."



Breve Análise da Economia Brasileira de 2020/21 e previsões para 2022/23

25/03/2022

Confira os destaques dos principais índices econômicos do Brasil pelo boletim – FOCUS
Uma breve análise da economia brasileira, através de alguns índices, a partir dos dados de 2020 e 2021 e da visão do boletim FOCUS do Banco Central – BACEN de 18 de março de 2022, sobre a previsão para o biênio 2022 e 2023.

A luz dos números divulgados pelo FOCUS, e ainda, numa análise comparativa com os números de 2020 e 2021 a economia brasileira está entrando definitivamente no rumo que todos desejam.

Apesar das oscilações apresentadas pelo FOCUS, no comparativo de 04 semanas, no IPCA, SELIC e IGP-M, verificamos que as projeções para final de 2022 e 2023, nesses e nos demais índices, são positivas, notadamente, se comparadas com os resultados apurados em 2020 e 2021.

Abordaremos então, neste artigo, os índices IPCA, PIB, SELIC, IGP-M e o Investimento Estrangeiro no Brasil.

Índice de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA
Índice utilizado para medir a inflação, o IPCA, base fevereiro próximo passado, ficou em 10,54% a.a. A previsão FOCUS é que termine o ano de 2022 em 6,59%. Portanto, o mercado prevê que a inflação caia até o final de 2022.
Já para 2023 a previsão FOCUS se situa em 3,75%, representando, portanto, uma aposta que a inflação ceda significativamente ao longo deste biênio e conclua 2023, dentro da meta.
Produto Interno Bruto – PIB
Soma de todas os bens finais produzidos pelo país, o PIB de 2021 foi de R$ 8,7 trilhões de reais. A previsão FOCUS é de crescimento em 2022 de 0,5% e em 2023 de 1,3%.
Vindo de um crescimento em 2021 de 4,6%, sobre uma base negativa de -3,9% de 2020, o PIB previsto para este e o próximo ano, representa uma boa notícia para a economia brasileira.
Com o resultado positivo de 2021 o Brasil já tinha voltado ao patamar pré-pandemia (ano de 2019). E com o crescimento previsto para os próximos 02 anos, afastamos definitivamente o fantasma da recessão.

Sistema Especial de Liquidação e Custodia – SELIC
A SELIC nada mais é que a taxa básica de juros da economia brasileira. A SELIC apresenta uma tendência de alta quando analisamos a taxa de 2021 em comparação com a de hoje e a previsão FOCUS para 2022, porém, já apresenta redução na previsão para 2023.
Outro fator que nos leva a acreditar na reversão desta tendência, além da previsão FOCUS para 2023, é a declaração do presidente do Banco Central – BACEN Roberto Campos Neto, nesta semana, que prevê o fim do ciclo de alta da SELIC para maio, no patamar de 12,75%.

Índice Geral de Preços Mercado – IGP-M
O índice muito utilizado no reajuste de aluguéis, depois de bater na casa de 23,14% em 2020 e fechar 2021 em 17,77%, ano que chegou a picos de 37,06% em maio de 2021, teve previsão do FOCUS para fechar 2022 em 10,50% e em 2023 em comportados 4,27%.

Investimento Direto de Estrangeiros no Brasil
Informação bastante significativa, pois representa o termômetro da credibilidade da economia brasileira frente aos investidores estrangeiros, esses investimentos só apresentaram resultado positivo na análise 2020-2023.
Crescimento de 23% de 2020 para 2021. Entre 2021 e 2022, segundo previsão do mercado, novo crescimento de 27%. E por fim, ainda como prevê o FOCUS, novo crescimento, desta feita, da ordem de 18% de 2022 para 2023.

Ao fim e ao cabo, constatamos que o pior dos efeitos da pandemia na economia brasileira já passou. As sequelas ainda irão perdurar por um tempo, mas à luz de todos os índices estudados na análise seriada de 2020 a 2023, verifica-se que voltamos a crescer, a inflação está descrevendo uma descendente, os juros caminham para uma estabilização com tendência de queda, e por fim, os investimentos estrangeiros, expressando a confiança na nossa economia, apresentam crescimento sequenciado.

Com alta nos preços de produtos básicos, BC vê superávit comercial recorde de US$ 83 bi em 2022

24/03/2022

Com guerra na Ucrânia, instituição vê aumento significativo na projeção para as exportações. Banco Central também previu nova desaceleração no crédito bancário neste ano.

O Banco Central informou nesta quinta-feira (24), por meio do relatório de inflação do primeiro trimestre, que foi elevada de US$ 52 bilhões para US$ 83 bilhões sua previsão para o superávit da balança comercial neste ano.
Se confirmado, será novo recorde histórico para o saldo da balança comercial. O crescimento decorre da alta nos preços dos produtos básicos, como alimentos e petróleo, devido guerra na Ucrânia (veja mais abaixo).
O Brasil é grande produtor e exportador desses produtos, por isso se beneficia com a alta de preços.

Trigo, soja, milho: commodities disparam com escalada da guerra no Leste Europeu.
Com isso, a instituição espera que as exportações, estimadas em US$ 328 bilhões neste ano, superem as compras do exterior - projetadas em US$ 245 bilhões pelo BC em 2022.

O recorde atual para a balança comercial, na série histórica do BC, que começa em 1995, foi registrado em 2017 (+US$ 57,3 bilhões), enquanto que o maior valor já registrado pelo Ministério da Economia foi no ano passado. A série histórica do governo tem início em 1989.

Em 2021, de acordo com cálculos do BC, a balança comercial registrou um superávit de US$ 36,36 bilhões. Já o Ministério da Economia informou que a o saldo positivo somou US$ 61,4 bilhões.

Alta dos preços com a guerra-
De acordo com o BC, a melhora projetada no saldo comercial decorre da alta nos preços dos produtos básicos exportados pelo Brasil, como petróleo e alimentos, decorrente do conflito na Ucrânia.
"O aumento significativo na projeção para as exportações reflete a expectativa de preços internacionais mais altos, com destaque para os preços do petróleo e de derivados, mais diretamente afetados pelas sanções impostas à Rússia em resposta à guerra na Ucrânia", informou.
Acrescentou que os preços de grãos também se elevaram "diante das incertezas quanto ao impacto do conflito nas exportações dos países envolvidos, bem como nos preços internacionais de fertilizantes".

"O quantum importado, no entanto, deve apresentar retração, mais em linha com a desaceleração da atividade doméstica – em particular, da indústria de transformação", concluiu.
Diferenças metodológicas
O BC lembra que as estatísticas de comércio exterior, divulgadas pelo Ministério da Economia, seguem a metodologia da Organização das Nações Unidas (ONU), enquanto a sua sistemática observa os conceitos do Manual de Balanço de Pagamentos e Posição Internacional de Investimento, do Fundo Monetário Internacional (FMI).
"A principal diferença entre as duas metodologias é que a estatística de comércio exterior de mercadorias considera os bens que aumentam ou reduzem o estoque de recursos materiais de um país ao entrar (importar) ou sair (exportar) de seu território econômico, enquanto a estatística de balanço de pagamentos registra transações de bens cuja propriedade econômica é transferida entre residente e não residente, independente de sua movimentação física", explicou.
Contas externas
De acordo com o BC, o atual cenário, é favorável para as contas externas, que considera, além da balança comercial, os serviços e as rendas - a chamada conta de transações correntes.
Para este ano, a projeção é de que essa conta tenha um superávit de US$ 5 bilhões, o primeiro saldo positivo desde 2007, contra a estimativa anterior, divulgada em dezembro do ano passado, de um déficit de US$ 21 bilhões em 2022.
"Projeta-se o primeiro superávit da conta corrente desde 2007, resultado do saldo comercial significativamente positivo – o maior valor em dólares da série histórica – e do patamar contido dos déficits em serviços e rendas", informou o BC.
Segundo a instituição, os investimentos diretos no país, por sua vez, devem somar US$ 66 bilhões neste ano, o mesmo valor projetado em dezembro do ano passado.
Crédito bancário
Já a estimativa do Banco Central para o crédito bancário é de desaceleração. Em dezembro do ano passado, a instituição estimava um crescimento de 9,4%. No documento divulgado nesta quinta-feira, recuou para uma alta de 8,9% em 2022.
De acordo com a instituição, essa desaceleração está "em linha com a esperada desaceleração da atividade econômica e o ciclo de aperto monetário [alta nos juros para conter a inflação]".
"No crédito às famílias, a projeção de crescimento do saldo com recursos livres foi mantida em 13%, enquanto no segmento direcionado houve redução, de 10% para 9%, resultado de expectativas menores para as modalidades imobiliária e rural", informou.
Nos financiamentos às empresas, a projeção para o aumento do saldo foi elevada de 12% para 13% no segmento livre (sem contar rural, habitação e BNDES), "incorporando cenário menos benéfico de captações no mercado de capitais e externo, em contexto de elevada incerteza doméstica e internacional".



Guedes: Brasil está no início de um longo ciclo de crescimento

24/03/2022

Nas contas dele, se o país crescer 1% neste ano, apesar dos juros, significa que o verdadeiro compasso de crescimento da atividade econômica é de "2,5% a 3%"
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quinta-feira (24), que a taxa de juro real elevada dos últimos meses ofusca um crescimento econômico que já pode ser considerado sustentado.
Discursando a empresários do setor da construção civil e mencionando um eventual “segundo governo” do presidente Jair Bolsonaro, que de acordo com ele transformaria “o Brasil em uma grande economia de mercado”, Guedes chegou a dizer que o país já vive um “boom” econômico.
— Acho que estamos no início de um longo ciclo de crescimento — afirmou o ministro durante abertura de evento do Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) na capital paulista.
Nas contas dele, se o país crescer 1% neste ano, apesar dos juros, significa que o verdadeiro compasso de crescimento da atividade econômica é de “2,5% a 3%”. Sem a economia estivesse estagnada, Guedes acredita que o aperto monetário provocaria uma retração de 0,5% a 1% no Produto Interno Bruto (PIB).
Ele acenou com mais estímulos à atividade, adiantando que o corte do Imposto sobre Produção Industrial (IPI) será ampliado para 33%, após a redução de 25% anunciada no fim do mês passado. Também enalteceu a elevação da taxa de investimento, que encerrou 2021 em 19% e caminha para alçar o patamar de 20%.
Ele comparou o volume de investimentos previsto em contratos assinados no Brasil para os próximos dez anos a “dois planos Marshall”, em referência ao plano de financiamento para a reconstrução europeia após o fim da Segunda Guerra Mundial.
Todo esse compromisso de investimento vem das concessões promovidas pelo Ministério da Infraestrutura.
Guedes chegou a fazer campanha para o colega à frente da pasta, Tarcísio de Freitas.
– São Paulo vai se beneficiar muito se ele for eleito – disse o ministro da Economia, que rapidamente emendou uma retratação. – Não sei se eu poderia ter dito isso – disse.
Freitas aguarda até o fim deste mês, limite estabelecido na legislação eleitoral, para definir a qual partido vai se filiar, e ainda não se desincumbiu das funções no governo.

A Força do Banco do Nordeste em Pernambuco- Confira a parte 2 sobre o maior banco de desenvolvimento regional da América Latina

19/03/2022

No artigo anterior comentamos sobre a atuação e importância do Banco do Nordeste na região. Desta feita detalharemos a atuação do Banco em Pernambuco.
Em 2021, a superintendência de Pernambuco foi responsável por contratações totais da ordem de R$ 5.102,5 bilhões de reais, sendo R$ 3,955,4 bilhões de reais com recursos do Fundo.

Constitucional do Nordeste – FNE através de 76.077 operações e R$ 1.147,1 bilhões de reais com outras fontes de recursos.

No âmbito da Micro e Pequena Empresa, foram R$ 577,7 milhões contratados através de 3,847 mil operações de crédito.
Já sob a ótica do financiamento rural, a SUPER PE também obteve expressivo desempenho atingindo R$ 659,6 milhões de reais em aplicações totais envolvendo 71.229 operações.
O agronegócio foi contemplado com R$ 181,3 milhões de reais em 712 operações e a agricultura familiar com R$ 478,3 milhões com 70.517 operações.

Outro fator primordial na atuação do Banco do Nordeste em Pernambuco é a conhecida capacidade que estes investimentos possuem de provocar repercussões econômicas a partir da matriz de insumo-produto, contemplando os efeitos diretos, indiretos e induzidos.
Abaixo destacamos principais pontos da atuação do BNB no estado:
• R$ 3,6 bilhões de reais em 76,1 mil operações com recursos do FNE;

• R$ 578 milhões de reais em 3,8 mil operações de MPE;

• R$ 864 milhões de reais em 285 mil operações através do CREDIAMIGO;

• R$ 391 milhões de reais em 68 mil operações do AGROAMIGO;

• R$ 1,7 bilhão de reais em infraestrutura.
Todos esses números, carregam consigo não só os importantes efeitos econômicos que o financiamento do desenvolvimento regional proporciona, mas também, e, principalmente, os efeitos humanos. São cada vez mais pessoas trabalhando, progredindo seus negócios, cuidando de suas famílias e aumentando a qualidade de vida.
Com aporte total em 2021 de R$ 5,1 bilhões de reais, o Banco do Nordeste contribuiu de forma decisiva para o trabalho de recuperação da economia pernambucana, notadamente, nesta época de transição da pandemia para a volta a normalidade.
A Superintendência de Pernambuco é comandada hoje pelo pernambucano Pedro Ermírio de Almeida Freitas Filho. Formado em direito, Pedro Herminio vem de uma exitosa passagem pela superintendência de Alagoas e vem cumprindo os compromissos declarados em sua posse: buscar uma melhor forma de encurtar cada vez mais o tempo entre a demanda do cliente e o crédito efetivamente liberado, priorizar o microcrédito, fortalecer as parcerias municipais e manter as portas do banco abertas a todas as atividades econômicas e portes de empresas.
Ao fim e ao cabo, Pernambuco, como todo o Brasil, sofre com a concentração bancária que existe no país, e, com a falta de vocação dos bancos privados em aceitar os riscos de financiar o longo prazo, notadamente, para a MPE, a presença forte do BNB é, por vezes, a única saída para os empreendedores do Estado.





Com Ebtida de mais de R$ 1 bilhão, Taurus se torna a maior do mundo e pagará dividendos de R$ 1,6451 por ação

16/03/2022

Após o fechamento do mercado, a Taurus Armas S.A. divulgou seus resultados e, mais uma vez, surpreendeu analistas, acionistas e o público em geral que acompanha a empresa.
Esta editoria destacará alguns pontos mais relevantes entre os muitos apresentados no balanço, valendo a pena consultar a íntegra do documento publicado pela Taurus para constatar a pujança dos números, realizações e perspectivas da empresa.
Com um Ebitda de R$ 1.002,9 milhões em 2021 - 111,4% acima do registrado em 2020, e margem de 36,6% (alta de 11,1 p.p.), a empresa quebra uma barreira importante que reflete o seu atual padrão de desempenho operacional, consubstanciado por um lucro líquido de R$ 635,1 milhões, seu terceiro resultado positivo consecutivo, multiplicando por 2,4 (140,9%) o apurado no exercício anterior. Assim, após o Ebitda apresentar crescimento de 270,6% entre 2020 e 2019, a Taurus mais do que duplicou esse indicador em 2021.

Dividendos de 100% do LLA, ou R$ 1,6451 por ação
Esse resultado possibilitou que, em 2021, um dos grandes objetivos da atual administração fosse atingido: a criação de valor para todos os seus acionistas e, portanto, também o pagamento de uma significativa remuneração a estes. Assim, será proposto em assembleia geral, a ocorrer no dia 19 de abril, o pagamento de dividendos de 100% sobre o Lucro Líquido Ajustado (LLA), totalizando o montante de R$ 194.284,00 milhões, o que representa cerca de R$ 1,6451 por ação. Após aprovado, esse fato consolidará e encerrará o processo de turnaround da Taurus.
A maior do mundo em armas leves
Menos de dois anos após o dia em que o dinâmico e incansável CEO Global da empresa, Salesio Nuhs, divulgou publicamente sua intenção de ser a maior empresa de armas leves do mundo, a Taurus atingiu a expressiva marca de 2,25 milhões de armas fabricadas em 2021 (+44,5%), com média de 9,3 mil unidades diárias no ano. O número de armas vendidas foi de 2,348 milhões, o que a levou à posição de maior vendedora de armas leves no mundo, considerando-se o universo das principais companhias dos Estados Unidos, tais como Smith & Wesson e Ruger, e muito maior do que outras empresas tradicionais do setor sobre as quais são conhecidas informações, como Colt, Springfield, Beretta, SIG, CZ, Colt, Walther, FN e HK.

Demanda segue aquecida e Taurus ganha market share nos EUA
Nos EUA, maior mercado do mundo para armas leves, a demanda seguiu aquecida em 2021, atingindo o segundo maior patamar desde que foi criado o controle do FBI sobre a intenção de compra (NICS). Ainda assim, em relação ao recorde histórico registrado em 2020, houve redução de 12% nessas intenções.

No entanto, as vendas da Taurus no país apresentaram tendência inversa ao NICS, com crescimento de 23,4% em 2021, evidenciando o aumento do market share da marca.
Para 2022, caso a questão da invasão russa na Ucrânia se resolva e não haja outra crise que leve a um aumento intempestivo de demanda, a percepção é que o cenário será semelhante, com a demanda norte-americana perdendo um pouco de força em relação aos dois últimos anos, enquanto as vendas da Taurus devem seguir vigorosas, com aumento de participação do mercado.
No segmento de revólveres, por exemplo, a empresa detém liderança de mercado absoluta nos EUA. Em 2020, 41% do total dos revólveres vendidos nesse país foram da marca Taurus e, em 2021, a estimativa é que essa participação de mercado tenha alcançado 61%.
Comparando o preço médio de venda da Taurus com o de concorrentes internacionais que, como empresas de capital aberto, divulgam seus dados, a empresa tem ainda espaço para atingir faixas mais altas em seu mix de vendas, uma vez que se mantém abaixo desses. A estratégia da Taurus inclui novos produtos com menor custo e maior valor agregado, ampliação de sua linha de armas longas e o lançamento de produtos em nichos de mercado, criando um mix de valor crescente em sua linha, sem concorrer com seus produtos atuais.


Backorder de quase 1 milhão de armas: cinco meses de produção
Ao final do exercício, a Taurus registrava backorder de 982 mil unidades de armas para entrega nos mercados norte-americano e brasileiro, volume equivalente a mais de cinco meses de produção integrada nos dois países.
Tranquilidade no endividamento e na alavancagem
Comparando a posição da dívida bruta no encerramento dos exercícios de 2021 e de 2020, houve redução de 20,0% ou R$ 173,4 milhões na dívida bruta no período. Ao mesmo tempo, dado o aumento do saldo de caixa e aplicações, a dívida líquida diminuiu em R$ 338,7 milhões ou 43,7%.

A dívida líquida vem sendo reduzida de forma contínua e consistente nos últimos anos. Ao mesmo tempo, a empresa se consolidou como forte geradora de caixa. Dessa forma, sua alavancagem financeira passou por completa reversão de perfil, com drástica redução do indicador dívida líquida/Ebitda que, no encerramento do exercício de 2021, atingiu 0,4x.

Simulando uma situação na qual é abatido do total da dívida em 31/12/21 valores que serão destinados a esse fim quando efetivados, a saber, ativos à venda – fábrica de capacetes e terreno da antiga fábrica em Porto Alegre – e saldo dos bônus de subscrição a vencer, a dívida líquida na data seria de R$ 236,7 milhões. Com esse cenário, o indicador de alavancagem financeira dívida líquida/Ebitda seria de 0,2x ao final do exercício.

Índia: o novo e poderoso front da Taurus
A construção do prédio da joint venture Jindal Taurus na Índia está sendo concluída e, em fevereiro, a primeira equipe da Taurus do Brasil foi a esse país para uma visita técnica. A JV, mesmo antes do início das operações industriais, já está criando oportunidades comerciais. A equipe da Taurus que viajou ao país realizou demonstração técnica para autoridades das Forças Armadas indianas, evidenciando as características, a performance de tiro e a resistência do Fuzil Taurus T4 em suas diferentes versões, para um futuro processo de licitação em andamento.

Outras oportunidades comerciais no mercado institucional indiano, como a venda de submetralhadoras SMT9 para a Guarda de Segurança Nacional (NSG), pistolas TH9 e TS9 para a polícia da cidade de Aizawl (capital do estado indiano de Mizoram), além de mais uma venda de fuzis T4 para a polícia de um estado indiano que poderá adquirir até 4.000 unidades da arma, estão em diferentes etapas do processo de negociação.
Na visão desta Consultoria, a JV Jindal Taurus Defence Systems Private Ltd. tem um gigantesco mercado potencial, civil e militar, sem parâmetros no mundo capitalista, o que levou o CEO e o CFO da multinacional brasileira a afirmarem, por mais de uma vez, que, no momento em que a Taurus entrar lá, mudará completamente a perspectiva da empresa. Segundo tudo indica, esse fato está bem próximo de se tornar real.
República das Filipinas compra mais 9,5 mil pistolas TS9
Em dezembro de 2021, após ter vendido e entregue 20.000 unidades da pistola TS9 para a Polícia Nacional das Filipinas, a Taurus foi vencedora de novo processo licitatório de mais 9,5 mil pistolas do mesmo modelo para essa corporação, cuja entrega está programada para o segundo semestre, em função da atual capacidade x demanda.
Ampliações e investimentos
Para garantir o aumento da oferta e da continuidade do seu crescimento, conforme o planejamento estratégico em curso, a empresa está investindo em estrutura física, em pesquisa & desenvolvimento e em modernos equipamentos e maquinários.

A palavra-chave na Taurus é “inovação”, o que proporciona mais produtividade, manutenção de baixos custos (hoje tem o menor custo de produção do mundo), maior volume de produção e, também, maiores vendas, já que o consumidor cada vez mais reconhece o valor que tem sido agregado aos produtos que entrega no mercado.

Com isso, ao mesmo tempo que tem segurança no aumento das vendas, em termos de estrutura operacional está sempre um passo à frente, preparando-se continuamente para atender esse aumento. Como exemplo disso, foi contratado um Vice-presidente de vendas para reforçar a estrutura comercial nos EUA.

Como tecnologia é essencial para atender o planejamento, a empresa reforçou a área com a criação do Centro Integrado de Tecnologia e Engenharia Brasil/EUA (CITE), que hoje conta com 250 engenheiros nas áreas de produtos, processos e qualidade e já rendeu excelentes frutos, como a revolucionária pistola microcompacta GX4 e a adição de grafeno às novas armas, por exemplo.

Em termos de infraestrutura, o condomínio industrial foi entregue em dezembro e os cinco fornecedores parceiros que vão desenvolver ali suas operações estão em processo de instalação. Com essa estrutura em pleno funcionamento, a Taurus tem mais agilidade e qualidade na cadeia de suprimentos, com redução de custos.

Outro passo dado no projeto de expansão da unidade industrial do Brasil foi a aquisição de área de 100 mil m2 ao lado do complexo industrial atual.
A fábrica dos EUA atingiu a produção de 868 mil unidades no ano, acima da capacidade máxima estimada de 800 mil armas/ano, considerando a estrutura original, que não demandou investimentos em função do acordo firmado com o governo do Estado da Georgia. O prédio tem ainda cerca de 60% de sua área disponível, com espaço para ampliação da capacidade a partir de novos investimentos.

Para 2022, o planejamento da empresa considera investimentos da ordem de R$ 250 milhões, seguindo com a modernização e a ampliação da estrutura industrial, de modo a dar sustentação ao crescimento da empresa, aumentando ainda mais sua competitividade.
Maior e mais rentável fabricante de armas leves do mundo
Em um cenário mundial recente tão conturbado devido à pandemia da COVID-19, a Taurus Armas se apresenta como uma empresa blindada e capaz de crescer muito, seja em tempos de crise ou seja em tempos de calmaria, como bem frisou o especialista Christian Lima, evidenciando que, no decorrer do seu turnaround, a empresa adquiriu as características de ser plenamente antifrágil.

Aumentando significativamente a produção e a produtividade, reduzindo custos, incrementando ainda mais a qualidade e a tecnologia de seus produtos e processos, desbravando novas fronteiras de negócios e, agora, remunerando significativamente seus acionistas, a Taurus está se tornando a maior e mais rentável fabricante de armas leves do mundo, gerando orgulho e divisas para o Brasil.

A Força do Banco do Nordeste- Saiba mais sobre o maior banco de desenvolvimento regional da América Latina

11/03/2022

Num cenário nacional de concentração bancária absurda, desequilíbrio inter-regional que vitimiza há décadas o Nordeste, enxugamento das agências físicas por parte dos grandes bancos, notadamente os privados, e taxas de juros eternamente elevadas, a presença do BNB na vida econômica e social do Nordeste é cada vez mais imprescindível.
O nosso Banco do Nordeste – BNB, é uma sociedade de economia mista de capital aberto com 69 anos de atuação, e ocupa hoje a posição de maior banco de desenvolvimento regional da América Latina.

Atuando em 2.074 municípios, abrangendo a região Nordeste e norte dos estados do Espírito Santo e Minas Gerais, mantém em operação 292 agências com 4,3 milhões de clientes ativos.
Este esforço resultou numa participação, em sua área de atuação, de 59,5% no crédito de longo prazo, 65,7% no financiamento de longo prazo na indústria e no comércio e 53,3% no financiamento de longo prazo rural e agroindustrial.
Em 2021, as contratações importaram R$ 41,7 bilhões de reais, sendo R$ 25,9 bilhões de reais com recursos do Fundo Constitucional do Nordeste – FNE e R$ 15,8 bilhões com outras fontes de recursos.
No âmbito da Micro e Pequena Empresa, foram R$ 3,9 bilhões de reais em 27,4 mil operações de crédito, e, R$ 12,7 bilhões de reais em 4,3 milhões de operações em microcrédito, através do programa CREDIAMIGO. Por fim, R$ R$ 3,4 bilhões de reais em 589,7 mil operações no AGROAMIGO.
Na área de infraestrutura participou com R$ 8,360 bilhões de reais em 91 operações.
De forma pioneira, também vem incentivando a energia solar para pessoa física, com financiamento da ordem de R$ 133,7 milhões de reais para 3.988 operações de crédito. (base 2021)

A inovação foi contemplada, no mesmo período, com R$ 579,6 milhões de reais em 276 operações.
Não faltou nem o estímulo à educação. No programa FNE P-FIES o Banco aportou R$ 22,2 milhões de reais em 1.085 operações. Nesta modalidade o BNB financia estudantes regularmente matriculados em cursos superiores não gratuitos e com avaliação positiva nos processos conduzidos pelo Ministério da Educação. (dados 2021).

Na visão das aplicações do Banco do Nordeste por setor da economia, tivemos o seguinte cenário em 2021.
Na visão das contratações com recursos do FNE por localização geográfica, verificamos uma presença importante do Banco na região do semiárido, suprindo inclusive uma lacuna deixada, principalmente, pelos bancos privados.

Outro fator primordial na atuação do Banco do Nordeste, são as repercussões econômicas das contratações globais, estimados a partir da matriz de insumo-produto do Nordeste, contemplando os efeitos diretos, indiretos e induzidos, estimados a partir da aplicação dos recursos do FNE da ordem de R$ 25,9 bilhões de reais (2021).
• Aumento de R$ 18,7 bilhões na massa salarial;


• Incremento de R$ 11,1 bilhões na arrecadação tributária;


• R$ 116,7 bilhões no valor bruto da produção;


• R$ 60,5 bilhões no valor adicionado à economia;


• 1.742 mil empregos diretos e indiretos.

Hoje, presidido pelo economista pela UFPE José Gomes da Costa, competente funcionário de carreira com 38 anos de serviços prestados ao BNB e larga experiência em diversos setores do Banco, o BNB vê aumentando a cada dia sua importância estratégica e operacional no desenvolvimento econômico e social da região.

Ao fim e ao cabo, o Banco do Nordeste tem se mostrado, desde sua fundação até hoje, imprescindível no desenvolvimento econômico e social da região. O Banco chega aonde os outros bancos, notadamente os privados, não conseguem sequer enxergar.
Na próxima semana, detalharemos a atuação do Banco do Nordeste em Pernambuco.

O Cenário da Economia Brasileira Hoje

05/03/2022

Confira os destaques dos principais índices econômicos do Brasil no mês de Março pelo boletim FOCUS

Em meio a um ano eleitoral, guerra Rússia X Ucrânia e a perspectiva de a pandemia ser reclassificada para endemia, o que o mercado está sinalizando para a economia brasileira na visão de hoje?

O Banco Central – BACEN, divulgou na quarta-feira passada dia 02.03.2022, o Boletim FOCUS, base 25.02.2022. O FOCUS, é um relatório compilado pelo BACEN a partir da percepção de mais de uma centena de profissionais de bancos, corretoras, instituições financeiras e outros agentes do mercado sobre a economia brasileira e tem a periodicidade semanal.

Este relatório trata de vários aspectos da economia brasileira e seus indicadores.

Vamos aos dados.

IPCA

O FOCUS, projeta o Índice de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA para 2022 em 5,60%. Há 4 semanas a previsão era de 5,38% e a há uma semana era de 5,56%. Nota-se uma tendência de crescimento moderado da projeção do IPCA para 2022.

A meta da inflação para 2022 está em 3,5%, portanto, mesmo com o intervalo permitido de 1,5% para mais ou para menos, o IPCA atualmente projetado está acima da meta.

PIB

O crescimento do Produto Interno Bruto – PIB para 2022 está previsto em 0,30%.

Com a divulgação nesta sexta-feira dia 04 de março de 2022 do PIB de 2021 que ficou em 4,6%, superando a queda de 3,9% de 2020, primeiro ano da pandemia, a economia brasileira superou o patamar de PIB que tinha em 2019, ano anterior a pandemia.

SELIC

A taxa básica da economia ficará em 2022, segundo o FOCUS, em 12,25%.

Alta de 32% frente aos 9,25% da SELIC de 2021. Confirmando tendência mundial de alta nas taxas de juros, geralmente, para segurar as altas taxas de inflação.

Câmbio

Taxa de câmbio (R$/U$) projetada de R$ 5,50.
Em 2020 o dólar fechou em R$5,189. Em 2021 fechou em R$ 5,5748. Confirmada a projeção, o dólar terá valorização negativa em 2022.
Há outras previsões que projetam queda maior para o dólar em 2022, no entanto, existe um entendimento que não descerá abaixo de R$ 5,00.

IGP-M

O Índice Geral de Preços Mercado – IGPM ficará em 2022 em 8,54%, segundo o FOCUS.

Depois de bater até 31%, afetando principalmente o mercado de aluguéis, o IGP-M parece que vai voltar à normalidade.

Balança Comercial

Para 2022 o FOCUS projeta um saldo positivo na balança comercial (exportações – importações), de U$ 64,06 bilhões de dólares.

Confirmado este resultado, será 4,67% maior que 2021, que atingiu U$ 61,2 bilhões de dólares e que representou o maior valor da série histórica, portanto, será um novo recorde.

Investimentos Diretos no Brasil

O FOCUS mantém já há algum tempo a previsão de U$ 60 bilhões de dólares como o valor a ser investido no Brasil por estrangeiros.

Em 2020 este investimento ficou em U$ 28 bilhões de dólares. Em 2021 cresceu para U$ 58 bilhões de dólares e elevou o país ao 7° lugar entre os países que mais atraíram investimentos estrangeiro no mundo, segundo a Conferência das Nações Unidas Sobre o Comércio e Desenvolvimento – UNCTAD.

Caso se confirme este valor de U$ 60 bilhões de dólares, provavelmente, o Brasil se manterá como um dos países que mais atraem investimentos estrangeiro do mundo.

Ao fim e ao cabo, já em sede de fim da pandemia e transição para a fase de endemia, graças a Deus, a economia brasileira pulou uma fogueira gigantesca e está saindo com PIB em recuperação, desemprego decrescente, fortes investimentos estrangeiros, inflação ainda alta, porém, sob controle e câmbio comportado. No mais é trabalhar, levantar ainda mais a cabeça e seguir em frente! Forte abraço a todos e fiquem com Deus!

Conheça algumas Políticas Sociais do Governo Federal

25/02/2022

Quem tem direito? quanto elas representam aos cofres públicos? e links para maiores informações de como se inserir nos programas.

Lucros dos Bancos e Concentração Bancária: Assuntos Recorrentes, Insolúveis e Absurdos

17/02/2022

Quer saber mais sobre os lucros dos bancos nos últimos anos no Brasil?
Fique ligado nesse artigo

Parece artigo republicado. Penso que se copiarmos todo ano o artigo do ano anterior sobre lucro anual dos bancos e concentração bancária no Brasil, basta mudar os números, sempre para maior e estará pronto.

O absurdo permanece. Entra governo e sai governo e ninguém soluciona a concentração bancária. Continuamos nós, 215 milhões de habitantes, a termos apenas 05 grandes bancos a dominar o mercado brasileiro.

Centenas de bancos ao redor do mundo. O Brasil oferece uma das maiores remunerações do planeta e nenhum novo banco chega ao Brasil. Muito estranho.

Todos os setores da economia brasileira merecem a atenção do capital internacional e testemunhamos a entrada de capital estrangeiros todos os anos em vários setores, menos no segmento bancário.

Assim sendo, fica óbvio que a concentração bancária permanece no Brasil em grande parte em função da proteção do governo aos banqueiros que atuam no Brasil, em detrimento dos 215 milhões de cidadãos brasileiros.

Mas não foi sempre assim. Lembremos, com enorme saudade, que já tivemos 04 bancos pernambucanos: BANORTE, Mercantil de Pernambuco, Industrial de Pernambuco e Banco do Estado de Pernambuco – BANDEPE.

Esta presença local, era um grande diferencial para nossa economia. Ter agências desses bancos espalhadas por todo o Estado, financiando o desenvolvimento local, fazia toda a diferença. Além, claro, dos mais de 30 bancos nacionais com presença e alçada de decisão no Estado, naquela época.

Na pandemia, esta distorção entre oferta e procura no segmento bancário se mostrou mais perversa. Vimos tanto o setor produtivo como a população em geral sofrerem. Mas, o sistema financeiro passou ileso.

Não estamos defendendo que banco tenha prejuízo. Mas ano após ano, invariavelmente, os lucros são altos, independentemente de como esteja a economia brasileira.

O descolamento dos lucros dos bancos da realidade de seus clientes é preocupante, para dizer o mínimo.

Estes números seriam motivo de comemoração se eles expressassem o vigor da economia nacional, porém, o que constatamos em 2020 foi uma redução do PIB em 4,1% e em 2021 uma alta de 4,5%, ou seja, a economia como um todo voltou em 2021 ao patamar pré-pandemia de 2019.

Lucro neste período no setor privado produtivo foi a exceção e não a regra.

Acredito que está concentração bancária também tenha sua parte de culpa no alto percentual de famílias endividadas. A falta de concorrência possibilita juros altos, atitudes, normas e procedimentos impositivos e retira do cliente opções e alternativas.

As taxas de endividamento das famílias que em 2020 chegou a 66,3% saltou em 2021 para 76,3%.

Já a situação de inadimplência permaneceu praticamente estagnada: em 2020 era de 25,5% e oscilou para 25,2% em 2021.

Bem, para não dizer que não falei de flores, dentro da igualdade dos lucros, mesmo nesta situação de concentração, encontramos alguns diferenciais meritórios nos bancos públicos.

Segundo o SEBRAE, os bancos públicos lideram o ranking da procura por crédito por parte das Micro e Pequenas Empresas – MPE.

Já no Agronegócio, os bancos públicos são os protagonistas, notadamente, no universo dos micros e pequenos produtores rurais.

No caso do PRONAMPE, recurso federal para apoio às MPE no enfrentamento das consequências da pandemia, tanto Caixa Econômica quanto Banco do Brasil foram protagonistas nos momentos mais difíceis.

As maiores capilaridades pertencem aos bancos públicos, levando o atendimento bancário e o crédito a quase todos os cantos do país.

Ao fim e ao cabo, fica a eterna pergunta: por que o governo federal não promove uma ação direcionada à atração de bancos estrangeiros para investirem no Brasil?
Forte abraço a todos e fiquem com Deus!

A COVID-19 no Brasil: Os detalhes deste enfrentamento através de um ponto de vista econômico

10/02/2022

Conheça os últimos números da COVID-19 no Brasil, sob o olhar de um economista.

Esta pandemia continua a afetar a economia. Então, vamos conhecer detalhes deste enfrentamento.

A pandemia está completando agora em fevereiro 02 anos. Em 03 de fevereiro de 2020, através da portaria n° 188 o presidente da República Jair Messias Bolsonaro declarava Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional em Decorrência da Infecção Humana pelo Novo Coronavírus.

Algumas observações para entendermos melhor as características desta pandemia em solo brasileiro.

• 05 Estados representam 50,78% dos casos de COVID no Brasil: São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro.
• 04 Estados representam 52% dos óbitos por COVID: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná.

A questão da concentração populacional influencia sobremaneira a distribuição da doença pelo país.

O total de casos de COVID representam 12,5% da população brasileira, ou seja, de cada 1.000 pessoas 125 contraíram COVID no Brasil.

O índice de fatalidade é de 2,37%, ou seja, de cada 300 pessoas contaminadas, aproximadamente 7 vão a óbito.

O atual estágio de vacinação por Estado:
O Brasil é o 4° pais que mais vacinou no mundo: 371,84 milhões de doses. Os três primeiros são fabricantes de vacina: China (3,02 bilhões de doses), Índia (1,7 bilhões de doses) e EUA (544,14 bilhões de doses).

Portanto, somos 1° país que mais vacinou dentre os países não fabricantes de vacina.

O governo federal já gastou mais de R$ 650 bilhões de reais no enfrentamento da

Diante do ineditismo e gravidade deste problema que afetou o mundo todo, o Brasil surpreendeu positivamente no enfrentamento desta tragédia humana.

Os brasileiros desempregados somam aproximadamente 13,5 milhões. Fora os desalentados que somam 5 milhões de brasileiros. Desalentados são considerados aqueles trabalhadores que desistiram de procurar emprego.
Quantificando, pelo menos, 04 pessoas por família, temos 74 milhões de pessoas que acordam todos os dias sem ter para onde ir e sem renda certa. O resultado é fome, desespero e depressão, que aliás, reduz fortemente a imunidade das pessoas e, portanto, facilita o adoecimento das pessoas. Sem falar que este cenário é uma porta aberta para ação de cooptação pelo crime organizado.

Verdadeira tragédia humana dentro de outra tragédia humana.

Para reflexão:
• 26.775.419 de casos de COVID
• 26.141.525 curados
• 633.894 de óbitos
• 74 milhões de desempregados e desalentados e suas famílias.

Neste momento em que estamos, graças a Deus, mais perto do fim do que do começo desta pandemia, diante da realidade dos números, vai ficando mais claro para todos que a destruição da economia provocou muito mais prejuízo do que lucro para o Brasil e os brasileiros.

Forte abraço a todos e fiquem com Deus!

Ranking Econômico Das Melhores e Piores Cidades do Brasil

02/02/2022

Dados do índice IDGM e do Produto Interno Bruto nos revelam a realidade das cidades brasileiras.

Nas análises econômicas e financeiras que nos debruçamos para entender a nossa economia, na maioria das vezes, focamos o país e por vezes os Estados.
Mas, o fato é que moramos nas cidades.

O ambiente municipal termina, em vários aspectos, nos influenciando mais do que a própria realidade do Estado ou do país.
Veremos neste artigo, que cidadãos morando no mesmo país, até no mesmo Estado, podem viver e ter percepções diferentes sobre a economia, emprego e qualidade de vida em função da qualidade da gestão municipal.

Apesar do país ser o mesmo, os moradores de Maringá/PR, 1° lugar no Índice de Desafio da Gestão Municipal - IDGM 2021, certamente possuem experiencias diferentes sobre a economia, emprego e a qualidade de vida em relação aos moradores da capital Macapá, 100° colocada no mesmo Estudo do Índice de Desafio da Gestão Municipal - IDGM 2021.

A possibilidade de construção de um cenário municipal diverso do cenário nacional ou estadual, comprova a importância e responsabilidade que a gestão municipal tem na definição de uma vida melhor ou pior para os seus cidadãos.

Nos dias de hoje, se cobra muito do presidente e do governador, mas o prefeito também pode fazer a diferença, para o bem ou para o mal.

O Instituto de Geografia e Estatística - IBGE considera o total de 5.570 cidades no Brasil, incluindo nesta conta o Distrito Estadual de Fernando de Noronha e Brasília, como cidade coextensiva ao Distrito Federal.

Este artigo se debruça apenas sobre as 100 melhores cidades brasileiras. Portanto, as diferenças podem ser muito mais agudas se comparássemos, por exemplo, a 1° com a 5.570°.

É animador perceber que as equipes das prefeituras podem reverter quadros nacionais e/ou estaduais desfavoráveis ou potencializar os bons momentos e construir microclimas econômicos e sociais diferenciados.
Focando só as capitais também verificamos diferenças gritantes nos resultados das gestões municipais.
Focando agora o critério da riqueza Produto Interno Bruto – PIB, encontramos dentre as 12 maiores só três com mais de R$ 100 bilhões de reais de PIB. Fonte: IBGE - 2019
12. Salvador: R$ 63,804 bilhões
11. Guarulhos: R$ 65,165 bilhões
10. Campinas: R$ 65,875 bilhões
9. Fortaleza: R$ 67,413 bilhões
8. Osasco: R$ 81,9 bilhões
7. Porto Alegre: R$ 82,43 bilhões
6. Manaus: R$ 84,867 bilhões
5. Curitiba: R$ 96,088 bilhões
4. Belo Horizonte: R$ 97,205 bilhões
3. Brasília: R$ 273,614 bilhões
2. Rio de Janeiro: R$ 354,981 bilhões
1. São Paulo: R$ 763,806 bilhões
Este ranking nos revela que São Paulo continua disparada como a cidade mais rica do Brasil seguida pelo Rio de Janeiro. Brasília completa o trio de cidades com PIB acima de R$ 100 bilhões.

Curitiba é a cidade mais rica do Sul. Manaus a mais rica do Norte e Fortaleza a mais rica do Nordeste.

Dentre as 12, três não são capitais: Guarulhos, Campinas e Osasco. Todas do estado de São Paulo.
Eu sei, caro leitor. Também procurei nossa amada Recife nos levantamentos e análises. Então, vamos lá.
• No IDM: Nossa cidade amarga um doloroso 71° lugar num ranking das 100 melhores.

• Quanto ao Produto Interno Bruto:
13° cidade do Brasil com R$ 54,691 bilhões.
Bem, para quem cresceu com o sentimento de morar na “Capital do Nordeste” e acompanhando nossa cidade ser sempre destaque no Nordeste e no Brasil, tanto econômica como politicamente, é no mínimo, entristecedor ver a posição secundária que o Recife se encontra hoje.

Outrora referência maior no turismo regional, hoje testemunhamos nosso principal cartão postal, a praia de Boa Viagem, simplesmente abandonada. O centro da cidade, inexiste como opção turística. O Bairro do Recife, não é nem sombra do que foi no passado. Sem falar na grave questão da segurança.
Moradores de rua, bem como famílias inteiras transformadas em pedintes a mendigar nos sinais de trânsito da cidade, completam, infelizmente, o quadro dantesco da outrora turística “Veneza Brasileira”.

Por fim, para quem visita hoje Fortaleza ou Salvador, só resta constatar que nossa cidade parou no tempo e no espaço. Pior: andou para trás
Apesar de nosso bairrismo, os números e a realidade se impõem.

Ao fim e ao cabo, é urgente reconhecermos este estado de coisas e não brigarmos com a realidade. Para buscar a cura de verdade tem primeiro que reconhecer que está doente.

Forte abraço a todos e fiquem com Deus!

Meio Circulante no Brasil - Liberdade, Segurança e Soberania

25/01/2022

Moeda em espécie nas mãos da população é mais que um dado econômico.

O chamado Meio Circulante, ou seja, moeda em espécie nas mãos da população, importou em R$ 339 bilhões de reais em 2021. Isto representou uma queda em relação aos R$ 370 bilhões de reais de 2020. Aliás, a 1° queda do MC desde a criação do Plano Real em 1994.

Comecemos com um dos maiores economistas, filosofo, cientista político e escritor norte americano John Kenneth Galbraith (1908 – 2006)
“nada estabelece limites tão rígidos à liberdade de uma pessoa quanto a falta de dinheiro”

Percorrendo a história, desde os primórdios da humanidade que o homem guarda coisas de valor e para sua sobrevivência. Os historiadores acreditam que, de forma rudimentar e embrionária, as primeiras práticas bancárias surgiram simultâneas à própria criação da moeda, que remonta a civilização fenícia (1.500 a.C a 300 a.C).

O surgimento da moeda agregou para as pessoas três características fundamentais, que permanecem até hoje: meio de troca, reserva de valor e unidade de conta.
Foi só em 1406 d.C. que surgiu o que se considera o 1° banco moderno do mundo, o Banco di San Giorgio em Gênova na Itália, e, em 1656 na Suécia a 1° instituição oficialmente reconhecida como Banco.

Desde os primórdios do sistema financeiro para cá muita coisa mudou, foi aperfeiçoada e sofreu inúmeras inovações. Mas uma coisa não mudou: a função da moeda e seu uso. Ocorre que, no nosso caso, a inovação da digitalização e contínua redução de agências físicas no Sistema Financeiro Nacional – SFN está trazendo um fato novo, e, traz enorme e preocupante risco para a população brasileira: a inacessibilidade ao dinheiro em espécie.

Algumas atitudes e estratégias que estão provocando restrições à liberdade das pessoas no acesso e uso do próprio dinheiro em espécie:
• redução das agências físicas por parte dos grandes bancos;


• bancos digitais sem agencias físicas;


• cobrança de tarifas por saques do próprio dinheiro fora das agências (Rede 24 horas);


• comércio que já não aceita recebimento de dinheiro, aliás, numa atitude absolutamente ilegal. (artigo 39 inciso IX Código de Defesa do Consumidor – CDC e artigo 43 do Decreto Lei -contravenções penais- n° 3.688 de 03 de outubro de 1941);


• comércio eletrônico que não tem opção de pagamento em boleto (modalidade que possibilita pagamento em espécie);


• o controle intimidador do Banco Central e Receita Federal ao cidadão comum, através da obrigatoriedade de preenchimento de declarações e formulários próprios, quando do saque em espécie do próprio dinheiro, a partir de determinado valor, guardado em Banco;


• a quase criminalização que se tem feito em relação a guarda por parte das pessoas de somas em espécie em sua residência;


• as massivas campanhas pelo uso do cartão eletrônico de débito e/ou crédito em detrimento do dinheiro em espécie;


• a redução de pontos de atendimento da Rede 24 horas em todo o país;


• dentre outras práticas restritivas ao acesso e guarda do próprio dinheiro.

Revisitemos o celebre economista John Kenneth Galbraith e verifiquemos que ele se mostra atualíssimo. Em um mundo capitalista, onde até a China virou capitalista selvagem, não ter dinheiro é sinônimo de poucas oportunidades e dificuldades de acesso até aos mais básicos direitos.

Galbraith entendeu que a falta do dinheiro retira a liberdade do ser humano mais do que qualquer outra coisa e estabelecer restrições ao acesso, posse e uso do próprio dinheiro em espécie pode ser uma nova forma de cerceamento da liberdade, ou seja, não ter dinheiro e não ter acesso ao dinheiro, enquanto perdurar a inacessibilidade, nivela as pessoas na mesma restrição estudada por Galbraith.

Ao fim e ao cabo, entendo que está queda no valor total do Meio Circulante, como vimos, dinheiro em poder da população, é um indicador preocupante que sinaliza uma maior dependência de 212 milhões de brasileiros ao Sistema Financeiro Nacional – SFN, neste momento, completamente dominado por apenas 05 instituições de crédito.
Forte abraço a todos e fiquem com Deus!


O Pandemônio na pandemia: Relatório mostra quem mais lucrou e quem mais sofreu com a pandemia

18/01/2022

Como estratégias econômicas durante a pandemia duplicaram fortunas e jogaram 160 milhões na pobreza.

Relatório divulgado pela conceituada ONG britânica OXFAM, agora, nesta semana, no início do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, revela um cenário econômico social dantesco produzido pelas estratégias adotadas no combate à doença durante o Ciclo Pandêmico.

Segundo revelou Danny Sriskandarajah, executivo-chefe da OXFAM:

“Houve um novo bilionário criado quase todos os dias durante esta pandemia, enquanto 99% da população mundial está pior por causa de lockdowns, menos comércio e menos turismo internacional. Como resultado disso, mais de 160 milhões de pessoas foram empurradas para a pobreza”.

Essas 160 milhões de pessoas vivem com menos de U$ 5,5 dólares por dia, como consequência das ações de impactos econômicos e sociais implementadas ao redor do mundo.
Afirma ainda o impactante Relatório, que a queda na renda dos mais pobres ao redor do mundo, contribuiu para a morte de 21 mil pessoas por dia!

Este número de mortes causadas pela extrema pobreza, em que parte considerável da população mundial foi jogada por conta das medidas restritivas de liberdade e trabalho, é maior do que o número de mortes causadas pela própria pandemia.

Com base em janeiro de 2022, o mundo contabiliza 5,4 milhões de mortos pela COVID, desde seu início. O Relatório OXFAM aponta que tendo como base os 365 dias de 2021, as mortes pela extrema pobreza causada pelas medidas recessivas e restritivas vitimaram 7,55 milhões de seres humanos.

Outras constatações do Relatório OXFAM:
• A pandemia está forçando os países em desenvolvimento a cortar gastos sociais à medida que as dívidas nacionais aumentam;


• A igualdade de gênero sofreu um retrocesso com 13 milhões de mulheres a menos no trabalho agora do que em 2019 e mais de 20 milhões de meninas em risco de nunca voltar a escola;


• Grupos minoritários étnicos foram os mais atingidos pela COVID, incluindo os bengaleses do Reino Unido e a população negra dos EUA;

• Na outra ponta abordada pelo Relatório, a gestão do Ciclo Pandêmico produzindo quase um bilionário por dia tornou a desigualdade mundial, que já era caótica, em algo indecente.

Neste período pandêmico, os 10 homens mais ricos do mundo, dados da FORBES, dobraram suas fortunas.
A riqueza deles, coletivamente, cresceu de U$ 700 bilhões de dólares para incríveis U$ 1,5 trilhão de dólares.

A desigualdade é tanta que até entre eles existe desigualdade. Enquanto a fortuna de Elon Musk cresceu 1000% a de Bill Gates cresceu “apenas” 30%.
Quem são eles?

Elon Musk, Jeff Bezos, Bernard Arnault, Bill Gates, Larry Ellison, Larry Page, Sergey Brin, Mark Zuckerberg, Steve Ballmer e Warren Bufet.

Ao analisar os negócios, e, portanto, os interesses desses bilionários, não podia ser diferente, encontramos alguns dos segmentos econômicos que mais se beneficiaram pelo Ciclo Pandêmico: redes sociais, comércio eletrônico, softwares, TI, internet, produtos de luxo e corporações financeiras.
“Mesmo durante uma crise global, nossos sistemas econômicos injustos conseguem oferecer lucros inesperados para os mais ricos, mas falham em proteger os mais pobres” disse Danny Sriskandarajah.

O executivo-chefe da OXFAM, defendeu ainda que os líderes políticos agora têm uma oportunidade histórica de apoiar estratégias econômicas mais ousadas para “mudar o curso mortal em que estamos”.

Este estudo foi baseado em dados da Forbes Billionaires List, Relatório Anual do Credit Suisse Global Wealth, que compila a distribuição da riqueza global desde 2000, Banco Mundial, dentre outras fontes.

Ao fim e ao cabo, recebemos com indignação humanitária a constatação que os meta-capitais e as altas estruturas políticas mundiais acrescentaram à uma catástrofe sanitária uma hecatombe econômica e social.
Porém, não com surpresa. Relembro que, aqui na nossa paróquia, em 26 de março de 2020, na página 08 do caderno de ,economia da nossa Folha de Pernambuco eu já defendia que medidas restritivas da liberdade de trabalho aprofundariam as dificuldades e seriam prejudiciais aos mais pobres.


Proibir um ser humano de trabalhar não é solução para nada. Nunca foi. A extrema pobreza adoece e mata. Este Estudo da OXFAM, bem como, inúmeros outros Estudos e pronunciamentos ao redor do mundo, estão constatando e provando o óbvio: o empobrecimento do trabalhador é sequenciado de fome e depressão, que juntas, podem ser mais mortais do que a própria doença que se quer combater.

No caso concreto da COVID, ainda por cima, a fome e a depressão baixam a imunidade do ser humano e o torna mais fragilizado frente à doença.

No Brasil, como em poucas partes do mundo, a ideologização e politização da pandemia, por parte de alguns Estados brasileiros, contribuíram negativamente e severamente para o aprofundamento dessas medidas indutoras da extrema pobreza, que alude o Relatório OXFAM.

Neste enfoque, os estados do Nordeste lideraram as ações restritivas de liberdade econômica, e por consequência, também lideraram os índices de desemprego, principal fator da extrema pobreza.
Confira os estados com as maiores e menores taxas de desemprego no brasil no último trimestre de 2021 segundo o IBGE:

Maiores Taxas de Desemprego
1- Pernambuco/Nordeste 19,30%;
2- Bahia/Nordeste 18,70%;
3- Amapá/Norte 17,50%;
4- Alagoas/Nordeste 17,10%;
5- Sergipe/Nordeste 17,00%.

Menores Taxas de Desemprego
1-Santa Catarina/Sul 5,30%;
2- Mato Grosso/Centro Oeste 6,60%;
3- Mato Grosso do Sul/Centro Oeste 7,60%;
4- Rondônia/Norte 7,80%;
5- Paraná/Sul 8,00%.

Assim sendo, entendo, que, pelo menos, de 2022 em diante, no enfrentamento da pandemia, devemos lutar por mais economia e menos ideologia!
Forte abraço a todos e fiquem com Deus!


Perspectivas no âmbito Econômico-Financeiro para o Brasil em 2022

11/01/2022

Como será o ano de 2022 na visão do mercado e do governo.

Reportamos neste artigo as projeções do Boletim FOCUS, também conhecido como Relatório de Mercado FOCUS, que vem a ser um documento semanal divulgado pelo Banco Central do Brasil – BACEN.

Este documento reúne as mais importantes informações referente a expectativa do mercado em relação a nossa economia. Atualmente, o Boletim Focus é elaborado por profissionais do GERIN (Departamento de Relacionamento Com Investidores e Estudos Especiais) do BACEN.
São consultadas aproximadamente 140 instituições financeiras e agentes econômicos.

O Boletim FOCUS utilizado foi o desta segunda feira 10.01.2022 com base nas informações de 07.01.2022.
Também reportaremos, nas questões próprias, as projeções da Carta de Conjuntura número 53 - 4° trimestre de 2021- do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA, fundação pública federal vinculada ao Ministério da Economia. Bem como, pontualmente, na questão do superavit da balança comercial a informação do Ministério da Economia.

Vamos aos números

Índice Nacional de Preços ao Consumidor – IPCA (variação %). A inflação é medida pelo IPCA. Para 2022 o FOCUS prevê uma variação de 5,03%. Significa uma redução importante frente aos 9,99% previstos para 2021 (última atualização em 07.01.2022). Esta sinalização de uma menor taxa de inflação em 2022, é um bom indicador de que o pior, segundo o próprio Mercado, já passou. Já na projeção do Instituto de Economia Aplicada – IPEA, o IPCA em 2022 ficará em 4,9%.

Produto Interno Bruto – PIB (variação sobre ano anterior). O FOCUS acredita num crescimento do PIB em 2022 da ordem de 0,28%. Levemos em consideração de que em 2021 tivemos uma variação positiva do PIB da ordem de 4,5% (taxa atualizada Boletim FOCUS dados de 07.01.2022). Assim sendo, a economia brasileira, confirmando-se este percentual de 4,5%, já terá ultrapassado o nível do PIB de 2019, ano pré-pandemia. Neste quesito, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA, projetou um crescimento do PIB para 2022 em 1,1%. Acontecendo este percentual de crescimento, a economia brasileira terá se descolado de vez do PIB pré-pandemia.

A SELIC - Sistema Especial de Liquidação e Custódio, vem a ser a taxa básica de juros da economia. O FOCUS projeta uma SELIC para 2022 da ordem de 11,75%. Em 2021 a taxa SELIC terminou o ano em 9,25%, portanto, o Mercado acredita numa elevação da taxa básica da economia em 2022. O IPEA replica a mesma taxa SELIC projetada pelo FOCUS de 11,75%.

Câmbio – Dólar Americano (U$). O FOCUS projetou a cotação do dólar para final de 2022 no valor de R$ 5,60 reais. Em análise comparativa com o dólar de 2021, que ficou em R$ 5,57 reais, observamos uma tendência de estabilização nominal do câmbio. Outras entidades defendem até um dólar mais desvalorizado e falam para final de 2022, em valores abaixo de R$ 5,00.

Balança Comercial (exportações x importações). Neste quesito, o Boletim FOCUS projeta um superavit de U$ 55,5 bilhões de dólares, ao final de 2022. Lembrando que em 2021 este superavit foi de U$61 bilhões de dólares, portanto, está projeção representa uma expectativa de redução neste superavit. Já o Ministério da Economia defende uma projeção de superavit da balança comercial de U$ 79,4 bilhões de dólares. Portanto, no sentido contrário da previsão do Boletim FOCUS, prevê um acréscimo de 30,1% no superavit obtido em 2021.

Ao fim e ao cabo, como vimos na nossa última Coluna de terça-feira próxima passada, “pulamos uma fogueira” em 2021". Se o ano passado não apresentou os números dos sonhos, também não foi o desastre anunciado por muitos pessimistas. Entenda-se como pessimistas àqueles brasileiros extremamente impactados pelos efeitos da pandemia e que tendem a ver uma nuvem de catástrofe em tudo. Agora, para 2022, as projeções ainda oscilam, porém, num diapasão menor. Com mais aderência a realidade, sem os delírios pessimistas, porém, também sem um otimismo exacerbado.

Retrospectiva da Economia 2021 - Parte 1

04/01/2022

Os Números Comprovam que o Brasil “Pulou uma Fogueira” e Concluiu 2021, com Honras ao Mérito.

Inicialmente esclarecemos que esta é a primeira retrospectiva porque o ano de 2021 ainda não acabou. Índices econômicos importantes como desemprego e inflação, ainda não tiveram seus números finais apurados.

Portanto, vamos abordar os aspectos conhecidos e alguns números base de novembro 2021.

Comecemos pelo câmbio. O dólar terminou o ano de 2021 valendo R$ 5,5748 em 30/12/2021 contra R$ 5,1872 em 30/12/2020, alta de 7,47%.
Os combustíveis encerraram o ano em alta. No caso da gasolina, elevação de 45%. Na 1° semana de 03 a 09 de janeiro de 2021 valia R$ 4,565 o litro e terminou o ano na última semana de 26/12/2021 a 01/01/2022, valendo R$ 6,618 o litro. (dados da Agência Nacional do Petróleo – ANP).

O álcool experimentou o mesmo caminho de elevação de preços e acumulou alta de 58%. Na 1° semana de janeiro estava em R$ 3,204 o litro e fechou a última semana do ano em R$ 5,063 o litro. (dados da Agência Nacional do Petróleo – ANP).

A inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA, base novembro, ficou em 9,26% a.a. e nos últimos 12 meses anteriores a novembro de 2021 em 10,74%. Aguardemos o índice de dezembro para fecharmos a inflação oficial de 2021. No entanto, a previsão do Relatório FOCUS do Banco Central do Brasil – BACEN é de que 2021 termine com IPCA em 10,05%.
Os juros básicos da economia, a SELIC, fechou 2021 em 9,25% a.a.

O desemprego apresentou no 3° trimestre de 2021 uma taxa de 12,6%, atingindo um contingente de 13,5 milhões de trabalhadores. Acrescente-se neste cálculo 5,1 milhões de desalentados e 7,8 milhões de subocupados, segundo dados do Instituto de Geografia e Estatística – IBGE.

No último Relatório FOCUS de dezembro próximo passado a previsão é de que o PIB 2021 cresça em relação ao de 2020 em 4,65%.

As exportações, período de janeiro a dezembro de 2021 atingiram U$ 280,3 bilhões de dólares, enquanto as importações representaram U$ 219,3 bilhões de dólares, perfazendo U$ 499,7 bilhões de dólares.

O setor público consolidado brasileiro registrou um superavit primário de R$ 15,034 bilhões base novembro, enquanto a dívida liquida do Brasil ficou em 57% do PIB, naquele mês.

Assim sendo, o mundialmente conturbado e imprevisível ano de 2021, termina com uma valorização do câmbio abaixo do IPCA, o que comprova que o governo conseguiu segurar o cambio neste mar de incerteza.


Penamos com as altas de combustíveis, cujo descontrole já leva a conclusão inevitável de que o Brasil precisa domar o apetite capitalista selvagem da PETROBRAS ou privatizá-la, acabando com o monopólio de fato do refino,
A inflação, cujo descontrole é um dos maiores temores de qualquer economia no mundo, apesar da previsão de que alcance os dois dígitos em 2021, ficou longe de ser catastrófico, como aliás está ocorrendo na vizinha Argentina, que deve terminar 2021 acima dos 50%. Em novembro apresentava, nos últimos 12 meses 51,2 %.

A SELIC fechou o ano em 9,25% contra uma inflação projetada de 10,05%, o que insere o Brasil no seleto grupo das economias que apresentam juros negativos como os EUA, Japão e as principais economias da zona do euro.
O alto desemprego provocado pelas medidas restritivas da pandemia, estão a cada trimestre sendo reduzidos.

Em se confirmando a previsão do crescimento do PIB do Brasil em 2021 de 4,65%, representará um crescimento de 0,6% do PIB em relação a 2019, o que recolocará o país no patamar pré pandemia e com folga. Desempenho este que colocará o Brasil acima de países como o Canadá, França, Alemanha, Japão, Itália e o reino Unido, dentre outros.

O comércio exterior tem sido um dos pontos fortes do país. Em 2021 não foi diferente e apresentou um importante crescimento sobre 2020 de impressionantes 35,8%.

Por fim, o setor público brasileiro apresentando que apresentou um belo superavit primário, base novembro 2021, fecha com méritos este quase impossível ano de 2021.

Ao fim e ao cabo, política e ideologia à parte, os números comprovam que o Brasil “pulou uma fogueira” e concluiu 2021, com honras ao mérito.

Forte abraço a todos, excelente 2022 e fiquem com Deus!


Brasil: Um dos Maiores Produtores de Alimentos do Planeta

28/12/2021

A segurança alimentar é uma riqueza na equação geopolítica mundial.

O Brasil é atualmente um dos maiores produtores e exportadores de alimentos do mundo e no ritmo que cresce a agropecuária brasileira, em breve, nos tonaremos o mais importante parceiro estratégico na produção de alimentos do planeta.

Países como os EUA e a China são grandes produtores de alimentos, no entanto, a China tem uma população gigantesca e os EUA tem 300 milhões de americanos com alto poder aquisitivo. O que a China produz não dá para alimentar os 1,6 bilhões de habitantes do país. Os EUA também não conseguem sozinho alimentar os 300 milhões de americanos com alto poder aquisitivo.

A China tem enormes problemas com terras inférteis e clima. Os EUA têm restrições com o inverno e problemas em algumas áreas do seu território para produzir.

Assim, sobra para o Brasil a responsabilidade de alimentar, com a produção de hoje, 800 milhões de habitantes do planeta. Com nossos 212 milhões de habitantes, temos a melhor condição de alimentar os demais povos, dentre todos os produtores de alimentos.

Produzimos muito e bem de tudo. De grãos a proteína animal. E a melhor notícia é que estamos muito longe de alcançar nossa capacidade máxima de produção.

Nossa característica de país produtor de alimentos é conhecida desde os primórdios do descobrimento, conforme reportado por Pero Vaz de Caminha em 1500, em sua 1° Carta ao rei Dom Manuel: “dar-se-á nela tudo”, prontamente “traduzido” pôr “em se plantando tudo dá”.

Estava certo o nosso Pero Vaz de Caminha, hoje, a posição brasileira no cenário da segurança alimentar mundial é de extrema importância.

O volume total produzido na agricultura no Brasil somou R$ 673,31 bilhões de reais em 2020 e R$ 756,03 bilhões de reais em 2021 (até novembro).

Pecuária

A pecuária produziu R$ 339,61 bilhões de reais em 2020 e R$ 357,80 bilhões de reais, em 2021 (até novembro).

Assim sendo, o total do segmento agropecuário atingiu R$ 1.012,93 trilhão de reais em 2020 e R$ 1.113,84 trilhão de reais em 2021 (até novembro).

Esse esforço na exportação gerou um desempenho em 2020 de US 100,7 bilhões de dólares e US 110,7 bilhões de dólares em 2021 (até novembro).

Para conquistar esta posição no segmento do agronegócio no mundo, o Brasil utiliza 71 milhões de hectares para a agricultura e 180,2 milhões de hectares para pecuária (pastagens nativas e plantadas). Portanto, 251,2 milhões de hectares do território brasileiro estão voltados a produzir alimentos para o Brasil e o mundo.
Ao fim e ao cabo, o Brasil é hoje um país estratégico para o desenvolvimento e a sustentabilidade da humanidade. Uma das bases da alimentação mundial e um dos pilares do desenvolvimento da indústria e da ciência, através das nossas riquezas minerais.

Só nos resta entender esta realidade e saber aproveitá-la a exemplo dos árabes na década de 70, com o choque do petróleo, “precificando” ao mundo nossos alimentos e minerais, utilizando assim nossas riquezas e potencialidades para enriquecimento da nação e como diferencial competitivo na equação geopolítica no mundo.


O Gigantismo das Empresas e o Direito do Consumidor

21/12/2021

A Concentração dos Mercados é Inimiga da População.

Característica mais afeita aos países subdesenvolvidos, a hiper concentração da oferta, leva, inexoravelmente, à perda ou mesmo anulação dos direitos dos seus consumidores.

Os sistemas de monopólio, oligopólio e cartel, possibilitam aos seus detentores subdimensionar os investimentos necessários à garantia da qualidade dos serviços prestados e impor aos consumidores uma redução da qualidade, proporcionando aos ofertantes uma indevida e significativa melhora no custo – benefício da prestação de serviço.

Adicionalmente, a concentração do mercado em uma só mão, ou mesmo em poucas mãos, além de outros males, costuma gerar acúmulo perigoso de poder econômico que, geralmente, resvala em força política na defesa dos interesses dos negócios monopolistas e, ainda, no cenário proposto, prejuízo para os consumidores.

Caso exemplar é a norma da ANATEL que determina que os ofertantes dos serviços de internet só são obrigados a entregar até 40% da velocidade contratada. É absurdo, porém, verdadeiro como conta nesta página do Governo/Anatel.

Se sua velocidade contratada for 100 MB a operadora de internet só é obrigada a disponibilizar 40MB.

Numa analogia apropriada é como o consumidor pagar 10 litros de combustível ao Posto e este só ser obrigado a pôr no tanque 4 litros.

É o que se chama corrupção institucional, ou seja, o crime de lesa consumidor é tornado legal por normas, leis, portarias etc. do próprio órgão governamental criado para organizar o sistema e, imagine, proteger o consumidor.

A estratégia encontrada para defender esta concentração e o lucro das empresas, com o consentimento de autoridades e contando com a tradicional morosidade e alto custo da justiça, é isolar dezenas de milhões de clientes em sistemas automáticos de voz com roteiros predefinidos e sem nenhum acesso para falar com outros seres humanos, garantindo que o consumidor não tenha nenhum acesso a um canal de comunicação que lhe possibilite preservar seus direitos ou obter simples esclarecimento.

É praticamente impossível para uma instituição financeira atender com qualidade dezenas de milhões de clientes ativos, notadamente, quando verificamos que ano após ano as instituições reduzem o número de agências e demitem mais e mais funcionários.

A solução é confinar todos os clientes num sistema de respostas audíveis que tiram dos clientes totalmente a capacidade de negociação ou mesmo opção. Adicionalmente, a disponibilidade de infraestrutura para atendimento, ou não, deste ou daquele assunto, determina o que o Banco quer tratar e o que ele não quer tratar.

Por fim, a indisponibilidade do cliente falar com um ser humano garante a completa subtração de direitos do consumidor.

Mais de 90% do crédito concedido no Brasil está nas mãos de 05 bancos e dotados da liberdade para não garantir os direitos do consumidor via, simplesmente, o estabelecimento da via única de comunicação, realmente, o Banco só fala e escuta aquilo que quer falar e escutar.

Pergunta que não quer calar: quem defende efetivamente o consumidor de Banco, no Brasil? Resposta: ninguém. Única solução plausível é a concorrência. E por que o governo (este e os anteriores), não buscam atrair mais instituições bancárias para o Brasil e, ainda, por que ninguém toma uma providência?

No setor de energia a questão é mais grave.

Olhando para Pernambuco, atuamos num monopólio fechado, ou seja, não é permitido entrar mais ninguém.
Neste sistema, a CELPE acumula 3,8 milhões de consumidores. A empresa ocupa, no ranking do setor, o 7º lugar em número de clientes e o 10º no consumo, de acordo com a Associação Brasileira de Distribuidores de Energia (Abradee).

Cobrindo os 184 municípios de Pernambuco, a CELPE também é responsável pela geração e distribuição de energia elétrica no Arquipélago de Fernando de Noronha.

Assim sendo, a empresa tem 3,8 milhões de clientes (9,4 milhões de habitantes) distribuídos em 184 municípios. Para entender melhor: tudo e todos dependem de uma única empresa privada para receberem este serviço mais que essencial.

Isto não é bom para ninguém. Só para o monopolista.

Neste cenário, o que pode fazer o consumidor? Qual a alternativa se não gostar da resposta às suas demandas, do preço, do atendimento e/ou da qualidade?


Conheça o Impacto da Pandemia na Poupança das Famílias em 2020

14/12/2021

Você sabe qual foi o resultado das medidas de lockdown no Brasil e no Mundo no Saldo da Poupança das Famílias?

A poupança das famílias no mundo atingiu em 2020 a impressionante marca de 200 trilhões de euros. Este valor representa um acréscimo de 9,7% no montante total em reservas financeiras no ano passado em relação a 2019, segundo revela estudo do Grupo Allianz, divulgado recentemente.

Podemos deduzir, a partir desta informação, de que a crise da pandemia ao invés de descapitalizar as famílias, terminou por obrigá-las a uma poupança forçada pelo lockdown, redução das atividades fora de casa, diminuição das possibilidades e do ânimo por consumo, insegurança pelas incertezas que o período pandêmico trouxe a toda a humanidade, dentre outros fatores.

O trabalho do Grupo Allianz, teve como campo de estudos cerca de 60 países e destacou também que pode ter influenciado este aumento da poupança mundial a injeção de recursos financeiros por parte dos governos para as famílias.

Para 2021, a perspectiva é de novo crescimento nos ativos financeiros mundiais, o que levaria os 200 trilhões de euros a cerca de 226 trilhões de euros, ao final deste ano.
Claro que o relatório de riqueza global feito pelo Grupo Allianz, envolve as movimentações financeiras das famílias economicamente ativas, portanto, não representa a realidade de todas as famílias, e sim, apenas daquelas investidoras.

No Brasil, esses ativos financeiros investidos aumentaram anda mais, 13% no ano de 2020.
Olhando agora para o Brasil, segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais – AMBIMA, o total investido pelas famílias representava ao final de 2020, R$ 3,7 trilhões.

A velha conhecida caderneta de poupança, sozinha, representou R$ 1,035 trilhão. Na verdade, a poupança é mais uma forma de guardar dinheiro com segurança do que investir, em função do baixo rendimento comparativo.

Vejamos no quadro abaixo (fonte: Banco Central) a evolução desta aplicação ao longo dos anos e seu resultado líquido, às vezes, até negativo.

Importante contextualizar que pela legislação em vigor, o rendimento da poupança é calculado pela soma da Taxa Referencial (TR), definida pelo BC, mais 0,5% ao mês, sempre que a taxa básica de juros, a Selic, está acima de 8,5% ao ano. Quando a Selic é igual ou inferior a 8,5% ao ano, a remuneração da poupança passa a ser a soma da TR com 70% da Selic.

Pela segurança e facilidade de aplicação e resgate, dentre outros fatores, a classe média brasileira destina, segundo dados da AMBIMA, 70% dos seus recursos de investimento para a caderneta de poupança, enquanto os mais ricos, principalmente, pelos baixos rendimentos comparativos, destinam apenas 0,4%.
Na outra ponta, no segmento private, formado por investidores com patrimônio investido acima de R$ 3 milhões, as ações se tornaram, pela primeira vez na série histórica da ANBIMA, a principal escolha na carteira dos clientes.

Focando objetivamente no comparativo entre os principais investimentos em 2020, encontramos neste levantamento da Consultoria Economatica, que a poupança ao lado do CDI e do Ibovespa, amargou rentabilidade negativa, descontando a inflação medida pelo IPCA.

Ao fim e ao cabo, com o aumento das demandas das famílias ao redor do mundo, por mais segurança e rentabilidade, o mercado financeiro mundial está sendo cada vez mais desafiado a oferecer soluções seguras, rentáveis e compatíveis com os diversos perfis de investidores.

O Mercado de Energia Elétrica no Brasil

07/12/2021

Conheça mais sobre o consumo de energia elétrica no Brasil por regiões e estados.

A pandemia trouxe dificuldades e obstáculos à economia mundial. No caso brasileiro, além das dificuldades globais, tivemos uma desvalorização acentuada do real frente ao dólar.

Esta conjunção de fatores superiores, dentre outros pontos, levaram a economia brasileira à 12° colocação no ranking das nações em 2020. No passado recente já fomos a 7° economia no mundo.

De pronto, observamos que o grau de desenvolvimento econômico e população são fatores definidores na questão do consumo de energia elétrica.

A energia elétrica tem como algumas de suas características: ser um bem de consumo essencial, exigir um alto investimento para implantação e/ou ampliação da produção e depender de fatores climáticos. Assim, sua oscilação no consumo/produção, é sempre gerenciado como fator de risco de segurança nacional.

O perfil do Brasil quanto a repartição da oferta interna de energia, ano base 2020, apresentou um percentual de fontes renováveis de 48,4% e não renováveis em 51,6%.

No segmento de energias renováveis temos: Biomassa de Cana que representou 19,1%, seguida pela Hidráulica que se situou em 12,6%, Lenha e Carvão com 8,9% e outras renováveis 7,7%.

Quanto as fontes não renováveis temos: Petróleo e derivados com 33,1%, Gás Natural com 11,8%, Carvão Mineral com 4,9% e urânio com 1,3% e fechando com 0,6% de outras fontes não renováveis.

Assim sendo, podemos concluir que o Brasil apresenta uma diversificação importante nas fontes de energia e é um dos maiores países do mundo na geração de energia renovável.

Ao fim e ao cabo, o Brasil avançou agora em 2021, 04 posições no ranking dos países mais atrativos para energia renovável e ocupa a 11° no mundo e o 1° na América Latina.

O que você sabe sobre a Inadimplência do Consumidor Brasileiro?

30/11/2021

Como diferenciar a inadimplência clássica da impontualidade.

Inadimplência é, geralmente, a consequência da falta de capacidade de pagamento estrutural de um devedor. Ou seja, “ceteris paribus”, tudo o mais constante, o devedor não poderá pagar o compromisso assumido.

Portanto, é necessária uma repactuação dos termos iniciais, visando o reequilíbrio econômico e financeiro da transação.
Podem ser causadoras da inadimplência, dentre outras, a perda ou redução definitiva da receita, aumento involuntário e significativo do(s) compromisso(s) assumido(s), perda de patrimônio, elevação do custo de financiamento da dívida, dentre outras causas.

Importante diferenciar a inadimplência clássica da impontualidade.

A impontualidade é consequência do descasamento do fluxo de caixa, ou seja, num determinado período o devedor apresenta equilíbrio entre receita e despesa, no entanto, as datas de entrada e saída de caixa não coincidem, gerando assim, frequentemente, o pagamento em atraso, porém não caracterizando uma inadimplência estrutural.
A não compreensão desta diferença pode levar à adoção de soluções inadequadas ao problema.
Visto isso, quando analisamos os dados de inadimplência no Brasil, temos que ter muito cuidado com as conclusões. A informação se refere a uma impontualidade frequente ou pontual, porém, com solução autônoma num determinado prazo ou realmente trata-se de uma falta de capacidade de pagamento estrutural, e aí, será necessária uma atuação sistêmica?
Tomemos como base uma informação recente da FECOMÉRCIO – SP:

“Endividamento bate novo recorde na capital paulista - Na capital paulista o número de endividados bateu novo recorde em outubro: 2,84 milhões, representando 71,3% do total dos lares. Essa é a 11ª elevação consecutiva.”

Ora, analisando os dados em detalhe encontramos o seguinte extrato da inadimplência na capital do estado de São Paulo:
Período: últimos 13 meses base outubro 2021 - Local: São Paulo – Capital
Fonte: Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor - PEIC – SP

As perdas das empresas vêm reduzindo (inadimplência do consumidor), os atrasos dos consumidores mantêm-se praticamente no patamar (impontualidade) e o nível do endividamento das famílias vêm aumentando (análise de risco potencial futuro). Numa leitura correta, podemos verificar que a inadimplência vem caindo, a impontualidade está praticamente estável no período analisado, porém, o endividamento das famílias vem aumentando.
Entendidas as diferenças entre inadimplência, impontualidade, e também, compreendendo a análise de risco potencial futuro, seus impactos e providências requeridas, analisemos as possíveis causas da iliquidez e suas soluções.

Iniciemos com o superendividamento voluntário. Esta causa é “culpa” exclusiva do consumidor. O consumo descontrolado leva a uma sabotagem do equilíbrio econômico e financeiro do indivíduo ou da empresa.

A prevenção vem desde a conscientização do consumo responsável, limitações impostas pelos limites de crédito, orientação ao consumidor, estabelecimento de normas na relação de consumo que privilegiem a transparência das informações, dentre outras medidas. Neste particular, a concorrência e ganância dos ofertantes de crédito devem ser acompanhadas visando evitar excessos.

Outro fator indutor do endividamento das famílias que pode gerar uma impontualidade e migrar para uma inadimplência é o altíssimo custo dos juros ao consumidor no Brasil.
Fator importantíssimo e decisivo, o desemprego é, sem dúvida, um dos fatores mais duros, injustos e cruéis que colaboram com a iliquidez nas famílias.
Também influencia a liquidez geral o nível da renda média do trabalhador.

Conforme divulgado pelo IBGE , em outubro próximo passado, que a taxa de desemprego caiu para 13,2% no trimestre encerrado em agosto.

Adicionalmente, mesmo sendo uma melhora, a renda média dos trabalhadores caiu 10,2% em relação ao mesmo período do ano passado e, hoje, a média nacional de renda se situa em R$ 2.489,00/per capita, abrangendo todas as categorias e incluindo empregos do setor público.

Ao fim e ao cabo, a situação de liquidez do consumidor brasileiro é um somatório da responsabilidade no consumo, custo do crédito, nível de desemprego e renda, e, finalizando, a carga tributária sobre a renda auferida.


Eu posso. Eu quero. Eu preciso. Em busca do consumo consciente

23/11/2021

O dinheiro é uma riqueza finita, que exige disciplina e respeito.

O orçamento é uma peça fundamental no equilíbrio econômico e financeiro tanto para um cidadão como para uma grande corporação empresarial.

É verdade que um bom orçamento não é garantia de sucesso, porém, a ausência dele é contributivo para o insucesso. O improviso com dinheiro costuma custar caro.

A meta é cumprir os objetivos e atender as demandas sem gerar déficit, ou melhor ainda, com superávit. O superávit gera a formação de reservas financeiras e o déficit, pelo contrário, gera acúmulo de dívidas.

Ora, se nos parece tão simples assim: as despesas não podem ser maiores do que a receita e, de preferência, as receitas devem ser maiores do que as despesas por que todos, empresas e pessoas físicas, não estão sempre em equilíbrio?

Ao nosso ver, a base de tudo está nas emoções, ideias e sentimentos. O ser humano, não sendo uma máquina, está passível de decisões, em grande parte, subjetivas. O autoengano faz parte da psicologia de consumo do ser humano.
A ciência econômica oferece um conhecimento razoável a quem se dedica a estudá-la, no caso concreto, em busca do acerto orçamentário objetivando o equilíbrio econômico e financeiro. E por que, então, persistem os desequilíbrios empresariais e/ou pessoais?

Como vimos acima, um ponto crucial é o devido controle das emoções, ideias e sentimentos relacionados com dinheiro. Ou seja, o consumo e investimento conscientes. Neste aspecto sugiro, antes da tomada de qualquer decisão que implique em saída de recursos, o exercício pessoal ou corporativo em responder, com sinceridade, três questionamentos:

Eu posso? Eu quero? Eu preciso?

A primeira regra, “eu posso?” é a mãe das outra duas. Parece lógico, porém, é nesta regra que a maioria compromete o equilíbrio econômico e financeiro. É uma regra matemática, no entanto, a capacidade do autoengano é recorrente.
São receitas futuras, imaginárias, improváveis e até inexistentes mesmo, que são levadas em consideração para “justificar” para o córtex pré-frontal dorsolateral do nosso cérebro, aquela área responsável pelo controle ponderado das decisões (ver o neurocientista dr. William Hedgcock – Universidade de Iowa), a decisão do gasto.

Enfim, como diria o Conselheiro Acácio, personagem da obra, Primo Basílio, de Eça de Queiroz, que tinha dentre suas características dizer o óbvio, com a pompa de estar falando algo profundo: se não pode, não pode!

Ocorre que, reconheçamos, num mundo capitalista, esta tarefa de autocontrole não é fácil.

Caso passe verdadeiramente pela primeira etapa e comprovadamente possa assumir aquela despesa, enfrentemos a segunda:

Eu quero?

Talvez seja a mais subjetiva das três. O “querer” é conduzido por um sem-número de sentimentos verdadeiros, conflituosos, confusos e envolve sentimentos diversos de necessidade, pertencimento, aceitação social, reconhecimento pessoal e/ou profissional, reafirmação de gostos pessoais, sentimento de recompensa, dentre outros.

Neste conjunto de demandas, podemos enquadrar, desde uma camisa do seu time de futebol a uma caneta Mont Blanc, um anel de formatura, um carro de luxo, uma tatuagem, roupas que expressem um estilo pessoal, serviços personalizados, indo até os investimento e gastos do mundo corporativo que acontecem mais pelo “querer” dos gestores e acionistas do que, propriamente, pela necessidade empresarial do negócio.

Este capítulo nos ajuda para uma melhor compreensão, recorrer à Microeconomia - Teoria Geral da Procura, notadamente, o pensamento do economista norte-americano Thorstein Veblen em sua obra “The Theory of The Leisure Class” (1899). Em resumo, a obra trata de bens ostentatórios e que conferem status social ou mesmo reconhecimento imediato ao consumidor.

Neste aspecto, por exemplo, aquela tatuagem, camisa de clube, ingresso a um show, roupas de grife, bares temáticos ou da moda, dentre outros itens de consumo similares, podem oferecer ao consumidor algo a mais do que a utilização original daquele produto ou serviço, pois, podem emprestar ao consumidor, um sentimento de pertencimento que se constitui em um adicional intangível. Assim, se inserem nesta categoria do autoengano do “eu quero”.

Claro, muitas decisões de consumo decorrem da simples, verdadeira e genuína satisfação pessoal. O desafio é separar qual decisão é, realmente, pelo consumidor sentir satisfação num enfoque pessoal e qual decisão é influenciada pela tentativa de parecer algo ou pertencer a determinada condição ou ainda por achar que as pessoas irão considerar que ele, o consumidor, deveria gostar deste produto ou serviço.

Passando pelo critério matemático do “eu posso” e, consciente de que realmente “eu quero”, livres do autoengano, temos a última etapa do consumo consciente:
“Eu preciso?”.

Esta etapa se situa no meio do caminho entre a fase matemática e a impulsiva. Entre o “eu posso” e o “eu quero”. O “eu preciso” nos proporciona um certo controle da decisão. Afinal, objetivamente, se eu tenho um carro, minha demanda está atendida. Não “preciso” de dois. Afinal, não posso dirigir dois ao mesmo tempo. Se eu tenho um caminhão que atende as demandas de distribuição da minha empresa, se comprar um segundo, um ficará ocioso, portanto, o acionista pode até poder e querer, mas não precisa.
Portanto, o autoengano costuma atuar também nesta etapa e levar o consumidor a crer que ele realmente precisa daquilo que, objetivamente, não precisa.

Para melhor compreensão e decisão deste tópico é oportuno conhecermos a Teoria da Utilidade Marginal.
Dentre os principais economistas da corrente marginalista podemos citar William Stanley Jevons, Leon Walras e Vilfredo Pareto.

Em resumo, esta Teoria, que revolucionou o estudo da Economia no final do século XIX, introduzia a subjetividade na análise econômica.

Assim, trazia para análise econômica a importância das necessidades humanas e a forma como os indivíduos procuravam satisfazê-las.

A Teoria propôs que a utilidade marginal (adicional) dos bens consumidos é decrescente, ou seja, a utilidade adicional do consumo vai caindo à medida que mais unidades são consumidas. Exemplo clássico: a água.

O 1° copo d’agua vale para o consumidor que está com sede, mais do que o 3° copo d’agua, que vai encontrar o consumidor com menos sede. Já o 5° copo d’agua não terá valor algum, pois, a demanda já está plenamente atendida.
Portanto, a técnica do “eu posso”, “eu quero” e “eu preciso” se baseia, majoritariamente, nas Teorias de Veblen e na Teoria da Utilidade Marginal”.
Assim sendo, a elaboração de um orçamento e seu fiel cumprimento pode ajudar a trazer para a empresa ou para o cidadão o tão desejado equilíbrio econômico e financeiro.

Ao fim e ao cabo, o dinheiro é uma unidade monetária, uma riqueza finita, algo que, muito ou pouco, exige disciplina e respeito, em contrapartida, somos movidos por desejos, sentimentos, emoções e ideias. Um dos desafios para alcançar um orçamento equilibrado e conquistar o equilíbrio econômico financeiro é um consumo consciente.

Domar nossos sentimentos a um limitador matemático e demais regras de consumo não é fácil. Ocorre que a oferta é extremamente científica e organizada para tirar o máximo de nossos recursos e precisamos nos preparar como empresários e/ou cidadãos para este enfrentamento.

O Etanol é uma das maiores riquezas do Brasil

16/11/2021

Energia limpa e tecnologia desde o princípio fadada ao sucesso.

O orçamento é uma peça fundamental no equilíbrio econômico e financeiro tanto para um cidadão como para uma grande corporação empresarial.

É verdade que um bom orçamento não é garantia de sucesso, porém, a ausência dele é contributivo para o insucesso. O improviso com dinheiro costuma custar caro.

A meta é cumprir os objetivos e atender as demandas sem gerar déficit, ou melhor ainda, com superávit. O superávit gera a formação de reservas financeiras e o déficit, pelo contrário, gera acúmulo de dívidas.

Ora, se nos parece tão simples assim: as despesas não podem ser maiores do que a receita e, de preferência, as receitas devem ser maiores do que as despesas por que todos, empresas e pessoas físicas, não estão sempre em equilíbrio?

Ao nosso ver, a base de tudo está nas emoções, ideias e sentimentos. O ser humano, não sendo uma máquina, está passível de decisões, em grande parte, subjetivas. O autoengano faz parte da psicologia de consumo do ser humano.
A ciência econômica oferece um conhecimento razoável a quem se dedica a estudá-la, no caso concreto, em busca do acerto orçamentário objetivando o equilíbrio econômico e financeiro. E por que, então, persistem os desequilíbrios empresariais e/ou pessoais?

Como vimos acima, um ponto crucial é o devido controle das emoções, ideias e sentimentos relacionados com dinheiro. Ou seja, o consumo e investimento conscientes. Neste aspecto sugiro, antes da tomada de qualquer decisão que implique em saída de recursos, o exercício pessoal ou corporativo em responder, com sinceridade, três questionamentos:

Eu posso? Eu quero? Eu preciso?

A primeira regra, “eu posso?” é a mãe das outra duas. Parece lógico, porém, é nesta regra que a maioria compromete o equilíbrio econômico e financeiro. É uma regra matemática, no entanto, a capacidade do autoengano é recorrente.
São receitas futuras, imaginárias, improváveis e até inexistentes mesmo, que são levadas em consideração para “justificar” para o córtex pré-frontal dorsolateral do nosso cérebro, aquela área responsável pelo controle ponderado das decisões (ver o neurocientista dr. William Hedgcock – Universidade de Iowa), a decisão do gasto.

Enfim, como diria o Conselheiro Acácio, personagem da obra, Primo Basílio, de Eça de Queiroz, que tinha dentre suas características dizer o óbvio, com a pompa de estar falando algo profundo: se não pode, não pode!

Ocorre que, reconheçamos, num mundo capitalista, esta tarefa de autocontrole não é fácil.

Caso passe verdadeiramente pela primeira etapa e comprovadamente possa assumir aquela despesa, enfrentemos a segunda:

Eu quero?

Talvez seja a mais subjetiva das três. O “querer” é conduzido por um sem-número de sentimentos verdadeiros, conflituosos, confusos e envolve sentimentos diversos de necessidade, pertencimento, aceitação social, reconhecimento pessoal e/ou profissional, reafirmação de gostos pessoais, sentimento de recompensa, dentre outros.

Neste conjunto de demandas, podemos enquadrar, desde uma camisa do seu time de futebol a uma caneta Mont Blanc, um anel de formatura, um carro de luxo, uma tatuagem, roupas que expressem um estilo pessoal, serviços personalizados, indo até os investimento e gastos do mundo corporativo que acontecem mais pelo “querer” dos gestores e acionistas do que, propriamente, pela necessidade empresarial do negócio.

Este capítulo nos ajuda para uma melhor compreensão, recorrer à Microeconomia - Teoria Geral da Procura, notadamente, o pensamento do economista norte-americano Thorstein Veblen em sua obra “The Theory of The Leisure Class” (1899). Em resumo, a obra trata de bens ostentatórios e que conferem status social ou mesmo reconhecimento imediato ao consumidor.

Neste aspecto, por exemplo, aquela tatuagem, camisa de clube, ingresso a um show, roupas de grife, bares temáticos ou da moda, dentre outros itens de consumo similares, podem oferecer ao consumidor algo a mais do que a utilização original daquele produto ou serviço, pois, podem emprestar ao consumidor, um sentimento de pertencimento que se constitui em um adicional intangível. Assim, se inserem nesta categoria do autoengano do “eu quero”.

Claro, muitas decisões de consumo decorrem da simples, verdadeira e genuína satisfação pessoal. O desafio é separar qual decisão é, realmente, pelo consumidor sentir satisfação num enfoque pessoal e qual decisão é influenciada pela tentativa de parecer algo ou pertencer a determinada condição ou ainda por achar que as pessoas irão considerar que ele, o consumidor, deveria gostar deste produto ou serviço.

Passando pelo critério matemático do “eu posso” e, consciente de que realmente “eu quero”, livres do autoengano, temos a última etapa do consumo consciente:
“Eu preciso?”.

Esta etapa se situa no meio do caminho entre a fase matemática e a impulsiva. Entre o “eu posso” e o “eu quero”. O “eu preciso” nos proporciona um certo controle da decisão. Afinal, objetivamente, se eu tenho um carro, minha demanda está atendida. Não “preciso” de dois. Afinal, não posso dirigir dois ao mesmo tempo. Se eu tenho um caminhão que atende as demandas de distribuição da minha empresa, se comprar um segundo, um ficará ocioso, portanto, o acionista pode até poder e querer, mas não precisa.
Portanto, o autoengano costuma atuar também nesta etapa e levar o consumidor a crer que ele realmente precisa daquilo que, objetivamente, não precisa.

Para melhor compreensão e decisão deste tópico é oportuno conhecermos a Teoria da Utilidade Marginal.
Dentre os principais economistas da corrente marginalista podemos citar William Stanley Jevons, Leon Walras e Vilfredo Pareto.

Em resumo, esta Teoria, que revolucionou o estudo da Economia no final do século XIX, introduzia a subjetividade na análise econômica.

Assim, trazia para análise econômica a importância das necessidades humanas e a forma como os indivíduos procuravam satisfazê-las.

A Teoria propôs que a utilidade marginal (adicional) dos bens consumidos é decrescente, ou seja, a utilidade adicional do consumo vai caindo à medida que mais unidades são consumidas. Exemplo clássico: a água.

O 1° copo d’agua vale para o consumidor que está com sede, mais do que o 3° copo d’agua, que vai encontrar o consumidor com menos sede. Já o 5° copo d’agua não terá valor algum, pois, a demanda já está plenamente atendida.
Portanto, a técnica do “eu posso”, “eu quero” e “eu preciso” se baseia, majoritariamente, nas Teorias de Veblen e na Teoria da Utilidade Marginal”.
Assim sendo, a elaboração de um orçamento e seu fiel cumprimento pode ajudar a trazer para a empresa ou para o cidadão o tão desejado equilíbrio econômico e financeiro.

Ao fim e ao cabo, o dinheiro é uma unidade monetária, uma riqueza finita, algo que, muito ou pouco, exige disciplina e respeito, em contrapartida, somos movidos por desejos, sentimentos, emoções e ideias. Um dos desafios para alcançar um orçamento equilibrado e conquistar o equilíbrio econômico financeiro é um consumo consciente.

Domar nossos sentimentos a um limitador matemático e demais regras de consumo não é fácil. Ocorre que a oferta é extremamente científica e organizada para tirar o máximo de nossos recursos e precisamos nos preparar como empresários e/ou cidadãos para este enfrentamento.

Mercado de Gás no Brasil e Pernambuco

09/11/2021

Conheça mais sobre a exploração de gás natural no Brasil, início na década de 40 até os dias atuais.

A exploração de gás natural no Brasil teve início na década de 40 na Bahia. Passadas quatro décadas, já nos idos da década de 80, houve a descoberta do petróleo na bacia de Campos no estado do Rio de Janeiro.

No final da década de 90, mais precisamente em 1999, iniciou-se as atividades do gasoduto Brasil – Bolívia. Em 2007, houve a descoberta do Campo Tupi e do Campo de Júpiter em 2008, na bacia de Santos.

Estas descobertas contribuíram com a possibilidade de tornar o Brasil autossuficiente em gás natural.
A produção de gás demanda seis etapas: exploração, exportação, produção, beneficiamento, transporte, armazenamento e, por fim, distribuição.

As reservas brasileiras estão estimadas em 450.247 MMm³ de reservas no conceito provadas + prováveis + possíveis (3P), base 2020 (Fonte: ANP – 2020). Já a produção encontra-se na casa dos 139,133 milhões de m³ / dia, base julho de 2021 (Fonte: Reutters 16.08.2021).

No aspecto legal o segmento de gás recebeu incentivo da Lei do Petróleo (Lei 9.478/1997), que ensejou a participação privada na atividade, no entanto, no caso concreto do segmento de gás, não houve importante avanço em função de que a PETROBRÀS, de fato, permaneceu como controlador.

Só em 2009 tivemos uma lei específica para o segmento de gás, Lei 11.909/2009 e Decreto 7.382/2010 que a regulamentou. No entanto, de novo, a lei ainda não foi capaz de promover os efeitos desejados na atração de novos investidores, e, assim haver a desejável desconcentração no mercado.

O início do processo de desconcentração só veio a ocorrer em 2015 quando a própria PETROBRÁS iniciou o desinvestimento de ativos do setor de gás. Neste momento, foi criada a iniciativa “Gás Para Crescer”, que reuniu todos os interessados e se debruçou sobre a oportunidade de revisão do marco Legal e regulatório do segmento.

Neste cenário, tivemos a Resolução CNPE n° 10/2016. O objetivo da Resolução foi estabelecer um caminho para a propositura de um novo modelo que, inclusive, contemplasse a formação de um mercado líquido competitivo, e, ao fim e ao cabo, possibilitasse a desconcentração do mercado e contribuísse para o desenvolvimento do país.

Como ato concreto, a Resolução criou o Comitê Técnico Para o Desenvolvimento da Indústria do Gás Natural CT-CN, responsável por propor ações que pavimentassem a transição de forma gradual, segura e que garantissem o pleno funcionamento do mercado sem sobressaltos.

Em 2017 houve uma tentativa frustrada de incorporar as propostas do CT-CN, no substitutivo do deputado Marcus Vicente (PL – n° 6.407/2013) apresentado em dezembro de 2017 na Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados, no entanto, o Parecer não foi votado.

Na sequência, foi publicado o decreto n° 9.616/2018, absorvendo as medidas do “Gás Para Crescer” que poderiam ser efetivadas por Decreto, editando, portanto, o Decreto 7.382/2010.

Ocorre que, no Brasil, a desconcentração de mercados, estabelecimento de livre concorrência, pulverização da oferta, dentre outras iniciativas meritórias, ainda mais se o monopólio for estatal, demanda muito tempo, suor e sangue.

Então, em 2019, em nova estratégia, foi instituído o Comitê de Promoção da Concorrência do Mercado de Gás Natural no Brasil, através da Resolução CNPE n° 4/2019, sendo aprovada a Resolução n° 16/2019.

Esta Resolução estabelece diretrizes e aperfeiçoamento de políticas energéticas com o objetivo de promover a livre concorrência no mercado de Gás Natural, tratando ainda da transição para um mercado concorrencial, e até define comportamentos que devem ser seguidos pelos agentes envolvidos no segmento em prol dos objetivos traçados. Também recomendou ao Ministério da Economia, Agência Nacional do Petróleo – ANP, Conselho Administrativo de Defesa Econômica – CADE e à Empresa de Pesquisa Energética – EPE, que monitorem a implementação das medidas requeridas à plena abertura do mercado de gás e, caso necessário, proponham medidas complementares.
Enfim, ficou o sentimento de que “agora vai”!

Quando do lançamento oficial do Programa Novo Mercado de Gás pelo presidente Jair Messias Bolsonaro, em 23 de julho de 2019, também foi proposta a criação do Comitê de Monitoramento da Abertura do Mercado de Gás Natural, que findou instituído pelo Decreto 9.934/2019.

Assim sendo, finalmente, foi sancionada a Lei 14.134 de 8 de abril de 2021, que revoga a lei anterior e estabelece um novo Marco Legal para o mercado de gás no Brasil.

Principais Pilares:
- Promoção da concorrência
- Harmonização das regulações estaduais e federal
- Integração do setor de gás com setores elétricos e industrial
- Remoção de barreiras tributárias

Resultados Esperados
- Melhorar o aproveitamento do gás do Pré-sal, da bacia de SE/AL e outras descobertas
- Ampliar investimentos em infraestrutura de escoamento, processamento, transporte e distribuição de gás natural
- Aumentar a competição na geração termelétrica a gás
- Retomar a competitividade da indústria em seus diversos segmentos, como celulose, fertilizantes, petroquímica, siderurgia, vidro, cerâmica e outros
Existe um sentimento geral que, com esta nova legislação, o mercado do gás está pronto para evolução. De acordo com a Confederação Nacional da Indústria, com esta nova Lei, os investimentos poderão chegar a R$150 bilhões de reais. Dentre as inúmeras boas notícias, a extinção do regime de concessão e estabelecimento do regime de autorização, modelo praticado no mundo inteiro, foi uma das melhores.
O estabelecimento de várias ferramentas legais, que inibem a formação de carteis, monopólios e oligopólios também foram muito elogiadas.
Existe, no entanto, um longo caminho a percorrer, a Petrobrás ainda participa com 100% da importação e 75% da produção de gás.

A situação é urgente. O preço para a indústria ficou no ano passado entre U$13,50 e U$14,00 por milhão de BTU – Unidade Térmica Britânica. Este preço é mais do que o triplo do praticado nos EUA: U$4,00. Portanto, é esperado a partir deste novo Marco Legal e Regulatório uma queda importante do preço do produto no Brasil.

Boas perspectivas para todos, notadamente, para as indústrias química, siderúrgica, de pelotização de minério de ferro, alumínio, cerâmica, vidro, papel e celulose, que utilizam, em conjunto, 80% do gás consumido pelo setor industrial.

A malha brasileira de gasodutos possui cerca de 45 mil km, sendo 9,5 mil km destinados ao transporte do gás natural das unidades de processamento até as instalações de estocagem.
Os restantes de cerca de 35,5 mil km correspondem à rede de distribuição. Atualmente, está infraestrutura pertence aos concessionários estaduais. (dados do Centro Brasileiro de Infraestrutura – CBIE)
Em Pernambuco, o concessionário estadual é a Companhia Pernambucana de Gás – COPERGÁS, empresa com 29 anos de existência criada através da lei estadual 10.656 de 28 de novembro de 1991, cujo controle acionário pertence ao Governo de Pernambuco, que detém 51% da empresa, e dois sócios: Mitsui Gás e Energia do Brasil Ltda. com 24,5% e a PETROBRÀS Gás S.A. – GÁSPETRO com 24,5%. (ações ordinárias).

A empresa faturou, em 2020, R$1,39 bilhão de reais, projeta R$ 370 milhões de investimentos na sua malha de distribuição e tem cerca de 60 mil clientes nos vários segmentos em que atua. Em Agosto passado atingiu a marca de 1000 condomínios atendidos com o produto, alcançando aproximadamente 180 mil moradores.

No segmento de gás veicular atingiu agora, em 04 de novembro de 2021, o total de 88 postos em sua rede de distribuição de gás, este desempenho levou a COPERGÁS a ocupar a posição de 4° maior distribuidora estadual de GN do Brasil. Adicionalmente, foi considerada pelo Anuário Época Negócios 360° como a melhor empresa do país no critério Desempenho Financeiro.

Através do Projeto Rede Local, que consiste no transporte rodoviário refrigerado do combustível em estado líquido e regaseificado em estações de regaseificação no município, seguindo em gasodutos das redes locais até ao consumidor, já assistimos a chegada do produto à Petrolina e, em breve, a Garanhuns.

Esta solução é fruto de uma parceria da COPERGÁS com o grupo norte americano New Fortress, que fornecerá o gás natural.

Ao fim e ao cabo, o mercado de gás natural experimenta no Brasil, a partir deste novo marco legal e regulatório, um ótimo e promissor ambiente de negócios. No nosso Estado, o desempenho apresentado pela COPERGÁS demonstra que estamos num bom caminho.

Fontes:
https://www.infoescola.com/
https://www.portaldaindustria.com.br/
https://www.gov.br/
https://www.copergas.com.br



PETROBRÁS e o Melhor dos Dois Mundos

02/11/2021

Não estamos mais em 1953 e a PETROBRÁS, na verdade, já não pertence mais aos brasileiros.

O primeiro poço de petróleo foi descoberto no Brasil em 1939, na Bahia. O objetivo era buscar a autossuficiência brasileira ou mesmo a redução da dependência do petróleo estrangeiro.
Nos primórdios a discussão sobre capital estrangeiro e soberania já se fazia presente.

A Constituinte de 1946, permitia a participação de capital estrangeiro na exploração mineral, petróleo incluído.

O Estatuto do Petróleo, proposto há época, pelo presidente Dutra, desagradou parte dos militares e a esquerda, que defendiam o controle e monopólio estatal.

Em 1947, realizou-se no Clube Militar no Rio de Janeiro um debate que discutiu a abertura do mercado do petróleo a capitais internacionais ou estabelecimento de um monopólio estatal. Em abril de 1948, foi criado o Centro de Estudos e Defesa do Petróleo – CEDPEN, que iria criar a “Campanha do Petróleo”, com o lema “O Petróleo é Nosso”.

A ideia teve a oposição de acadêmicos como Roberto Campos e Eugênio Gudin que defendiam que isto seria criar uma reserva de mercado e que era inaceitável, para um país subdesenvolvido, que deveria ter outras prioridades para alocação dos recursos públicos, investir em atividade tipicamente privada. Por fim, defendiam a participação de capitais privados, inclusive estrangeiros, e alegavam que a falta de concorrência levaria a ineficiência.

Os defensores do monopólio, os chamados nacionalistas, enfileiraram-se ao lado do candidato Getúlio Vargas, que havia prometido criar uma lei a favor na estatização da exploração do Petróleo. Vitorioso, Getúlio cumpriu a promessa, e, em 1951, apresenta projeto de lei da criação da Petrobras, que viria a ser aprovada em 1953, instituindo o monopólio da exploração, refino e transporte.

O monopólio durou 44 anos e foi quebrado com a Emenda à Constituição 9/1995 que modificou o artigo 177 da Constituição de 1988. O fim do monopólio se materializou com a lei 9.478 de 16 de outubro de 1997, lei do Petróleo, e, com a criação da Agência Nacional do Petróleo – ANP. Este marco regulatório abriu espaço para a participação do setor privado no segmento.

A descoberta das reservas do pré-sal, marcou um novo capítulo da história da exploração do petróleo no Brasil.
Segundo dados oficiais da PETROBRAS, hoje, a divisão do controle acionário apresenta a União com 36,75% das ações, portanto, 63,25% do controle não é estatal. Dos acionistas privados, 20,46% são brasileiros, que somam mais de 700 mil pessoas que investem na empresa.

Dos investidores institucionais brasileiros, encontramos 36 fundos de FGTS, investindo recursos de 41.000 trabalhadores, 19 fundos de ações compostos de pessoas físicas com 140 mil cotistas. Adicionalmente, temos 16 fundos de pensão e seguridade social, além de outros quase 1.500 fundos de ações, diretos ou previdência, com participação de milhares de aposentados e pensionistas brasileiros.

Ao fim e ao cabo, a PETROBRÁS tem a seguinte configuração na sua composição acionária em relação às ações ordinárias: Governo 36,75%, investidores brasileiros 20,46% e investidores não brasileiros 42,79%.

Concluímos, portanto, que o governo tem o controle acionário da PETROBRÁS por ser o maior controlador individual, porém, os maiores beneficiários dos dividendos são os investidores estrangeiros. Em termos de controle societário, estabelecendo como parâmetro a nacionalidade, os investidores brasileiros privados são minoritários, portanto, recebem a menor fatia dos dividendos.

Quanto a geração de caixa para os governos, a PETROBRÁS, nos 09 primeiros meses de 2021, de um total de R$ 134,1 bilhões, arrecadou para União R$ 69,3 bilhões, entre impostos e dividendos, Estados R$ 64 bilhões e R$ 800 milhões para municípios.

Aos investidores privados caberão em 2021, R$ 40,1 bilhões. Sendo R$ 12,9 bilhões a investidores brasileiros e R$ 27,2 bilhões a investidores estrangeiros.
São resultados excelentes e que provam que a PETROBRÁS é um colosso brasileiro, apesar de ser apenas a 31° no ranking mundial do mundo do petróleo. (Brand Finance 2021).

No entanto, o cenário que tem incomodado aos 212 milhões de brasileiros, é que este resultado e ótima performance tem saído, notadamente, do bolso do povo brasileiro, consumidores individuais e empresas de um modo geral.

É fato que adotar a política de maximização dos lucros faz parte da cartilha capitalista. A busca por maximização alucinada por lucros faz parte do capitalismo selvagem.

Ambos os capitalismos, entendemos, que se não são, para alguns, socialmente e/ou politicamente corretos, são legais e permitidos e até incentivados pelas principais democracias do planeta.
Ocorre que o mecanismo de defesa do consumidor, também previsto por ambas as práticas capitalistas é a salutar e desejável concorrência.

Neste aspecto, o Brasil precisa urgentemente voltar a debater o tema, como na década de 40, e definir, desta feita a luz do século 21, o modelo de gestão e financiamento do segmento petrolífero brasileiro.

Não estamos mais em 1953 e a PETROBRAS, na verdade, já não pertence mais aos brasileiros. É apenas uma fonte de arrecadação dos governos e uma fonte inesgotável de lucros para seus acionistas.

A conta está sendo paga pelo consumidor. Eleitores da esquerda ou da direita, todos estão financiando esta festa.

O mundo é outro. Gostemos ou não, não existem mais fronteiras.
Ou bem a PETROBRÁS é uma empresa privada capitalista e não tem mais espaço para se discutir estabilidade no emprego, altos salários, monopólio, blindagem legal e política, dentre outras benesses por ser uma estatal, ou bem é uma empresa estatal, e aí, terá que conviver com sua função social de manter uma política de independência, soberania, secundarizar a importância do lucro, estabelecer políticas e preços que contemple sempre o bem estar da população e das empresas consumidoras, manter sempre o foco no menor preço possível para seus produtos, e até, estabelecer subsídios como forma de proporcionar justiça social, principalmente, para os mais pobres.

Hoje, em pleno século 21, o petróleo pode ainda até ser nosso, mas a PETROBRÁS, não é mais não.


Teto de Gastos: Solução ou Problema?

25/10/2021

Entenda como é definido o Teto de Gastos e Medidas que envolvem os três poderes

O histórico descontrole das contas públicas brasileiras teve um capítulo importante em 2016 com a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição – PEC, estabelecendo o teto de gastos. Na oportunidade, chefiava a economia o ministro Henrique Meireles, hoje, secretário da fazenda do estado de São Paulo.

Este mecanismo de controle do orçamento limita o crescimento da maior parte das despesas públicas à inflação registrada nos últimos 12 meses, a partir de junho do ano anterior.

A medida envolve os gastos dos três poderes, além do Ministério Público da União – MPU e Defensoria Pública tendo vigência de 20 anos, ou seja, até 2036, podendo a partir de 2026, sofrer alteração no formato de correção das despesas.

O controle das contas públicas colabora para uma taxa básica de juros menor e, consequentemente, menores gastos do governo com o serviço da dívida, possibilitando a disponibilidade de mais recursos para investimentos e geração de empregos.

A PEC foi aquela medida do ganha-ganha. Ninguém perde.
Sabiamente, a PEC deixou de fora do teto de gastos:

- transferências constitucionais aos estados, municípios e Distrito Federal;
- créditos extraordinários;
- complementações ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – FUNDEB;
- despesas da Justiça Eleitoral com as eleições;
- despesas de capitalização de estatais não dependentes.

Além dos benefícios diretos, também criou “pisos” nas áreas de saúde e educação. Assim, essas áreas não ficariam mais ao sabor das receitas do governo. Os “pisos” são corrigidos pela inflação do ano anterior. Desta forma, se preserva um investimento mínimo continuado em saúde e educação.
Também estava previsto que, após a aprovação da PEC do Teto de Gastos, o governo teria que providenciar outras reformas que a complementasse. Caso das reformas que reordenassem as despesas obrigatórias, que representam aproximadamente 90% do total do orçamento, caso da previdência, despesas com pessoal, despesas sociais e Benefício de Prestação Continuada – BPC.

O objetivo é reduzir o nível dos gastos obrigatórios e liberar mais espaço no orçamento do governo para as despesas discricionárias, que são aquelas despesas de livre gestão do governo e do parlamento.

Ocorre que só em 2019, já no governo Bolsonaro, tivemos a aprovação da reforma da Previdência. Por outro lado, o presidente desautorizou outras propostas para abrir mais espaço no teto de gastos, a saber:

- Alterar as regras do abono salarial;
- Congelar o benefício de aposentados e pensionistas por dois anos;
- Restringir o seguro-desemprego.
No entanto, o governo Bolsonaro aprovou uma PEC para permitir o pagamento da “cessão onerosa”, que são recursos obtidos por meio do petróleo do pré-sal, para estados e municípios.

Em 2020 foi obtida outra mudança para atender o Auxílio Emergencial e preservar a norma do teto de gatos, que foi a PEC Emergencial. Esta PEC Emergencial tratou de que o governo, sempre que as despesas obrigatórias ultrapassarem 95% das despesas totais, sob controle da regra do teto de gastos, possa acionar alguns gatilhos.
Ao fim e ao cabo, está boa medida de controle dos gastos veio para ajudar no saneamento das contas públicas e em benefício de todos. Por exemplo, em 2020, o teto federal de gastos encerrou o exercício com folga de R$ 52,1 bilhões de reais, resultado que testemunha o sucesso da iniciativa e a boa gestão dos gastos públicos federais.

Na linha de preservar o controle de teto de gastos conciliado com as necessidades emergenciais da nação, exemplo da PEC Emergencial, o governo federal propõe nova medida, para valer a partir de 2022, que acaba com o descasamento entre a correção do teto de gastos e a correção das despesas obrigatórias, medida salutar, que nos parece um alinhamento desejável e meritório, podendo proporcionar um melhor equilíbrio entre o teto de gastos e as despesas obrigatórias.

Adicionalmente, propõe o governo, que nesta nova medida, já tramite na Câmara dos Deputados um reescalonamento do fluxo de pagamentos dos precatórios, motivo pelo qual ganhou a identificação de PEC dos Precatórios.

Desta forma e deste jeito, o Brasil segue preservando uma das melhores iniciativas de controle dos gastos públicos de sua história, implementada em 2016, pelo governo Michel Temer, e segue trabalhando para manter e ampliar os programas sociais, notadamente, de combate à fome.

O Brasil é um dos países mais ricos do mundo. Porém seu povo não se beneficia disso

19/10/2021

Minério: riqueza (quase) inesgotável.

O objetivo deste artigo é termos uma ordem de grandeza da riqueza do nosso subsolo. A análise resvala muito mais na questão da nossa soberania e na grandeza das nossas riquezas do que na elaboração de um estudo de mercado.

Portanto, sem compromisso com precisão nos números.

Aliás, este é um segmento em que os números são imensos e têm como referência bilhões de toneladas e trilhões de dólares, além de inúmeras particularidades na exposição dos dados.

Vamos nos focar apenas nas reservas e seu valor estimado. Claro, as reservas conhecidas. O valor estimado no mercado atual a partir do custo de uma unidade de medida comercializável. Não analisando os custos de extração, beneficiamento e comercialização.

Assim sendo: ordens de grandeza para entendermos o contexto.

Foquemos nos principais minérios: bauxita, cobre, estanho, ferro, manganês, nióbio, níquel, ouro, e, também abordaremos o petróleo.
Iniciemos pelo petróleo, onde somos o 13° maior país do mundo em reservas, estimadas em 20,273 bilhões de barris (reservas 3P – provadas, prováveis e possíveis). Valor aproximado das reservas: U$ 1,7 trilhão de dólares.

O minério de ferro, é um dos minérios mais antigos descobertos pelo homem. Seu uso remonta a milênios. O Brasil tem uma das 05 maiores reservas do mundo, estimada em 26,1 bilhões de toneladas. Quase U$ 3 trilhões de dólares.

As reservas de Bauxita no Brasil são estimadas em 3,6 bilhões de toneladas. Total do valor estimado das reservas U$ 6,2 trilhões de dólares. A bauxita é matéria prima para o alumínio. O alumínio é um produto altamente demandado no mundo todo e principal matéria prima de vários segmentos industriais.

O manganês é matéria prima utilizada pelas siderúrgicas. As reservas brasileiras estimadas no patamar de 136,5 milhões de toneladas que resultam em U$ 11,6 bilhões de dólares.


A cereja do bolo hoje no mundo dos minérios é o Nióbio. Até recentemente praticamente desconhecido do grande público, hoje é considerado um minério extremamente estratégico por ser usado nas indústrias navais, espaciais, automobilísticas e aeronáuticas. Sua utilização oferece ganhos em resistência e leveza. O Brasil tem entre 95% e 98% das reservas mundiais. Reservas estimadas em 842,4 milhões de toneladas e valor das reservas pode atingir até U$ 4,32 trilhões de dólares.
Níquel, utilizado na fabricação do aço inoxidável e aços ligados, dentre outras destinações, tem reservas estimadas no Brasil de 10 milhões de toneladas. O valor estimado das reservas é de aproximadamente U$ 162,2 bilhões de dólares.

Ouro. Este minério guarda uma particularidade. É um dos mais valorizados e desejados do mundo. Segundo o Serviço Geológico Americano, existem cerca de 50 mil toneladas em “estoque” de ouro pelo mundo. Em 2019, o Brasil produziu 106,9 toneladas (fonte: World Gold Council e da Metals Focus). No entanto, não foi possível encontrar um mapeamento seguro das reservas existentes no Brasil.

Estanho é utilizado para produzir diversas ligas metálicas, recobrir outros metais, na manufatura de vidros opacos e vernizes, dentre outros fins. Com a terceira maior reserva do mundo o Brasil tem aproximadamente 768 mil toneladas. Valor das reservas aproximadamente U$ 29 bilhões de dólares.

Cobre, utilizado para a produção de materiais condutores de eletricidade e em ligas metálicas como latão e bronze, além de inúmeras outras aplicações. Reservas estimadas em 11,9 milhões de toneladas e valor aproximadamente de U$ 100 bilhões de dólares.

Ao fim e ao cabo, sem contar outros minérios e minerais, encontramos, numa análise superficial mais de estimados U$ 15 trilhões de dólares em minérios nas reservas brasileiras.

E o que o país ganha ou ganhou com esta riqueza nacional? Qual o legado que a exploração de minérios deixou no Brasil? Ao final desta exploração de trilhões de dólares, o que restará?

Segundo o Instituto Brasileiro de Mineração – IBRAM, o faturamento do setor mineral no 1° semestre de 2021 foi de R$ 149 bilhões de reais.

Considerando apenas a Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais – CFEM, conhecida como royalty cobrado das mineradoras, foi arrecadado, neste período, parcos R$ 4,48 bilhões de reais. (fonte: Instituto Brasileiro de Mineração – IBRAM).

Conforme legislação, os royalties são distribuídos da seguinte forma: união 10%, estado onde ocorre a produção 15%, estados afetados pela produção 15% e 60% para o município onde ocorre a produção.

Alguém conhece algum município cujo índice de qualidade de vida, educação e saúde está no nível europeu por conta dos royalties da exploração de minérios? Por acaso, Minas Gerais, Bahia ou Pará, estados com maior concentração de exploração de minérios, são estados com índices gerais de qualidade de vida superiores aos demais estados?

A fotografia final é que toda essa riqueza é explorada por apenas algumas dezenas de empresas, na maioria multinacionais, que levam a matéria prima bruta para beneficiamento e agregação de valor no exterior, e, parte volta ao Brasil, em forma de produto acabado.

Sem contar que muitos desses minérios representam no mundo hoje poder político e comercial, que terminam não sendo exercidos nem pelo Brasil e nem pelos brasileiros, mas sim por estrangeiros e por capitais internacionais.

Nos parece que enquanto se fomentam discussões intermináveis sobre tudo e lacrações às milhares por este país afora, nossas riquezas estão saindo pelo ralo. Sem volta.

O Brasil Tem a 2° Maior Taxa de Juros Real do Mundo. Mas isso ainda não é o pior

12/10/2021

O maior problema de uma taxa de juros alta é o custo interno que sufoca pessoas e empresas no Brasil.

Após decisão do Banco Central do Brasil – BACEN na última reunião do Comitê de Política Monetária – COPOM, em setembro próximo passado, de elevar a taxa SELIC para 6,25%, dentre outros motivos, para conter a inflação, o Brasil passou a ser o 2° país no mundo no ranking de países com as maiores taxas de juros reais.

PUBLICIDADE

- PUBLICIDADE -

Com taxa real de 3,43% a.a., projetados para os próximos 12 meses, ficamos atrás apenas da Turquia, que ostenta 4,96% a.a. no mesmo período. Claro que estamos falando de juros institucionais, que lastreiam a dívida pública, o mercado interbancário e parametrizam as aplicações dos grandes investidores.

Juros básicos da economia são os juros dos meta capitais, que impulsionam os grandes investimentos e movimentam economias nacionais e mundiais. Portanto, sem qualquer conexão no Brasil com o mundo do varejo, consumo e das famílias.

Neste cenário das pessoas e pequenas empresas, uma taxa de juros de 6,25% a.a. seria um paraíso. A realidade, por exemplo no mercado de cartão de crédito pessoa física, é da prática de taxas anuais entre 59,28% e 422,66%, dependendo da modalidade de utilização: compras parcelas, financiamento de fatura, atraso de pagamento, etc.

No segmento de cheque especial pessoa física, encontramos na pesquisa de 21.09.2021 a 27.09.2021 do Banco Central – BACEN, taxas anuais de 15,99% a 162,38% compreendendo operações de cheque especial, adiantamentos a depositantes e corresponde ao custo efetivo médio das operações para os clientes. Nesta pesquisa, encontramos apenas uma instituição pontuando fora da curva e praticando 342,38% a.a.

- PUBLICIDADE -

Leia Também
• Autonomia do Banco Central: Veja como votou a bancada pernambucana• Comissão do Senado aprova relatório sobre redução de juros bancários• Senado debate limite de juros para cartão e cheque especial durante pandemia
Já para pessoas jurídicas, nos informa a mesma pesquisa do BACEN, que houve registros de operações de capital de giro com prazo superior para 365 dias do patamar mínimo anual de 6,5% a 56,99%.

Por fim, observamos que o Sistema Financeiro Nacional – SFN opera a taxa de juros com enorme elasticidade, porém, como existe muito mais demanda do que oferta, neste cenário as taxas e condições são definidas muito mais pela força da oferta do que pelo desejo da demanda.

Assim sendo, o Brasil ter a 2° maior taxa de juros reais do mundo, que uns acreditam que atrai investidores e outros defendem que não é bom para a economia produtiva, não é o maior problema. O maior problema é o custo interno que sufoca pessoas e empresas no Brasil.

Teto de Gastos: Solução ou Problema?

05/10/2021

Entenda como é definido o Teto de Gastos e Medidas que envolvem os três poderes.

Sistema Financeiro Nacional: Crime e Castigo

05/10/2021

Concentração bancária no Brasil é uma das maiores distorções da economia brasileira.

A concentração bancária no Brasil é uma das maiores distorções da economia brasileira e representa um entrave ao livre desenvolvimento econômico. Não se concebe entregar 212 milhões de brasileiros e 20 milhões de empresas a apenas 05 empresas bancárias que são responsáveis por mais de 90% da concessão de crédito no Brasil.

Esse grupo de bancos, que se assemelha a um oligopólio, terminou 2020 com impressionantes R$ 7,9 trilhões de reais em ativos totais. Todo o povo brasileiro e suas empresas juntos, produziram em 2020 um PIB de R$ 7,4 trilhões de reais. Ou seja, os ativos totais de 5 bancos ultrapassam o PIB de um país.

Em patrimônio líquido acumulam R$ 592,1 bilhões de reais. Em lucro líquido obtiveram, em um ano ruim como 2020, R$ 79,3 bilhões de reais. No levantamento da consultoria Economática, com 232 empresas do setor produtivo negociadas na Bolsa de Valores (sem Vale e Petrobras), o lucro líquido apurado foi de R$ 79 bilhões.

Está é a realidade que a concentração bancária provoca no Brasil: precisamos de 232 empresas listadas em Bolsa de Valores para atingir o mesmo lucro líquido de 05 bancos.

Detalhando os efeitos deste cenário de concentração, verificamos que só com a receita de prestação de serviços, incluindo as famigeradas tarifas bancárias, esses bancos apuraram R$ 136,5 bilhões de reais, o que representou o pagamento integral da folha, inclusive a Participação nos Lucros, cujo valor importou em 2020 R$ 96,8 bilhões de reais e ainda sobraram R$ 39,7 bilhões. Esses recursos extraídos indistintamente do pobre e do rico.

O total das operações de crédito desses 05 bancos em 2020 importou em R$ 3,6 trilhões de reais, representando 48,5% do PIB brasileiro. O que pode parecer um esforço heroico das instituições financeiras para atender a população e as empresas em ano de pandemia, é esclarecido pela análise das medidas emergenciais do governo federal, através do Banco Central, que liberou aos bancos R$ 3,2 trilhões em crédito potencial.

Com este cenário, esperar redução de juros e custos dos serviços bancários no Brasil é ilusão. Todas as teorias que procuram explicar os juros e custos altos dos serviços bancários que não levem em consideração os efeitos nocivos deste oligopólio, estarão fadadas a imprecisão.

É urgente a atração de novos bancos, financeiras e demais empresas de crédito para o mercado brasileiro visando estabelecer um cenário de competição que trará, sem dúvida, as tão sonhadas queda na taxa de juros real e redução significativa nos custos dos serviços bancários.

Ao fim e ao cabo, entendemos também que a solução não passa pela opção do jovem Raskolnikov, personagem do romance universal e atemporal de Dostoiévski Crime e Castigo, que defendia que precisava matar a velha agiota. Na verdade, defendemos, que é necessário apenas aumentar consideravelmente a quantidade de bancos no Brasil e as próprias leis de mercado se encarregarão de fazer o resto.

Os 05 bancos em números:
- Mesmo com resultados excepcionais em 2020, o Bradesco eliminou 7.754 vagas, Santander 3.220, Caixa Econômica 2.611 e Banco do Brasil 1.517, perfazendo um total de 15.102. Itaú foi a exceção e apresentou um crescimento de 2.228 vagas. Resultado líquido dos 05 bancos: 12.874 vagas a menos, em plena pandemia. Haja sensibilidade social.

- Em relação a quantidade das agências, os 05 bancos fecharam em 2020 1364 agências e 5.000 Caixas Eletrônicos.
- No mesmo período, o ranking dos maiores bancos por ativo ficou assim: 1° é o Itaú com R$ 2 trilhões, seguido do Banco do Brasil com R$ 1,7 trilhão, em 3° Bradesco com R$ 1,6 trilhão, Caixa Econômica em 4° com R$ 1,5 trilhão e por último Santander com R$ 1,0 trilhão.
- As medidas emergenciais do governo federal proporcionaram aos bancos R$ 1,274 trilhão em liberação de liquidez, R$ 1,348 trilhão em liberação de capital e R$ 556,7 bilhões em renovações, totalizando R$ 3,2 trilhões em crédito potencial.

A Inflação na Economia Mundial em 2020 - 2021

02/01/2016

O fenômeno global da inflação pós-pandemia no mundo

A alta da inflação foi a tônica no mundo em 2020 e 2021. É mais uma das consequências nefastas da pandemia.

Com foco no G-20, grupo de 19 nações mais a União Europeia, analisamos as consequências objetivas da pandemia na economia mundial, no quesito inflação.

Os efeitos foram universais, porém, afetaram com maior ou menor intensidade os países em função das características de cada economia. Por exemplo, das 10 maiores taxas de inflação em 2021, 07 são de países emergentes e só 03 de países do G7.
Por outro lado, 05 das 07 economias do G7 tiveram taxa de inflação que há mais de 20 anos não conheciam. Os EUA experimentaram em 2021 a maior taxa de inflação desde 1982.
Está alta generalizada da inflação não teve, obviamente, origem numa pressão de demanda, visto que os seguidos períodos de lockdown, restrição na circulação de pessoas e redução da atividade produtiva provocou queda na atividade economia ao redor do mundo e impactou negativamente no consumo.

A origem está, principalmente, dentre outros fatores, na quebra das cadeias produtivas e de logística que ocasionaram um descompasso entre demanda e oferta, provocando aumento de preço em fretes, produtos e serviços de forma generalizada em todo o planeta.


Abaixo o raio X da inflação
Obs. Dados apurados base janeiro de 2022, passível de ajustes dependendo da forma de consolidação adotada pelos países.
Obs. 2. Os dados da União Europeia envolvem os 28 países integrantes do bloco.
Obs. 3. A média aritmética abrange as taxas dos 19 países do G20 e a taxa da União Europeia

Por fim, podemos destacar, fora do escopo da nossa análise, o caso extremo da Venezuela que se constituiu na maior inflação do mundo com 686,4% em 2021.
Ao fim e ao cabo, o mundo além de sofrer do ponto de vista humanitário, também sofreu no aspecto econômico por causa desta pandemia. A boa notícia é que as economias, de modo geral, estão se recuperando, e, 2022 tende a ser um ano de consolidação desta recuperação.




zaite